Municípios da Bacia de Campos receberam mais de 78 bilhões de 1999 a 2021

 

Royalties e participação especial de 1999 a 2021 dos municípios pertencentes a Bacia de Campos em valores reais - (R$ em Milhões) 

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) depositou no caixa das prefeituras dos municípios pertencentes à Bacia de Campos, como está registrado no gráfico, de royalties e participações especiais, de 1999 a 2021 o total de R$ 78,236 bilhões, em valores reais atualizados pelo INPC. Esses dados foram retirados da base do Info Royalties da Universidade Cândido Mendes de Campos (RJ).

Como se pode observar, apenas o município de Campos dos Goytacazes (RJ) recebeu no aludido recorte de tempo, o valor de R$ 30,452 bilhões e o de Macaé o quantitativo financeiro de R$ 16,127. Sendo as cidades da nossa região que mais auferiram as rendas petrolíferas.  

Portanto, em função desse contexto, uma pergunta não quer calar: será que a educação, a saúde, o transporte público, a segurança, o desenvolvimento econômico, a cultura, nesses municípios agraciados com as finitas rendas do petróleo, são compatíveis com o dinheiro que circulou no período analisado aqui, ou os prefeitos gastaram tudo, no custeio da máquina pública e na farrinha com os respectivos cabos eleitorais? 

Aumento das contratações de trabalhadores no setor de serviços em fevereiro de 2022

 

Saldo líquido do emprego do setor de serviços de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra segundo o CAGED

 

O setor de serviços dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, em fevereiro de 2022 comparado com fevereiro de 2021, apresentou significativas melhoras, no que tange a contratação de trabalhadores com a carteira assinada, segundo o CAGED.

Demonstrando, com isso, que a austeridade da política monetária do Banco Central através da alta da Selic, ainda não atingiu os agentes econômicos, do mercado de prestação de serviços da nossa região. Torcemos para que a atual conjuntura continue indiferente ao cenário de retração econômica e alta do desemprego, que vem por aí.

Por Alcimar das Chagas Ribeiro

 

A região Norte Fluminense gerou 1.533 vagas de emprego em fevereiro

29 de março de 2022 Alcimar das Chagas Ribeiro Conjuntura, Emprego 0

A mesorregião Norte Fluminense gerou 1.533 empregos em fevereiro sob a liderança de Macaé com 1.027 empregos gerados no mês. Campos dos Goytacazes gerou 350 novas vagas e São João da Barra gerou 128 novas vagas de emprego no mês. No acumulado do bimestre foram gerados 1.803 empregos concentrados em 76,48% em Macaé; 15,36% em São João da Barra e 5,10% em Campos dos Goytacazes.

Setorialmente, a atividade de serviços liderou com 1.043 vagas criadas, seguido pela indústria com 554 vagas e a construção civil com 476 vagas criadas no bimestre. A agropecuária gerou 83 vagas e o comércio eliminou 372 vagas no período.

O estado do Rio de Janeiro gerou 22.603 vagas no bimestre e o país gerou 478.862 vagas no mesmo período.

Depois de quatro meses destruindo empregos a economia de Campos voltou a contratar trabalhadores com a carteira assinada

 

Saldo líquido do emprego de fevereiro de 2021 e 2022 segundo o CAGED do município de Campos dos Goytacazes (RJ)

A economia do município de Campos dos Goytacazes (RJ), após interromper o período de outubro de 2021 a janeiro de 2022, de destruição de empregos com a carteira assinada, voltou em fevereiro de 2022, a criar postos de trabalho, segundo o CAGED, que saiu hoje.

De acordo com o gráfico, em fevereiro de 2022 foram abertas o total de 350 vagas, puxado, pelo setor de serviços, que sozinho ficou com o saldo líquido de 446 empregos. E o comércio infelizmente demitiu 171 trabalhadores.

Agora, no mesmo período do ano passado, a conjuntura do mercado de trabalho local era melhor. O saldo líquido de fevereiro de 2021 totalizou o quantitativo de 559 empregos formais. Sustentado, todavia, pelo setor comercial e a construção civil.

Portanto, estamos, sim, diante de uma boa notícia para a economia campista, a despeito do número de empregos de fevereiro de 2022 está abaixo dos gerados em fevereiro de 2021.     

   

Remuneração média da indústria campista foi de apenas um pouco mais de dois salários mínimos em 2020

 

Renda média e número de trabalhadores da indústria de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra segundo a RAIS de 2020

Segundo os dados da Relação Anual de informações Sociais (RAIS) do ano de 2020, sobre a renda média e o número de trabalhadores celetistas, do setor industrial dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra.

