terça-feira, 31 de agosto de 2021

Prefeituras estão investindo pouco

 

Receita total x Investimentos das prefeituras de Campos, de Macaé e de São  da Barra em valores nominais - (R$ - em milhões) - de janeiro a junho de 2021


De acordo com os dados da receita total e dos investimentos retirados do Relatório da Execução Orçamentária encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

A prefeitura de Campos arrecadou de janeiro a junho de 2021 o total de R$ 1,083 bilhão e investiu somente no período o valor de R$ 966,110 mil ou 0,09%.

A de Macaé em seis meses a receita total ficou no patamar de R$ 1,3 bilhão e o investimento em R$ 14,326 milhões ou 1,10%.  

E, São João da Barra, cujo orçamento é bem menor quando comparado ao de Campos e ao de Macaé, arrecadou R$ 275,038 milhões e a curva de investimento totalizou R$ 257,294 mil ou 0,09%.

Portanto, pode-se dizer que, os municípios acima analisados estão investimento muito pouco, sobretudo, o de Campos e o de Macaé, que possuem orçamentos bilionários. É preciso, então, melhorar a gestão do gasto público, e com isso, expandir a capacidade de investimentos.


OBS: Rio das Ostras não infomou os dados ao TCE -RJ.

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Poucos empregos formais em São João da Barra em julho de 2021

 

Empregabilidade do município de São João da Barra de julho de 2020 e 2021 segundo o CAGED



O município vizinho de São João da Barra no mês de julho de 2021 criou apenas 39 empregos com a carteira assinada segundo CAGED. Enquanto isso, em julho do ano passado a abertura de postos de trabalho, atingiram o patamar de 137 trabalhadores, conforme está registrado no gráfico.

Por conta, obviamente, das obras da construção das termelétricas que em julho de 2020 estavam em pleno vapor, e com isso, o setor da construção civil aumentou o nível de empregabilidade, ao contrário deste ano.

Diante desse cenário, observa-se atualmente, uma grande dependência do mercado de trabalho da economia sanjoanense em relação, ao Porto de Açu. Se ele se movimenta do ponto de vista de mais investimentos, os empregos no município aparecem, caso contrário, a economia local fica patinando ou não reage. Infelizmente.     


quinta-feira, 26 de agosto de 2021

A economia de Campos pelo sétimo mês consecutivo criou empregos com a carteira assinada. E viva Campos sem aumento de impostos!

 

Saldo líquido do emprego de julho de 2020 e 2021 segundo o CAGED do município de Campos dos Goytacazes (RJ)



De acordo com a pesquisa do CAGED de julho de 2021 que saiu agora pela manhã, o município de Campos dos Goytacazes (RJ), entrou no sétimo mês consecutivo, gerando postos de trabalho formais.

O segmento econômico que mais criou empregos foi o de serviços, exibiu o total de 277 trabalhadores, seguido, todavia, pela construção civil cujo saldo líquido positivo é de 73 vagas e logo depois vem à atividade comercial com o quantitativo de 57 empregos.

Em penúltimo lugar temos a indústria com mais 31 empregos e por último a agropecuária que destruiu 32 postos de trabalho.  

Diante desse cenário fica claro que o setor de serviços da economia local, continua sustentando a curva da empregabilidade do mercado de trabalho do nosso município. Inclusive, se verificarmos no gráfico foi assim em julho do ano passado, quando a empregabilidade total ficou em 537 e em julho deste ano, em que ela atingiu o patamar de 406 contratações.  E viva Campos sem aumento de impostos!


quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Município de Campos dos Goytacazes (RJ) tem o maior orçamento da Saúde pública da região

 

Execução orçamentária da Saúde pública de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra em valores nominais - (R$ em Milhões) - de janeiro a junho de 2021



Segundo os dados da execução orçamentária da pasta da Saúde, informado pelos municípios de Campos, de Macaé, de São João da Barra, exceto a prefeitura de Rio das Ostras, que ainda não prestou contas, ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

Observa-se de acordo com o gráfico que, o município de Campos de janeiro a junho de 2021 tem uma dotação atualizada através das anulações e suplementações orçamentárias de R$ 688,786 milhões e já gastou R$ 338,129 ou 49,09%, do orçamento autorizado pelo Poder Legislativo local.

