O gráfico apresenta o
comportamento do mercado de trabalho da economia de Campos dos Goytacazes (RJ),
de janeiro a maio de 2024 e 2025, por meio do quantitativo do saldo líquido do
CAGED, com o objetivo de proporcionar uma melhor interpretação aos leitores.
Como
se observa pela curva, a empregabilidade no nosso município é bastante limitada
ou até mesmo negativa, como ocorre nos meses de janeiro e março de 2025, o que
reforça o argumento da fragilidade da economia local, estruturada
principalmente nas atividades comerciais e de serviços com baixa remuneração.
Todavia,
ao chegar em abril, período que antecede o início da safra do setor
sucroalcooleiro, conforme se verifica nos dados do gráfico, tanto em 2024
quanto em 2025, a tendência se inverte, e o mercado de trabalho local
intensifica as contratações de mão de obra. Nesse cenário, é importante lembrar
que esses trabalhadores serão dispensados já a partir da segunda quinzena de
agosto, visto que lidamos, infelizmente, com uma atividade industrial de ciclo
econômico sazonal e carência de matéria-prima para abastecer as duas usinas
ainda existentes, que operam em meio a sérias dificuldades financeiras. Isso é delicado.
Portanto,
como já temos exaustivamente sinalizado, a economia campista depende atualmente
das maiores fontes de renda ou salários oriundos dos grandes empreendimentos do
Porto do Açu, em São João da Barra, e da Petrobras, em Macaé. Apenas para
contextualizar: tivemos o vigoroso ciclo do açúcar, o extrativismo vegetal que
já se encerrou, e vivemos agora o declínio do ciclo do petróleo, ligado ao
extrativismo mineral. Por esses e outros motivos, a economia da cidade se
encontra em um processo de desaceleração.