Pode-se, depreender em face deles que o município de Campos, em relação ao aludido seguimento possuía uma renda média de R$ 2.165,15 e o quantitativo de 6.985 trabalhadores formais.

Enquanto isso, a economia Macaense, por conta da indústria do petróleo e os seus altos salários tinha em 2020, somente na indústria, uma renda média de R$ 12.361,75 e mais de 30 mil trabalhadores.

Assim, como também, Rio das Ostras, em razão das multinacionais petrolíferas instaladas no distrito industrial do município. O que faz com que a renda média da cidade atinja o patamar de R$ 7.912,11 e tenha contratado pela indústria local em 2020 4.261 trabalhadores, com a carteira assinada.

Agora, no caso de São João da Barra, a renda média foi de R$ 7.225,41 em 2020 e o total de trabalhadores formais totalizaram o numerário de 1.274. Obviamente, em decorrência de uma média empresa industrial centenária instalada no município do ramo de bebidas e do Porto do Açu.

Diante desse cenário, em função dos números de 2020, chega-se a seguinte conclusão: a economia campista possui uma atividade industrial de baixo valor agregado e de pequena remuneração dos seus colaboradores, quando comparado aos demais municípios, aqui analisados. Aliás, somos, sim, uma economia de serviços e de comércios, onde os salários deixam muito a desejar. E, mais, não dá para se retomar o crescimento econômico municipal vivendo dentro dessa dura realidade. É lamentável dizer, nós empobrecemos!

Arrecadação do ICMS de 2021 só cresceu!

 

Arrecadação do ICMS de janeiro a dezembro de 2020 e 2021 em valores nominais - (R$ - em milhões) 

Arrecadação do ICMS dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, de janeiro a dezembro de 2021 comparado ao mesmo período de 2020, segundo o Relatório Resumido da Execução Orçamentária encaminhado ao TCE-RJ.

Como se observa no gráfico, a arrecadação dessa importante fonte de receita transferida pelo o Estado aos municípios, só cresceu no ano de 2021. O que é muito bom.

É realidade a baixa geração de empregos da agropecuária da região

Saldo líquido do emprego da agropecuária de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra de janeiro a dezembro de 2020 e 2021 segundo o CAGED

O gráfico apresenta o saldo líquido do emprego da agropecuária de janeiro a dezembro de 2020 e 2021, segundo o CAGED.

Como se observa através dos números, no ano de 2021 a economia campista abriu 374 postos de trabalho e de janeiro a dezembro de 2020, o saldo líquido ficou negativo, ou seja, ocorreu destruição de empregos.

Agora, em relação aos demais municípios, o cenário de baixa empregabilidade deixa claro, a agropecuária já deixou de ser importante há muito tempo.  

No caso de Macaé e Rio das Ostras, por conta da indústria do petróleo e a sua vasta cadeia de produção.

No que diz respeito a São João da Barra, o mesmo comportamento se repete. O Porto do Açu é o atual protagonista econômico, assim, como é a Petrobrás em Macaé e o distrito industrial com as suas multinacionais do ramo petrolífero, em Rio das Ostras.

Portanto, apenas em Campos dos Goytacazes (RJ), atualmente, uma economia de serviços, a agricultura ainda resiste. Até quando ninguém sabe.

Prefeitura de Campos com a maior dívida da região e São João da Barra o menor investimento público em termos absolutos

 

Investimentos x Dívida das Prefeituras de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra em valores nominais- (R$ - em Milhões) de janeiro a dezembro de 2021 

De acordo com os dados retirados do Relatório da Execução Orçamentária encaminhado pelas Prefeituras de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra do exercício fiscal de 2021, ao TCE-RJ, no que diz respeito aos investimentos e a amortização da dívida mais a conta juros, sem as despesas intra-orçamentárias.

Pode-se depreender do gráfico que, o maior pagamento de dívida no período de 2021 foi realizado pelo município de Campos e o menor investimento público ficou a cargo da Prefeitura de São João da Barra.

E, ainda dentro desse mesmo contexto, as duas Prefeituras responsáveis pelos maiores investimentos foram exatamente aquelas, que possuem o menor endividamento, como no caso em tela, a de Macaé e a de Rio das Ostras.

Donde se pode concluir, o endividamento sempre é nocivo do ponto de vista financeiro e fiscal. Pois, quanto maior a dívida de uma entidade menor será a sua curva de investimentos. São os casos específicos das Prefeituras de Campos e São João da Barra neste estudo.