No que diz respeito à Macaé, a dotação atualizada até junho deste ano é de R$ 627,206 milhões e o executado nos primeiros seis meses de 2021 foi de R$ 265,678 milhões ou 42,36%. E, no caso de Rio das Ostras, os dados não foram informados ao TCE-RJ.

Por fim, temos São João da Barra, com o orçamento atualizado de R$ 107,743 milhões e o executado de R$ 60,082 milhões ou 55,76%.

Diante desse cenário de alto volume de recursos financeiros injetados na área da Saúde pública da região, nós torcemos para que realmente os serviços sejam prestados com qualidade, a população.


terça-feira, 24 de agosto de 2021

Recuperação dos empregos do setor de prestação de serviços de janeiro a junho de 2021

 

Saldo líquido do emprego do setor de serviços de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra segundo o CAGED de janeiro a junho de 2020 e 2021



Segundo o CAGED, o setor de prestação de serviços de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, no primeiro semestre de 2021 apresentou recuperação no que tange a abertura de postos de trabalho, em relação ao mesmo período do ano passado.

Campos, por exemplo, abriu 899 empregos com a carteira assinada, a economia de Macaé, eliminou 12 vagas, a de Rio das Ostras criou 734 empregos com a carteira assinada e São João da Barra ficou com o saldo líquido positivo em 472 trabalhadores.

Ao contrário do ano passado, quando todos os municípios aqui analisados destruíram empregos formais, por conta da pandemia que assolou o mundo, e com isso, a economia brasileira entrou em recessão com o PIB ficando negativo em 4%.

Portanto, podemos afirmar que, os números da empregabilidade do primeiro semestre de 2021, são favoráveis, a despeito de Macaé, ainda, está destruindo empregos.   


segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Gastos da Assistência Social de janeiro a junho de 2021 do governo Wladimir Garotinho sofrem redução de 62,77%

 

Assistência Social de janeiro a junho de 2017 e 2021 em valores reais atualizados pelo IPCA até julho de 2021 - (R$ em Milhões)



Segundo os dados retirados do Relatório de Execução Orçamentária da Prefeitura Municipal de Campos, encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), sobre os gastos da Assistência Social de janeiro a junho de 2017 e de 2021, referente ao primeiro ano de gestão do prefeito Rafael Diniz comparado ao mesmo recorte de tempo do governo Wladimir Garotinho.

Verifica-se, todavia, através do gráfico que, no primeiro semestre de 2017 o governo Rafael Diniz, destinou a Assistência Social o total de R$ 38,280 milhões. E, no que tange a gestão de Wladimir Garotinho, de janeiro a junho de 2021, foram gastos neste relevante segmento apenas R$ 14,252 milhões.

Portanto, diante desses números pode-se concluir que, no primeiro semestre de 2021 os gastos na área social do município de Campos, sofreram uma redução de 62,77%, quando cotejado aos primeiros seis meses do governo Rafael Diniz.


quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Comércio aumentou as contratações com a carteira assinada de janeiro a junho de 2021. Não dá para elevar a tributação agora!

 

Empregabilidade de janeiro a junho de 2020 e 2021 da atividade comercial de Campos, de Macaé, de São João da Barra e de Rio das Ostras segundo o CAGED


Os números do CAGED sobre a atividade comercial demonstram claramente o início da recuperação econômica dos municípios de Campos, de Macaé, de São João da Barra e Rio das Ostras, através da melhora da geração de empregos, no período de janeiro a junho de 2021 comparado ao mesmo período de 2020, o ano da recessão da economia brasileira.

