quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Janeiro de 2025: queda na geração de empregos no Brasil e aumento das demissões no Rio de Janeiro e em Campos

Segundo o CAGED, publicado ontem, a economia brasileira criou em janeiro de 2024 um total de 173.233 empregos com carteira assinada, e o setor que mais perdeu postos de trabalho foi o comércio, com a eliminação de 39.459 vagas, enquanto os demais segmentos apresentaram saldo positivo. Já em janeiro de 2025, o saldo líquido da economia nacional foi positivo, mas o número de empregos gerados caiu para 137.303. O comércio, mais uma vez, decepcionou com o saldo líquido negativo, e uma perda de 52.417 postos de trabalho, enquanto os outros segmentos ampliaram as contratações.

Quando analisamos a empregabilidade no estado do Rio de Janeiro, em janeiro de 2024 foram abertas 1.062 empregos, com o comércio amargando uma perda de 7.042 postos. Em janeiro de 2025, a economia estadual registrou uma eliminação de 12.960 empregos, com o comércio destruindo 8.530 vagas. Esse resultado é bastante negativo para o nosso estado.

Agora, ao analisarmos os dados da economia de Campos no gráfico, o desempenho de janeiro de 2024 foi superior ao de janeiro deste ano. O saldo líquido total foi de 62 empregos formais, mas, assim como na economia brasileira e no estado do Rio de Janeiro, o comércio local fechou o mês com saldo negativo de 212 empregos. Já em janeiro de 2025, o ambiente econômico de Campos apontou encolhimento no número de empregos. A cidade eliminou 244 empregos com carteira assinada, sendo que o comércio também ostentou uma piora, com a demissão de 230 trabalhadores. Isso indica uma clara desaceleração da economia local de Campos. O mais preocupante nesse quadro é o impacto social das demissões ao iniciar 2025.

Portanto, em janeiro de 2025, o cenário mostra uma diminuição na geração de empregos no Brasil, além de um resultado negativo e de demissões tanto na economia estadual quanto na economia de Campos. Isso não é bom.


Por Alcimar das Chagas Ribeiro

 

A mesorregião Norte Fluminense gerou um saldo de 315 empregos em janeiro de 2025

 


A mesorregião Norte Fluminense gerou 315 empregos formais em janeiro deste ano. Macaé com um saldo de 398 vagas e São João da Barra com um saldo de 223 vagas garantiram o saldo final positivo. Já Campos dos Goytacazes eliminou 244 vagas de emprego no primeiro mês do ano. O saldo de janeiro deste ano superou o de dezembro que foi negativo com 906 vagas eliminadas e superou o de janeiro do ano anterior que registrou uma saldo negativo de 254 vagas de emprego eliminadas.

Setorialmente, considerando os principais municípios geradores de emprego (Campos dos Goytacazes, São João da Barra, Macaé e São Francisco de Itabapoana), as atividades de serviços foram responsável pela geração de 632 vagas, seguidas pelas atividades industriais com a geradas de 53 vagas. Com participação negativa as atividades comerciais eliminaram 248 vagas, as atividades de construção civil eliminaram 55 vagas e as atividades agropecuárias eliminaram 2 vagas no mês.

O estado eliminou 12.960 vagas, enquanto o país gerou 137.303 em novembro de 2025.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Macaé dispara na arrecadação do ISS, enquanto São João da Barra supera Campos mais uma vez

 

O gráfico apresenta a arrecadação do ISS das prefeituras de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, conforme as informações encaminhadas ao TCE-RJ, no período de janeiro a dezembro de 2023 e 2024.

Esse imposto é um importante indicador da atividade econômica, pois incide diretamente sobre o nível de prestação de serviços. Assim, quando a economia cresce, a arrecadação do ISS acompanha essa evolução; por outro lado, em períodos de desaceleração econômica ou fragilidade do setor, essa receita também é impactada.

Diante dos dados apresentados, observa-se que o grande destaque é a arrecadação do ISS em Macaé, que ultrapassou a marca de um bilhão de reais em 2024, registrando um crescimento de 16,5% em relação a 2023. Esse aumento reflete o aquecimento da economia do petróleo na região, puxada pela atividade de prestação de serviços ligada à Petrobras, considerada a locomotiva da economia brasileira.