Indústria da região iniciou o ano contratando trabalhadores com a carteira assinada

 

Saldo líquido do emprego na indústria de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra segundo o CAGED

De acordo com os dados do CAGED de janeiro de 2022 comparado a janeiro de 2021, no que tange ao saldo líquido do emprego do setor industrial da nossa região.

Observa-se, todavia no gráfico, que o aludido segmento econômico, dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, iniciou o ano de 2022 abrindo postos de trabalho formais.

No caso de Campos, temos algumas indústrias na CODIM e também no segmento ceramista que contratam bastante. Além, obviamente, das duas usinas de cana-de-açúcar, responsáveis por boa parte dos empregos no setor industrial local. E, ainda, existem as unidades econômicas de extração mineral e de outros ramos espalhados pelo município.

Agora, em relação a São João da Barra o emprego industrial decorre do Porto do Açu.

Em Rio das Ostras, a indústria concentra a sua atividade no distrito industrial na fronteira com Macaé e a empregabilidade advém desse complexo.

No que diz respeito a Macaé, os empregos são da indústria petrolífera, cuja base é no próprio território do município.

Por fim, pode-se dizer que, a indústria na nossa região começa o ano contratando trabalhadores com a carteira assinada. O que é uma boa notícia.

Município de Saquarema da Bacia do Pré-Sal recebe mais royalties do que Campos em março de 2022

 

Royalties de março de 2022 em valores nominais (R$ - em Milhões) dos municípios petro-rentistas do estado do Rio de Janeiro (RJ)

Está sendo depositado hoje na conta dos municípios petro-rentistas do estado do Rio de Janeiro (RJ), a parcela dos royalties relativa ao mês de março de 2022, já influenciada pela alta do preço do petróleo tipo Brent que está cotado acima de  100 dólares o barril.

O destaque dos valores do gráfico é o município de Saquarema da Região dos Lagos de quase 92. 000 habitantes, pertencente à Bacia de Santos ou do Pré-Sal, que recebeu mais royalties do que o município de Campos dos Goytacazes (RJ) de 514 mil habitantes, segundo o IBGE.

Numa demonstração clara de que a Bacia de Campos, encontra-se, no seu processo de baixa produtividade. É a dura realidade do final do ciclo do petróleo para a população campista.

Índices das folhas dos servidores das prefeituras de Campos, de Macaé e de São João da Barra

 

Despesa com pessoal em relação a Receita Corrente Líquida (RCL) dos municípios de Campos, de Macaé e de São João da Barra em valores nominais (R$ - em Milhões)

Segundo o RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL do DEMONSTRATIVO DA DESPESA COM PESSOAL DOS ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL - PERÍODO DE REFERÊNCIA: 3º Quadrimestre / 2021 dos municípios de Campos, de Macaé e de São João da Barra.

Pode-se, observar no que diz respeito ao Poder Executivo de Campos que, ele pagou de folha o numerário de R$ 796, 139 milhões, aos seus servidores no ano de 2021 (esse valor está sem a folha dos Inativos e Pensionistas – PREVICAMPOS), o que representou da receita corrente líquida o percentual de 35,24%, de acordo com o gráfico.

O mesmo evento acontecendo em relação à prefeitura de Macaé, onde a despesa total com pessoal (sem o valor da folha dos Inativos e Pensionistas) ficou em R$ 1, 183 bilhão, representando, com isso, o percentual de 40,61% da receita corrente líquida ajustada.

E, agora no caso de São João da Barra, a receita corrente líquida ajustada, totalizou o quantitativo financeiro de R$ 573,498 milhões, a despesa total com a folha resultou no valor de R$ 157,846 milhões (sem o valor da folha dos Inativos e Pensionistas), e o percentual da folha foi de 27,52% no exercício fiscal de 2021.

Importa salientar ainda que, as folhas dos aposentados e dos pensionistas ficam a cargo dos respectivos Fundos de Previdência, a exemplo do nosso município.

Portanto, diante do exposto, se os respectivos prefeitos dos municípios analisados aqui, quiserem reajustar os salários dos servidores públicos, neste ano, como fará a prefeitura de São João da Barra, dando 16%, podem fazer sem a preocupação de ferir o LIMITE MÁXIMO de 54% conforme determina os (incisos I, II e III, art. 20 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)). Pois, as despesas relativas as folhas estão bem abaixo do que determina a LRF. É simples assim!