O município de Campos, por exemplo, abriu agora em 2021 o quantitativo de 426 postos de trabalho e em 2020 eram destruídas 1.422 vagas de emprego.

Em seis meses deste ano Macaé, criou 240 empregos e no ano passado no mesmo período eliminava 1.046 postos de trabalho.

A economia de São João da Barra também segue a mesma trajetória de Campos e de Macaé. Gerou de janeiro a junho de 2021 no comércio o numerário de 91 empregos e em 2020 destruía 18 empregos formais.

Por fim temos Rio das Ostras, que criou em 2021 401 empregos e no primeiro semestre de 2020 eliminava 439 vagas com a carteira assinada.

Diante desses dados pode-se dizer que, no que tange a empregabilidade a conjuntura é favorável aos municípios acima analisados. E qualquer majoração dos impostos travará o ritmo de atividade econômica. Não precisa ser especialista para chegar a essa conclusão. Basta  apenas ter bom senso.   


quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Dinheiro na conta dos municípios petrorrentistas hoje!

 

Royalties de agosto de 2021 em valores nominais (R$ - em Milhões) - de Campos, de Macaé, de São João da Barra, de Rio das Ostras, de Maricá e Niterói



A Agência Nacional de Petróleo (ANP) depositou hoje na conta dos municípios petrorrentistas do estado do Rio de Janeiro, a parcela dos royalties relativa ao mês de agosto de 2021.

O município de Campos recebeu R$ 38,852 milhões, o de Macaé R$ 80,866 milhões, o de São João da Barra R$ 13,655 milhões e Rio das Ostras 14,526 milhões. Tais municípios são os que fazem parte da Bacia de Campos.

Agora, aqueles pertencentes à Bacia de Santos, como no caso de Maricá e Niterói, considerados a nova rota da fortuna do estado, receberam, respectivamente, R$ 111,540 milhes e 64,106 milhões.

Diante desse cenário, pode-se afirmar que, os recursos do petróleo estão ingressando nos cofres dos aludidos entes federativos regularmente, influenciados pela nova conjuntura do preço alto do barril do petróleo e do dólar.  

 

Fonte: Consultor de Petróleo, Gás e Tecnologia Welington Abreu


terça-feira, 17 de agosto de 2021

Investimento público na veia



 

O governo do Estado do Rio de Janeiro está elaborando um grande pacote de obras de R$ 17 bilhões de reais. Ele faz parte do programa Pacto-RJ, para os próximos três anos, cujo objetivo é retomar o desenvolvimento social e econômico do nosso estado.

Os investimentos ocorrerão na reforma de 50 CIEPS, na criação de uma linha de 23 km de metrô na Baixada Fluminense, na construção de 5 mil casas populares e na revitalização de mais de 882 km de estradas.

A previsão de geração de empregos será de 150 mil postos de trabalho no aludido recorte de tempo. O que se constitui numa boa notícia para os fluminenses.

Inclusive, é exatamente a variável investimento público, que atualmente falta no Brasil, no estado e em Campos, para que a economia volte a funcionar gerando emprego e renda, e, por conseguinte, estimule a atividade econômica privada e de forma indireta aumente a demanda agregada de bens e serviços.

Por fim, resta agora à população do estado aguardar a materialização do bilionário pacote. Pois tudo indica que o Rio está superando a crise fiscal e financeira.   

 

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Arrecadação do IPTU aumentou em 2021. Não dá para os prefeitos reclamarem de falta de dinheiro!

 

Arrecadação do IPTU em valores nominais de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra (R$ em Milhões) - de janeiro a junho de 2020 e 2021


  


O gráfico apresenta a arrecadação do IPTU dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra de janeiro a junho de 2020 e 2021, segundo os dados informados ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

A do município de Campos em 2021 em relação ao mesmo período de 2020 cresceu 4,71 %.

