Mais
uma vez, a sociedade brasileira assiste estupefata e desconfiada acerca da possibilidade
acintosa do retorno da CPMF, a contribuição que incidirá nas movimentações financeiras
dos cidadãos, que possuem conta corrente na rede bancária.
A
equipe econômica de índole liberal do governo Bolsonaro, inclusive ele, juraram
de pé junto na campanha eleitoral, que jamais criariam tributos, dentro da
conjuntura escorchante da carga tributária brasileira, que já ultrapassa os 35%
do PIB.
Mas,
infelizmente, apesar do presidente da República afirmar com todas as letras que
o seu governo é defensor da nova política. O que se vê na prática é o governo
Bolsonariano, repetir reiteradas vezes, as velhas práticas da caquética política
nacional. Ou seja, se está diante do mais do mesmo piorado.
Assim,
caso ocorra o retorno desse maléfico tributo, do ponto de vista econômico,
devido a sua crescente cumulatividade, ou seja, a sua incidência se dar na
cadeia produtiva sem permitir ao contribuinte, se beneficiar do sistema de
crédito tributário. E, ainda, outro aspecto que deve ser salientado: a CPMF, é
um tributo regressivo, o contribuinte que ganha salário mínimo e o contribuinte
banqueiro, pagará a mesma alíquota, desde que ambos possuam dinheiro no banco. Uma
verdadeira ironia.
Por
estas e outras razões, é necessário dentro da reforma tributária que está sendo
engendrada no Congresso Nacional, se instituir o extinto imposto pelo governo
FHC, sobre os lucros e os dividendos, dos grandes grupos econômicos e
financeiros, eis que o sistema tributário nacional tem a característica cruel
da regressividade e não da progressividade. Àquele agente econômico que ganha menos
paga mais impostos, o que se constitui numa prática distorcida e lesiva, ao
patrimônio da população de baixa renda. Além de se beneficiar a parcela da
sociedade pátria mais rica.
Dentro
desse, lamentável contexto perturbador, vocifero com todas as letras: CPMF de
novo, não, Bolsonaro!!!
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