Outro ponto relevante desta análise é o desempenho do ISS de São João da Barra, fortemente influenciado pelo Porto do Açu. Nos dois períodos analisados, a arrecadação do município superou a de Campos, cuja economia, baseada em serviços de baixo valor agregado, continua enfraquecida. Mesmo com um crescimento de 12,62% na arrecadação do ISS em 2024, Campos perdeu ainda mais espaço para São João da Barra.

No caso de Rio das Ostras, a arrecadação do ISS em 2024, impulsionada pela Zona Especial de Negócios (ZEN), quase se equiparou à de Campos, reforçando a tendência de baixo dinamismo da economia campista em comparação com os municípios vizinhos.

Portanto, os dados evidenciam o peso da arrecadação do ISS como reflexo direto da atividade econômica. Macaé segue exibindo um crescimento expressivo, enquanto São João da Barra consolida sua força econômica, deixando Campos em uma posição cada vez mais secundária. A cada ano, Campos se firma como o “primo pobre” de Macaé e São João da Barra. Essa é a realidade dos números.

 


terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Investimentos Públicos em 2024: Macaé cresce mais de 23%, enquanto Campos e Rio das Ostras despencam

 

O gráfico apresenta a capacidade de investimento público em termos absolutos nos orçamentos das prefeituras de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, no período de janeiro a dezembro de 2024, em comparação com 2023. Os dados foram retirados do site do TCE-RJ.

Enquanto os investimentos públicos em obras e outras atividades da administração de Macaé aumentaram 23,53%, os de Campos e Rio das Ostras sofreram quedas de 49,60% e 53,58%, respectivamente. Já em São João da Barra, o cálculo não pôde ser realizado, pois a prefeitura ainda não informou os números ao TCE-RJ.

Por fim, é importante destacar o papel fundamental do investimento público nas economias locais, especialmente em municípios onde o setor privado tem pouca expressão, como é o caso de Campos. Já em Rio das Ostras, devido à Zona Especial de Negócios (ZEN), e em São João da Barra, onde se localiza o Porto do Açu, o investimento público continua sendo relevante, mas, em grande parte, acompanha e complementa o investimento privado.

Em Campos, a redução do investimento público, que gera empregos, fomenta a construção civil e impulsiona a nossa economia  tem um impacto extremamente negativo. Essa questão já foi abordada em nossa postagem anterior, em uma análise semelhante.

 


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Redução de quase 50% nos investimentos públicos na gestão Wladimir em 2024 impacta diretamente na perda de mil empregos formais em Campos

 

Segundo os dados da execução orçamentária da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ), de janeiro a dezembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023, extraídos da base do TCE-RJ, possibilitou a análise dos gastos com a folha de pagamento, amortização da dívida, juros e investimentos.

No período considerado, o governo Wladimir Garotinho aumentou as despesas com a folha de servidores em 12,88% em relação a 2023. Em contrapartida, os pagamentos da dívida e dos juros sofreram reduções de 47,97% e 0,28%, respectivamente. Já os investimentos apresentaram uma queda expressiva de 49,6%.

Dessa forma, a atual gestão municipal ampliou os gastos com pessoal e encargos em 12,88%, enquanto reduziu quase pela metade os investimentos públicos no exercício fiscal de 2024. Essa retração nos investimentos, que incluem obras e outras atividades correlatas, impediu o impulso ao crescimento econômico local, contribuindo diretamente para a perda de mais de mil empregos com carteira assinada na economia de Campos em 2024, segundo o CAGED. O cenário é preocupante, infelizmente.


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

A riqueza do petróleo na Bacia de Santos: um jorro de abundância em crescimento

 

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) depositou ontem os repasses dos royalties de fevereiro de 2025 no caixa das prefeituras petrorrentistas do estado do Rio de Janeiro, tanto dos municípios da Bacia de Campos quanto dos pertencentes à Bacia de Santos, no pré-sal.

Maricá, Niterói e Saquarema, da Bacia de Santos, como evidenciado no gráfico, receberam os maiores volumes de recursos financeiros. Enquanto isso, os municípios de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, da Bacia de Campos, tiveram um repasse menor devido à baixa produtividade dos poços, impactada pelo longo tempo de exploração petrolífera, para o dissabor dos prefeitos dessas cidades.

Portanto, fica o alerta: o dinheiro continua a jorrar abundantemente nos cofres das prefeituras da Bacia de Santos. Até quando? Só Deus sabe.