Câmara de Vereadores de Macaé teve o maior orçamento em 2021

Execução orçamentária do Poder Legislativo de janeiro a dezembro de 2021 em valores nominais - (R$ em Milhões) de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra segundo do TCE-RJ 

Segundo o Relatório Resumido da Execução Orçamentária dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, no que tange aos gastos do Poder Legislativo.

Observa-se, todavia, em face dos dados do gráfico que o Poder Legislativo do município de Macaé, foi o que apresentou o maior orçamento executado no exercício fiscal de 2021. E, o de São João da Barra, constitui-se dentro da atual conjuntura analisada aqui, o menor.

Já, no caso de Rio das Ostras os dados não foram informados ainda ao TCE-RJ.

Importa salientar, tais orçamentos são oriundos dos duodécimos, que o Poder Executivo por força da Constituição Federal do Brasil é obrigado a repassar as Câmaras, ao longo do ano.  

Como o município de Macaé, teve no ano de 2021, um orçamento de mais de R$ 3 bilhões, aliás, o maior da nossa região, ele acaba refletindo, também, de forma crescente no orçamento dos vereadores.

Portanto, pode-se dizer que, o orçamento do parlamento macaense, superou no ano passado, o de muitos municípios pequenos pelo Brasil afora. É muita grana!

Segmento de serviços de Campos em janeiro de 2022 destruiu 172 empregos e o de São João da Barra criou 142 vagas

 

Saldo líquido do setor de serviços de janeiro de 2021 e 2022 segundo o CAGED

De acordo com os primeiros números do CAGED deste ano, o setor de serviços dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, contratou pouco em janeiro de 2022, quando comparado ao mesmo período de 2021.

Conforme o gráfico, o município de Campos, em janeiro destruiu 172 empregos e São João da Barra, foi o que mais abriu postos de trabalho no aludido segmento.

Portanto, essa é a realidade dos números dos empregos no setor de serviços da nossa região. Infelizmente, eles não estão bons. 

Comércio regional perdeu fôlego no mês de janeiro de 2022

 

Saldo líquido de emprego do comércio do mês de janeiro de 2021 e 2022 segundo o CAGED

De acordo com o último CAGED, a atividade comercial dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, no mês de janeiro de 2022 em relação ao mesmo período de 2021, criou poucas vagas. E, em alguns dos municípios acima ocorreu até destruição de empregos, como é o caso de Campos e de Rio das Ostras.

Deixando, bem claro, que o aludido segmento econômico na nossa região ficou fragilizado em janeiro de 2022, por conta de várias circunstâncias, sobretudo, a alta da taxa SELIC pelo Banco Central, que anda travando os negócios de um modo geral. Infelizmente. 

Pelo quarto mês consecutivo a economia de Campos destrói empregos com a carteira assinada

 

Saldo líquido do CAGED de janeiro de 2021 e 2022 do município de Campos dos Goytacazes (RJ)

Segundo os números do último CAGED, a economia do município de Campos dos Goytacazes (RJ), encerrou o mês de janeiro de 2022 destruindo o quantitativo de 263 empregos, com a carteira assinada. Enquanto isso, neste mesmo período do ano passado ela criava o numerário de 312 empregos formais.

Importa salientar ainda, o mês de janeiro de 2022 é o quarto mês consecutivo, que a economia campista perde postos de trabalho. Estamos desde outubro de 2021 eliminando vagas. O que é uma notícia ruim para todos.

Portanto, diante desse cenário desalentador, é relevante que o governo Wladimir Garotinho, comece a desovar a poupança de R$ 500 milhões acumulada ao longo do exercício fiscal de 2021, através da elevação  do gasto público, para tentar segurar os empregos da população campista. Pois, são quatro meses que o setor produtivo desemprega na nossa cidade. Infelizmente.

Prefeituras com mais dinheiro!

 

Em face da conjuntura de recuperação econômica da economia brasileira no ano de 2021, quando o conjunto de riquezas produzidas no Brasil, o PIB, expandiu 4,6%.

Os orçamentos das prefeituras petro-rentistas também foram bafejados por esse cenário prodigioso. As receitas próprias como o ISS e o IPTU cresceram significativamente, assim, como as de transferências correntes, os royalties e participação especial, juntamente, com o ICMS e o Fundo de Participação dos municípios (FPM).

Uma prova cabal do que nós estamos falando, é o superávit líquido de R$ 500 milhões, que teve somente a Prefeitura de Campos. E o grande orçamento de mais de R$ 3 bilhões da Prefeitura de Macaé e o de R$ 610 milhões da Prefeitura de São João da Barra.