A de Macaé teve aumento de 72,18% em 2021 quando comparado a 2020.

A de Rio das Ostras não foi possível calcular, pois o município ainda não informou  os dados ao (TCE-RJ).  

E, a de São João Barra, em 2021 teve elevação de 254,56% em relação a janeiro a junho de 2020.

Com isso, pode-se dizer que, todos os municípios aqui analisados tiveram crescimento nominal nas receitas correntes do imposto predial. Apenas Rio das Ostras ficou devendo os seus números. Não dá para os prefeitos reclamarem de falta de dinheiro.

 


quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Arrecadação de ISS de São João da Barra superou a de Campos. São os ventos fortes do Açu.

 

Arrecadação do ISS de janeiro a junho de 2020 e 2021 de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra em valores correntes (R$ em Milhões)



De acordo com os dados da receita corrente do ISS encaminhado pelos municípios ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), referente ao período de janeiro a junho de 2020 e 2021.

Verifica-se, todavia, que a receita do ISS de Campos de 2021 em relação a 2020 cresceu 17,42%, conforme registrado no gráfico.

A do município vizinho de Macaé aumentou também no mesmo período em 5,99%. E, a de Rio das Ostras relativo ao primeiro semestre de 2021, ainda não foi informado ao TCE-ERJ, como decorrência, não foi possível calcular o seu crescimento.

Por fim, temos o município de São João da Barra, cuja arrecadação tanto do primeiro semestre de 2020 como no de 2021, em termos absolutos, foram superiores aos valores de Campos. Por conta, obviamente, das atividades operacionais do Porto do Açu. Apenas para acrescentar, a receita do ISS sanjoanense expandiu 12,66% em 2021 em relação a 2020. Uma boa notícia para o município.


quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Dinheiro na conta hoje dos municípios petrorrentistas do estado do Rio de Janeiro!

 Participação especial de agosto de 2021 de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras, de São João da Barra, de Maricá e de Niterói - (R$ em Milhões)



O gráfico traz os valores relativos às rendas das participações especiais (PE) de agosto de 2021, o terceiro repasse do ano, sobre os poços de petróleo de maior produtividade depositado, hoje, pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Como se observa, os municípios pertencentes à Bacia de Santos, como Maricá e Niterói, receberam quantias significativas, em razão da exploração petrolífera dos poços do pré-sal.

Enquanto isso, os municípios da Bacia de Campos, cujos poços estão numa curva de produção declinante, como Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, os numerários financeiros foram infinitamente menores. Essa é a dura realidade da Bacia de Campos.  

 

Fonte: Consultor de Petróleo,  Gás e Ciência e Tecnologia, Wellington Abreu


terça-feira, 10 de agosto de 2021

O estoque de mão de obra da economia de São João da Barra de janeiro a junho de 2020 era de dez mil trabalhadores, hoje ele é de 8.458. A redução foi de 1.543 empregos com a carteira assinada. Infelizmente!

 

Estoque de mão de obra da economia de São João da Barra (RJ) de janeiro a junho de 2020 e 2021 segundo o CAGED




De acordo com o estoque formal de mão de obra do mercado de trabalho da economia de São João da Barra (RJ), de janeiro a junho de 2020 e 2021.

Observa-se, todavia, que o segmento econômico responsável pelo maior número de trabalhadores com a carteira assinada, relativo aos primeiros seis meses de 2020 é o setor da construção civil, por conta das obras de construção da termelétrica do Porto do Açu. E, logo em seguida, vem o setor de prestação de serviços, ligado também às atividades operacionais do porto.

Já, no ano de 2021, a construção civil teve vários operários demitidos, no começo do ano, em função da finalização das obras das termelétricas. Diante disso, as atividades de prestação de serviços deste ano, ficaram com o quantitativo de empregados no estoque superiores aos da construção civil, como se pode verificar na tabela.