 


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Gastos com Cultura em Campos sobem 21,68% em 2024. Dinheiro não é o problema!

 

Os gastos da área da Cultura do governo Wladimir Garotinho aumentaram 21,68% no exercício fiscal de 2024 em relação a 2023, conforme os dados do gráfico. A informação é baseada no Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), encaminhado pela prefeitura ao TCE-RJ.

Os recursos milionários desse importante segmento, que gera emprego e renda para os artistas locais, músicos e outros profissionais do ramo em nossa cidade, foram destinados às seguintes áreas: Difusão Cultural, com R$ 4.866.653,00, e Administração Geral, com R$ 12.936.772,58, totalizando R$ 17.803.425,58.

Portanto, dinheiro não é o problema.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Apesar do Porto do Açu, São João da Barra lidera o ranking da pobreza no Norte Fluminense

 

Segundo os dados sobre pobreza e vulnerabilidade social registrados no CadÚnico do Ministério da Cidadania, divulgados em fevereiro de 2025, referentes aos municípios de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, é possível constatar um cenário assustador.

Embora, conforme nossa postagem anterior no dia de hoje neste blog, a pobreza tenha diminuído em São João da Barra, o município, conhecido por abrigar o Porto do Açu,  ainda enfrenta um índice alarmante de 70,89% da população em situação de pobreza. Esse dado é extremamente grave.

É inadmissível que uma cidade que sedia um dos maiores investimentos do Brasil, como o Porto do Açu, apresente números tão elevados de vulnerabilidade social. Onde estão as oportunidades de emprego geradas pelo porto? Onde está o programa de qualificação profissional da prefeitura, que supostamente oferece bolsas a todos?

A conjuntura social de São João da Barra é, no mínimo, estranha e preocupante.

 


Pobreza em queda: Campos e Rio das Ostras registram menos beneficiários no CADÚNICO em fevereiro de 2025!

 

Foram divulgados hoje os números da pobreza e da vulnerabilidade social cadastrados no CADÚNICO, do Ministério da Cidadania do Governo Federal. Todos os municípios apresentaram melhora no quadro de pobreza em seus territórios, com destaque para Campos e Rio das Ostras, que registraram uma redução mais significativa em comparação aos demais, conforme indicado no gráfico referente ao período de fevereiro de 2025 em relação a fevereiro de 2024.

Em Campos, a retração foi de 6,70%, enquanto em Rio das Ostras foi de 4,38%. Essa é uma boa notícia para a região Norte Fluminense, pois indica que menos pessoas estão dependentes dos programas sociais, pelo menos por enquanto.

 


terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Bilhões em royalties: a fortuna da Bacia de Santos continua crescendo

 

No gráfico acima, estão representados os valores relativos aos repasses realizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) referentes aos royalties e às participações especiais, de janeiro a dezembro de 2023 e 2024, para as prefeituras de Maricá, Niterói e Saquarema. Os dados foram extraídos do Inforoyalties da Universidade Cândido Mendes (UCAM).

Esses municípios fazem parte da Bacia de Santos, uma área de alta produtividade, onde a exploração petrolífera ocorre a partir dos poços do pré-sal. Como se observa, os repasses continuam expressivos, resultando em receitas bilionárias para essas cidades nos períodos analisados.

Destaca-se que o pequeno município de Saquarema, com menos de 100 mil habitantes, recebeu mais royalties do que Campos dos Goytacazes, que, em 2023 e 2024, arrecadou pouco mais de R$ 600 milhões em cada ano, conforme publicado neste blog em 14 de fevereiro de 2025.

Portanto, esses municípios estão recebendo uma quantia significativa de recursos!


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Entrevista com o economista José Alves sobre o Porto do Açu e o desenvol...

Graças à indústria do petróleo, Macaé evita queda no emprego industrial no Norte Fluminense

 

O gráfico apresenta o perfil do emprego industrial de janeiro a dezembro de 2023 e 2024 nos municípios de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, de acordo com os dados do CAGED.

Os números demonstram que, devido à forte presença da indústria do petróleo em seu território, Macaé foi a cidade que mais gerou empregos no setor industrial em 2023 e 2024. Nem mesmo Rio das Ostras, que possui a sua Zona Especial de Negócios (ZEN), conseguiu um bom desempenho na criação de vagas de trabalho, influenciada pelo impacto do complexo de óleo e gás da economia macaense.