Portanto, está na hora dos prefeitos da nossa região começarem a investir toda a poupança que acumularam ao longo de 2021, por conta da elevação do preço internacional do petróleo, da inflação e da recuperação do PIB nacional, no intuito deles garantirem os empregos, nas suas respectivas cidades. Já que as previsões dos órgãos de estatísticas econômicas para 2022, não é nada boa. Inclusive, a atividade econômica do país, começa a apresentar fraqueza, o que não é uma boa notícia para os trabalhadores e a população em geral.  

 

Prefeituras da região e os seus grandes orçamentos

 

Orçamento realizado de 2021 em valores nominais - (R$ - em Milhões)

De acordo com o Relatório Resumido da Execução Orçamentária de 2021 dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, encaminhado ao TCE-RJ, de janeiro a dezembro de 2021.

Pode-se, observar que, o maior orçamento da nossa região é o de Macaé com mais de R$ 3 bilhões e o segundo é o de Campos, acompanhado pelo de São João da Barra.

E, no caso de Rio das Ostras, os dados ainda não foram informados ao TCE-RJ.

Portanto, diante dos números registrados no gráfico, os prefeitos dos aludidos municípios não podem alegar falta de dinheiro na atual conjuntura. Os seus orçamentos foram beneficiados pela alta do preço do petróleo, do dólar e pela inflação, que castiga dia a dia a população. É isso aí.

O ISS de Macaé no ano de 2021 foi de quase setecentos milhões. Viva a economia do petróleo macaense!

 

Arrecadação de ISS de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra - em valores nominais - (R$ em Milhões) de janeiro a dezembro de 2020 e 2021

O gráfico apresenta a arrecadação de ISS, segundo o Relatório Resumido da Execução Orçamentária dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, encaminhado ao TCE-RJ, de janeiro a dezembro de 2020 e 2021.

No caso de Campos ocorreu um aumento de 28,05% em 2021 em relação ao ano de 2020.

Em relação à Macaé, o crescimento de 2021 foi de 14,80% quando comparado ao exercício fiscal de 2020.

No que diz respeito a Rio das Ostras, o município ainda não entregou o aludido relatório ao TCE-RJ, e por conta disso não foi possível calcular a variação percentual.

E, por último, temos São João da Barra, onde o ISS teve majoração de 26,07%, em função das atividades operacionais do Porto do Açu.

Portanto, os prefeitos dos municípios analisados neste estudo, não podem reclamar da falta de dinheiro. Aliás, o dinheiro não está faltando.  

Campos teve a maior arrecadação de IPTU da região em 2021. Assim é fácil prefeito Wladimir fazer um superávit líquido de R$ 500 milhões!

IPTU de janeiro a dezembro de 2020 e 2021 em valores nominais - (R$ em Milhões) de Campos, de Macaé,  de Rio das Ostras e de São João da Barra

Segundo o Relatório Resumido da Execução Orçamentária dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra de 2020 e 2021, no que tange a receita corrente do IPTU.

Pode-se, observar em face do gráfico que, a receita arrecadada do IPTU de Campos, tanto no ano de 2020 e também, em 2021, foi a maior da região.

Em 2021, o município campista através de um forte esforço arrecadatório aumentou em 53%, a aludida receita em relação ao ano de 2020.

Inclusive, a gestão do prefeito Wladimir Garotinho lançou até o IPTU retroativo, ao ano de 2016, alegando, todavia, que os imóveis objeto dessa ação fiscal, estavam com os seus dados defasados no cadastro imobiliário da Secretaria de Fazenda, a guisa de se justificar com a sociedade local.  

Com isso, o contribuinte campista, no ano de 2021 pagou o carnê do IPTU de 2021 e o retroativo. Por conta dessa conjuntura e outras variáveis, como por exemplo, a inflação, os valores arrecadados ultrapassaram aos R$ 100 milhões.

Enquanto isso, a receita do IPTU de Macaé de 2021 cresceu 39% e a de São João da Barra, teve uma queda de 20% e a de Rio das Ostras relativa a 2021, ainda não foi informada ao TCE-RJ.

Portanto, não é por acaso, que o prefeito Wladimir Garotinho, conseguiu fazer um superávit líquido de R$ 500 milhões no ano passado, como ele bem divulgou no Ponto Final do jornal Folha da Manhã. Agora prefeito, é relevante colocar essa imensa poupança para circular e gerar emprego e renda na cidade que está abandonada e esburacada. Pois a prefeitura não é banco para ficar acumulando poupança e aplicando dinheiro público no mercado financeiro. Enquanto, a pobreza e a miséria se elevam no nosso município. Vamos trabalhar, porque dinheiro tem!