Portanto, em face desses números do CAGED, pode-se afirmar que, os dois setores que mais possuem trabalhadores registrados na economia sanjoanense, são os de serviços e o da construção civil, tanto no primeiro semestre de 2020 e como também em 2021. E, ainda, o estoque de mão de obra, infelizmente, reduziu em 1.543 trabalhadores agora no período analisado de 2021, por conta dos desligamentos. 

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Dívidas da prefeitura comprometem a curva dos investimentos nos primeiros seis meses de governo Wladimir Garotinho

 

Execução orçamentária da Prefeitura Municipal de Campos de janeiro a junho de 2021



De acordo com o Relatório de Execução Orçamentária da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ), de janeiro a junho de 2021.

O prefeito Wladimir Garotinho pagou de folha e encargos o total de R$ 461,313 milhões, considerando neste valor a parcela do décimo terceiro deixado pelo governo anterior.

De custeio fixo (CF) sem a folha e custeio variável (CV), ou seja, a despesa da máquina pública, o quantitativo financeiro de R$ 275,230 milhões.

De investimentos em obras e equipamentos apenas R$ 966,110 mil.

E, de amortização das dívidas e de juros, respectivamente, R$ 36,972 milhões e R$ 8,964 milhões.

Portanto, diante desse cenário, pode-se dizer que, a dívida da prefeitura amortizada em seis meses, mais o serviço da dívida, o pagamento dos juros, estão ainda inviabilizando a curva dos investimentos, responsável por gerar emprego e renda na economia local. A despeito do aumento da arrecadação deste ano, em função da melhora do aquecimento do nível de atividade econômica tanto do país, como na de Campos. Essa é a dura realidade municipal.


quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Setenta e nove por cento dos empregos com a carteira assinada de Campos do primeiro semestre de 2021 estão nos setores de serviços e comércio e apenas quatro por cento na agropecuária

 

Estoque de mão de obra formal da economia de Campos dos Goytacazes (RJ) de janeiro a junho de 2020 e 2021 segundo o CAGED



De acordo com os dados do CAGED, no que tange aos seis meses de empregabilidade da economia de Campos dos Goytacazes (RJ), pode-se observar no gráfico, a quantidade de empregos formais, que cada segmento econômico acumulou no período de janeiro a junho de 2020 e 2021.

Com isso, verifica-se, todavia, que no primeiro semestre de 2020, o mercado de trabalho da economia campista tinha no seu estoque de mão de obra 69.844 trabalhadores e em 2021 esse número relativo ao mesmo recorte de tempo chegou ao patamar de 73.810 empregos, crescendo, 5,68%, em relação ao ano anterior.  

E, os segmentos responsáveis pela maior quantidade de trabalhadores com a carteira assinada na economia local, tanto em 2020 como em 2021, foram às atividades de serviços e de comércio, enquanto a agropecuária ostentou a última posição, com o peso percentual de 4%, nos dois semestres analisados aqui.

Portanto, os números deixam claro que a economia de Campos, a cada dia que passa se configura mais, numa economia urbana baseada em serviços e no comércio, em detrimento do natural e irreversível esvaziamento econômico da zona rural.


Parabéns Alcimar das Chagas Ribeiro pelo artigo!

 

"O esforço essencial é no processo de resgate da confiança, problema já detectado em Athayde e Ribeiro (2011) na investigação do Sistema Produtivo da Coagro. Aliás, esse modelo de organização produtiva de característica endógena se mostrou relevante na sustentação da atividade, mas não resolveu o problema da desigualdade, já que concentrou poder nos atores com maior capacidade de articulação política." 