Dessa forma, mais uma vez, a economia do petróleo de Macaé se destacou, impulsionando a região Norte Fluminense.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Rendas do petróleo em Campos despencam: estamos no fundo do poço?

 

O gráfico apresenta os valores recebidos de royalties e participação especial de janeiro a dezembro de 2023 e 2024 pelos municípios de Campos e Macaé. A comparação tem o objetivo de fornecer uma visão geral sobre os montantes auferidos por esses entes federativos.

Enquanto a prefeitura de Macaé continuou recebendo cifras bilionárias de royalties tanto em 2023 quanto em 2024, a realidade de Campos é diferente: houve uma retração significativa desses recursos indenizatórios no mesmo período, de acordo com os dados extraídos do Inforoyalties da Universidade Cândido Mendes (UCAM).

Por outro lado, os valores da participação especial do município de Campos mostram um desempenho superior quando comparados aos de Macaé.

Diante desses números, o cenário das rendas petrolíferas em Campos parece extremamente desfavorável. De fato, estamos chegando ao fundo do poço no que diz respeito à arrecadação proveniente do petróleo, o que é preocupante.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Prefeitos da Bacia de Santos surfam na onda das milionárias receitas do petróleo

 

Hoje, a ANP depositará nos cofres das prefeituras dos municípios produtores de petróleo as participações especiais referentes aos poços de maior produtividade. Esses recursos serão destinados tanto aos municípios da Bacia de Campos quanto aos da Bacia de Santos.

No caso da Bacia de Campos, que inclui municípios como Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, os valores recebidos são baixos devido à queda na produção. Isso ocorre porque a exploração petrolífera na região já se estende por quase cinquenta anos, caracterizando o esgotamento desse ciclo econômico e reforçando o fato de que o petróleo é uma riqueza natural finita.

Já na Bacia de Santos, municípios como Maricá e Niterói recebem hoje valores expressivos, como pode ser observado no gráfico. Em contrapartida, Saquarema, que também faz parte dessa bacia, recebeu um montante reduzido, pois seus poços não apresentaram alta produtividade, apesar de o município integrar o cenário da produção de petróleo do pré-sal.

Portanto, a diferença nos repasses evidencia o declínio da produção na Bacia de Campos, refletido nas receitas cada vez menores. Enquanto isso, na Bacia de Santos, os prefeitos lidam com um fluxo significativo de recursos, fruto da alta produtividade dos poços dessa região.

 


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Comércio de Campos e São João da Barra enfrenta retração nas contratações em 2024

 

O gráfico acima apresenta a comparação anual dos empregos criados no comércio das economias de Campos, Macaé, São João da Barra e Rio das Ostras, com base na última publicação do CAGED, referente ao período entre 2023 e 2024.

A partir desses dados, chega-se à seguinte conclusão: os empregos no comércio cresceram em 2024 em relação a 2023 em Macaé e Rio das Ostras, enquanto em Campos houve uma redução. Em São João da Barra, o cenário é ainda mais preocupante, pois houve uma significativa perda de postos de trabalho com carteira assinada nesse importante segmento econômico, e justamente na terra do Porto do Açu.

Por fim, este é o retrato da empregabilidade no comércio entre 2023 e 2024. Em Campos e São João da Barra, o panorama é desanimador. Infelizmente.


terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Inflação de janeiro de 2025 cai para 0,16%, a menor desde 1994

O IBGE divulgou hoje a inflação de janeiro de 2025, que ficou em 0,16%, o menor percentual desde janeiro de 1994. A queda nos preços da energia elétrica contribuiu para a redução do índice. No entanto, os preços dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros continuam em um patamar elevado pelo quinto mês consecutivo. Ainda assim, o resultado pode ser considerado uma boa notícia para a economia brasileira. 


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Campos registra aumento de 23,03% nos investimentos em Assistência Social em 2024

 

Os gastos com Assistência Social no município de Campos dos Goytacazes (RJ) cresceram 23,03% em 2024 em relação a 2023, demonstrando a preocupação da atual gestão municipal com os desafios sociais que ainda persistem na cidade. No entanto, resta saber se esses recursos estão sendo aplicados de forma eficiente. Os dados são do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Rio das Ostras fecha 2024 com mais de 2.000 novas vagas de emprego formal

 

O gráfico apresenta os números da empregabilidade, segundo o CAGED, por segmentos econômicos, no período de janeiro a dezembro de 2023 e 2024, no mercado de trabalho de Rio das Ostras. A cidade conta com a implantação de uma Zona Especial de Negócios (ZEN), estrategicamente localizada na fronteira entre Rio das Ostras e Macaé, beneficiando-se da economia do petróleo desta última.

Os dados demonstram que Rio das Ostras encerrou ambos os períodos analisados com saldo positivo na geração de empregos formais, impulsionados principalmente pelo setor de prestação de serviços. Isso evidencia a força da economia local, diretamente influenciada pela indústria do petróleo na região.

Por outro lado, ao analisar a quantidade de empregos levantada por este blog ao longo de 2023 e 2024 nos municípios de Macaé, Rio das Ostras, Campos e São João da Barra, constata-se que apenas Campos e São João da Barra registraram perda de postos de trabalho formais. E não foram poucas vagas. Somadas, as perdas desses dois municípios resultaram na eliminação de quase três mil empregos na região Norte Fluminense apenas em 2024. Trata-se de um número significativo, especialmente considerando que São João da Barra abriga o grande investimento do Porto do Açu. Infelizmente.

 


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Wladimir deixa de investir mais de R$ 5 milhões na agricultura em 2024 – o "Petáculo" não para!

 

A agricultura no governo Wladimir Garotinho segue patinando no aspecto financeiro, como pode ser constatado pelos números da execução orçamentária publicados no Diário Oficial de Campos dos Goytacazes (RJ) e representados no gráfico.

No ano de 2024, os gastos nesse setor, que tem um enorme potencial para gerar emprego e renda na economia campista de forma sazonal, sofreram uma redução de 64,46%. Trata-se de uma demonstração clara da falta de prioridade e prestígio da pasta, que teve um orçamento aprovado pela Câmara de mais de R$ 48 milhões, mas investiu apenas R$ 2,812 milhões. Um cenário inaceitável. Afinal, para que aprovar um grande orçamento se não há intenção de utilizá-lo? É algo, no mínimo, muito estranho!

Na comparação entre os gastos de 2023 e 2024, em termos absolutos, o governo Wladimir deixou de investir R$ 5,101 milhões na agricultura neste ano. Se subtrairmos os valores investidos em 2024 dos de 2023, fica evidente a drástica diminuição. Quantos milhares de empregos deixaram de ser criados por essa falta de investimento, prefeito? Não por acaso, Campos encerrou 2024 com a destruição de mais de mil empregos com carteira assinada. Será que o prefeito acha isso pouco? Só pode!

 


Macaé lidera o Norte Fluminense e encerra 2024 com 7.000 novos empregos com a carteira assinada na economia do petróleo!

 

Segundo o CAGED, o município de Macaé encerrou o ano de 2024 com um saldo líquido positivo de 7.097 postos de trabalho, registrando uma redução de 20,40% em relação ao saldo líquido de 2023, quando foram criadas 8.916 vagas formais.

Nos dois anos analisados, os segmentos responsáveis pela geração de emprego e renda na economia do petróleo macaense foram a prestação de serviços e a indústria. Este último setor, de acordo com dados do IBGE de 2024, reflete o crescimento de 3,1% da indústria nacional no ano, conforme divulgado ontem. Aliás, o crescimento da indústria brasileira em 2024 foi o melhor desde 2021. Ainda assim, há quem diga que a economia do Brasil vai mal,  são as aves de agouro.

Portanto, como demonstram os dados, quando se tem uma economia baseada na indústria, sobretudo no setor petrolífero,  uma commodity de grande demanda mundial, como é o caso de Macaé, o crescimento econômico se torna evidente. Em contrapartida, a economia de Campos e de São João da Barra, que depende majoritariamente de empresas de prestação de serviços, apresentou resultados negativos no emprego em 2024.

 


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

São João da Barra perde quase 2.000 empregos com carteira assinada em 2024, acendendo alerta para a economia do Norte Fluminense!

 

Impulsionado pela destruição de empregos com carteira assinada no setor da construção civil, o mercado de trabalho de São João da Barra, apesar dos investimentos do Porto do Açu, sofreu uma queda de 49,35% nos postos de trabalho ao longo de 2024. Em 2023, foram criados 3.676 empregos formais, enquanto, em 2024, houve uma retração de 1.862 vagas, um cenário preocupante para o município.