Fonte: Folha da Manhã  (Folha1)  de 3/08/2021

Alcimar Chagas - Desenvolvimento rural no Norte-Noroeste Fluminense sob uma nova ótica

 

Neste momento de crise fiscal em Campos dos Goytacazes, muito se tem falado na atividade agropecuária como alternativa econômica, até porque é remota a possibilidade do retorno das robustas rendas petrolíferas do passado. Em decorrência desse fato, iniciativas identificadas como projetos são divulgadas sem a preocupação com os estudos mais atualizados da literatura. Na avaliação crítica dessas iniciativas, esse artigo apresenta didaticamente avanços importantes que precisam ser incorporados na formulação de políticas públicas.

 

Repetindo práticas passadas, as propostas e ações correntes dirigem o foco para aspectos materiais. Um projeto em evolução sob a coordenação institucional acentua a importância da participação do estado na limpeza de canais, transferência de recursos financeiros para o setor e construção de centro de comercialização. Por outro lado, o governo local divulga obras de melhoria em estradas vicinais, disponibiliza maquinário e viabiliza espaços para comercialização dos produtos agrícolas.

Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), ações com objetivo na propriedade, com base no setor e uso de subsídio governamental, representam o velho paradigma que restringe renda, expulsa os jovens do campo para as cidades e mantém no espaço rural a característica de subsistência. Alternativamente, o novo paradigma deve ter como objetivo as pessoas, através do investimento para ampliar a competitividade das áreas rurais e valorizar os recursos não utilizados. Nesse caso, o alvo chave são os vários setores da economia rural (turismo rural, manufatura, indústria e tecnologia da informação), o envolvimento de todos os níveis de governo (supranacional, nacional, regional e local) e vários atores interessados locais (público, privado, ONGs), em substituição ao governo como principal ator do velho paradigma.

 

A evidência da importância do novo paradigma, com base na OCDE, está na forma de operação observada nas áreas rurais, a exemplo das regiões Norte e Noroeste Fluminenses. O foco na propriedade (visão microeconômica, cujo poder competitivo é esvaziado em função de gargalos importantes como escala, dificuldade financeira, gestão deficiente, baixo nível de informação, custo elevado de produção, alta dependência de intermediários, nível de renda deficitária e incapacidade de investimento) é inconsistente para a necessária transformação.

 

Assim, o receituário fundamental tem como base o modelo de desenvolvimento neo-endógeno de Gkartzios e Scott (2014), cuja força dinâmica é a promoção de uma nova relação urbano-rural e local-global, por meio de governança inclusiva e arranjos multissetoriais. O foco do desenvolvimento rural deve estar na criação e no bem estar da comunidade com a construção de lugares mais resilientes.

 

No caso especifico do objeto da análise, é necessário mudar a visão microeconômica por uma visão mesoeconômica, na qual a ação individual deve ser substituída pela visão coletiva e de reciprocidade, dirigindo o foco da propriedade para o território.

 

O conceito de território é relacional, espaço onde ocorre a cooperação entre os agentes produtivos para a solução do problema de escala. O processo de governança segue articulando os interessados na busca de solução para os gargalos já identificados. Trata-se da construção de uma rede de proteção com o objetivo de qualificar todo o processo, visando a eliminação dos gargalos identificados. O fundamento estratégico desse processo é a confiança que ao longo do tempo foi esgarçada, se constituindo em um problema para ação coletiva na região.

 

O esforço essencial é no processo de resgate da confiança, problema já detectado em Athayde e Ribeiro (2011) na investigação do Sistema Produtivo da Coagro. Aliás, esse modelo de organização produtiva de característica endógena se mostrou relevante na sustentação da atividade, mas não resolveu o problema da desigualdade, já que concentrou poder nos atores com maior capacidade de articulação política.

 

O modelo proposto nesse artigo dá um passo adiante com o modelo neo-endógeno, cujo foco é em maior justiça socioespacial. Como é difícil a sua operação na economia em sua totalidade, a proposta é exercitar o modelo em um projeto piloto no contexto de uma visão sistêmica.

 

Um exercício desse modelo poderia ser no planejamento da oferta de alimentos para atender às escolas públicas no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), envolvendo a agricultura familiar no território. Afinal, o município recebeu de transferência direta do PNAE em 2020 a importância de R$4.778.599,40, que foi aplicada na geração de emprego no Espírito Santo e em outras regiões exportadoras de alimentos para o município.

 

O exercício piloto se justifica ainda em função da baixa representatividade do município no contexto agrícola do estado. Enquanto o mesmo utiliza uma área para produção agrícola equivalente a 28,77% do estado, o número de produtores equivale somente a 5,0%, que internalizam 8,0% do faturamento bruto do estado, segundo acompanhamento da Emater-Rio.

Como observado, é estratégica uma iniciativa de planejamento para o projeto piloto sob liderança de um núcleo de governança, instituído por governo, universidade, centro de pesquisa e instituições não governamentais, além de uma visão sistêmica da produção no território.

 

Para compor essa estrutura, os passos a seguir são fundamentais:

 

1.Identificação dos recursos tangíveis e intangíveis com vantagem comparativa;

 

2.Gestão participativa para induzir a formação de capital social;

 

3.Fomento à criação de economias de aglomeração;

 

4.Planejamento e gestão da produção no território.

 

A implantação dessas ações pode resgatar a confiança e fortalecer a estrutura de capital social no espaço territorial, com respostas efetivas na condição competitiva e valorização da atividade, fazendo um caminho inverso com a atração de jovens para o campo. O investimento em infraestrutura para o bem estar dessa população seria de responsabilidade dos governos, que se beneficiariam com a elevação dos indicadores econômicos, inclusive aumento das receitas tributárias geradas pela criação e modernização de negócios com maior valor agregado.

* Alcimar Chagas é economista, professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e membro da Academia Campista de Letras (ACL).

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Referências Bibliográficas

ATHAYDE, K.; RIBEIRO, A. (2011) Elementos essenciais de Capital Social: Uma investigação no sistema Produtivo Coagro. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, 2011.

GKARTZIOS, M. and LOWE, P. (2019) Revisiting Neo-Endogenous Rural Development, in: Scott, M., Gallent, N. and Gkartzios, M. (eds) The Routledge Companion to Rural Planning, Routledge: New York.

OECD (2006), The New Rural Paradigm, OECD publishing, Paris.

OECD (2019), Rural 3.0: People Centred Rural Policy – Policy Highlights

 


quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Mais empregos formais na economia de São João da Barra

 

Empregabilidade de São João da Barra de junho de 2020 e 2021 segundo o CAGED



O município de São João da Barra, a sede do Porto do Açu, de acordo com o último CAGED, encerrou o mês de junho de 2021, abrindo 289 postos de trabalho. Ao contrário deste mesmo período no ano passado, quando os números da empregabilidade da economia sanjoanense ficaram negativos em 126 empregos formais.

O saldo líquido positivo total do mês de junho de 2021 foi puxado pelo setor de prestação de serviços, que sozinho criou 280 empregos com a carteira assinada, demonstrando, com isso, que as atividades portuárias voltaram a gerar empregos.

Em função, obviamente, da recuperação da economia mundial, cuja demanda agregada por bens e serviços tem aumentado, em virtude da retomada do crescimento econômico dos Estados Unidos e da China.

Portanto, diante dos dados favoráveis do mês de junho, pode-se afirmar que, a economia de São João da Barra, já está sentindo, os bons ventos da recuperação econômica mundial, devido ao grande investimento do Açu. Que na atual conjuntura, constitui-se, num forte exportador de commodities. E, ainda importa salientar, desde abril de 2021, o município vem criando vagas de emprego de forma ininterrupta. Isso é muito bom.   


terça-feira, 3 de agosto de 2021

Governo Wladimir Garotinho aplica menos 19,37% na Saúde de Campos quando comparado aos primeiros seis meses do governo Rafael Diniz

 

Governo Rafael Diniz x Governo Wladimir Garotinho

Execução orçamentária da Saúde de janeiro a junho de 2017 e 2021  em valores reais atualizados pelo IPCA até junho de 2021 - (R$ em Milhões)



No que diz respeito à execução orçamentária da Saúde, segundo o Relatório de Execução do Orçamento do município de Campos dos Goytacazes (RJ).  De janeiro a junho de 2017 referentes ao primeiro ano do governo Rafael Diniz comparado ao mesmo recorte de tempo de 2021 do governo Wladimir Garotinho.