Como demonstrado no gráfico, os contratos de trabalho firmados no setor da construção civil em 2023, devido aos investimentos em infraestrutura do porto, foram rescindidos em 2024. Esse movimento evidencia que o único segmento econômico capaz de sustentar a geração de emprego e renda no médio e longo prazo é o setor de prestação de serviços, dado o caráter essencialmente operacional das atividades portuárias.

Portanto, essa é a conjuntura da empregabilidade em São João da Barra, sede do Porto do Açu, no período de janeiro a dezembro de 2023 e 2024.

 


terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Por Alcimar das Chagas Ribeiro

 

Emprego Formal desacelera forte na mesorregião Norte Fluminense em dezembro

 


O emprego formal tem forte desaceleração na mesorregião Norte Fluminense em dezembro de 2024. Foram eliminadas 906 vagas de emprego no mês, com destaque para Campos dos Goytacazes com eliminação de 614 vagas  e Macaé com a eliminação de 127 vagas no mesmo mês. No acumula de janeiro a dezembro o saldo de emprego foi positivo na mesorregião com a geração de 8.611 novas vagas, destacando Macaé com a geração de 7.097 vagas e Campos dos Goytacazes com a geração de 2.946 vagas de emprego no ano. O destaque negativo foi São João da Barra com a eliminação de 1.862 vagas de emprego no ano.

Na análise setorial, considerando os principais municípios geradores de emprego (Macaé, Campos, São João da Barra e São Francisco de Itabapoana), as atividades de serviços geraram 5.454 vagas de emprego, seguidas pelas atividades industriais com a geração de 2.885 vagas, das atividades de comércio com 1.435 vagas e das atividades agropecuárias com a geração de 76 vagas de emprego no ano. As atividades de construção civil eliminaram 1.565 vagas no mesmo período.

O estado do Rio de Janeiro gerou 145.240 vagas de emprego no ano, com destaque para o setor de serviços com a geração de 87.963 vagas no ano, equivalentes a 60,56% do total. Já no país foram geradas 1.693.673 vagas de emprego no ano, com destaque para o setor de serviços com a geração de 929.002 vagas, equivalentes a 54,85% do total.



Crise no emprego: Campos dos Goytacazes perde mais de 1.000 vagas formais em 2024

 

O mercado de trabalho da economia do município de Campos dos Goytacazes (RJ) criou 3.958 empregos formais em 2023. Já em 2024, o número de vagas criadas foi de 2.946, representando uma retração de 25,57% ou a eliminação de 1.012 postos de trabalho com carteira assinada.

Esse cenário demonstra uma situação preocupante para a economia campista, acendendo um sinal de alerta para as autoridades dos poderes Executivo e Legislativo. No entanto, o que se observa nas redes oficiais do prefeito Wladimir Garotinho é uma propaganda enganosa sobre o suposto "desenvolvimento econômico" da cidade, uma narrativa que os números do CAGED desmentem. Em outras palavras, Campos não está oferecendo oportunidades de emprego. Afirmo isso com muita tristeza.

Por fim, vale destacar que o setor que mais gerou empregos e renda foi o de serviços, conforme registrado no gráfico desta postagem, tanto em 2023 quanto em 2024. Campos, de fato, tem uma economia voltada para a prestação de serviços, sobretudo na área da saúde privada.


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Saúde pública de Campos ultrapassa R$ 1 Bilhão em gastos: a qualidade dos serviços justifica o investimento?

 

A saúde pública bilionária de Campos dos Goytacazes (RJ) gastou, de janeiro a dezembro de 2023, um total de R$ 1,068 bilhão. No mesmo período de 2024, esse valor chegou a R$ 1,137 bilhão, um montante nada desprezível.

Os gastos aumentaram 6,43% em 2024 em relação a 2023. Essas informações foram retiradas do Relatório Resumido da Execução Orçamentária da Prefeitura Municipal de Campos.

Portanto, como já havíamos antecipado aos nossos leitores, os gastos com a saúde pública campista ultrapassaram a marca de um bilhão de reais. Esperamos apenas que os usuários do sistema de saúde local estejam sendo bem atendidos, pois dinheiro não está faltando.