Observa-se, todavia, através dos dados do gráfico que, o governo Rafael Diniz, aportou o valor de R$ 421,602 milhões no seu primeiro semestre de gestão, na Saúde. E o prefeito Wladimir Garotinho no mesmo período destinou o total de R$ 339,922 milhões, num cenário de agravamento da pandemia do Coronavírus.

Diante dessa conjuntura, pode-se dizer que, o prefeito Wladimir aplicou menos 19, 37% do que o governo Rafael Diniz, nas ações de políticas públicas, desse relevante segmento da Administração Pública municipal.  Essa é a realidade dos números.

 


segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Pelo sexto mês consecutivo a economia de Campos abriu postos de trabalho. Não dá para aumentar os tributos municipais agora!

 

Empregabilidade do município de Campos dos Goytacazes (RJ) de junho de 2020 e 2021 segundo o CAGED



Segundo os dados do CAGED sobre a empregabilidade formal, publicado na semana passada, o município de Campos dos Goytacazes (RJ), pelo sexto mês consecutivo de 2021 abriu postos de trabalho na economia local.

A guisa de exemplo, em junho de 2020 impulsionado pelo setor sucroalcooleiro, foram abertas no total do mês 907 vagas e no mesmo período deste ano, o número de postos de trabalho criados ficaram no patamar de 354 trabalhadores.

A agropecuária, a indústria, e o segmento de serviços, em junho de 2020, respectivamente, geraram 413, 226 e 205 empregos com a carteira assinada. E o comércio encerrou esse mesmo mês, com o saldo líquido positivo de 104 empregos.

Já, agora em 2021, a agropecuária ficou com o saldo líquido de 107, a indústria com 33, o setor de serviços com 211 e o comércio destruiu 48 empregos.

Portanto, conforme se observa no gráfico, o mercado de trabalho da economia campista, em junho de 2020 contratou mais do que em junho de 2021. Todavia, o que importa dentro desse contexto, é que a economia de Campos continua na sua trajetória de contratações ininterruptas desde janeiro. O que se constitui numa boa notícia para todos nós. E, ainda para sublinhar, não dá para o poder público municipal aumentar os impostos agora.     


Mais empregos no Norte Fluminense!

Região Norte Fluminense gerou 8,8 mil vagas de emprego no semestre

A região Norte Fluminense gerou 1.857 novos empregos formais em junho, desacelerando em relação a maio. Campos dos Goytacazes e São Francisco de Itabapoana deram o tom da desaceleração, dado o momento seguinte ao inicio do processo de moagem da cana-de-açúcar. De qualquer forma, os resultados no mês são satisfatórios e Macaé lidera com a geração de 883 novas vagas, seguido por Campos com um saldo de 354 novos empregos , São João da Barra com saldo de 289 novas vagas e São Francisco com 234 empregos gerados no mês.

No acumulado do semestre Campos se destaca com a geração de 3.630 empregos, seguido por Macaé com 3.482 empregos, São Francisco de Itabapoana com 1.506 empregos. São João da Barra é o único município com saldo negativo no semestre. O município eliminou 194 vagas no período.

Setorialmente, a agropecuária lidera o processo de geração de emprego com 2.739 vagas criadas no semestre, seguido pelo setor de construção civil com 2.212 vagas criadas, serviços com 1.416 vagas, indústria com 1.301 vagas e comércio com 756 vagas criadas no semestre.