segunda-feira, 13 de maio de 2024

Construção civil reduziu as contratações de trabalhadores formais em março de 2024

 

CAGED: saldo líquido do emprego da construção civil no mês de março de 2023 e 2024 


A atividade da construção civil desacelerou no mês de março de 2024 nos municípios de Macaé, de São João da Barra, Rio das Ostras, exceto em Campos, onde se observou uma pequena contratação de trabalhadores, conforme os dados do gráfico.


quinta-feira, 9 de maio de 2024

“Cheque em branco” do prefeito Wladimir Garotinho pode ultrapassar a cifra de R$ 1 bilhão. Dinheiro tem!

 

De acordo com o artigo 24 destacado no final desta postagem, do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, o prefeito Wladimir Garotinho pede um “cheque em branco”, a Câmara de Vereadores, no  total de R$ 1,007 bilhão, isto é, se o orçamento do Poder Executivo for exatamente o que está contemplado no Projeto da LDO de 2025. Ele pode variar para mais ou para menos, vai depender do valor da LOA que será enviada em agosto e apreciada pelos vereadores.

No que diz respeito agora ao Poder Legislativo local, o valor do “cheque em branco”, para que o Presidente da Câmara possa suplementar  o orçamento  da casa,  ainda não se conhece os seus números, na atual conjuntura . Pois, o atual Presidente da Câmara tem pela LDO de 2025, o dever de encaminhar ao Poder Executivo para ser agregado a LOA de 2025,  até o dia 30 de julho deste ano, o orçamento do Poder Legislativo.

Portanto, fica neste artigo apenas calculado, por enquanto, o “cheque em branco” do Poder Executivo, obviamente, se os ilustres vereadores aprovarem a LDO que já está nos escaninhos da Câmara Municipal.  

Art. 24. Fica o Poder Executivo Municipal e o Poder Legislativo, nos termos que dispuser a Lei Orçamentária Anual de 2025, autorizado a abrir créditos adicionais suplementares e/ou remanejar, por Decreto Municipal, até o limite de 30% (trinta por cento), do orçamento fixado pelo Poder Executivo, nos termos do art. 7º, inciso I da Lei Federal n.º 4.320 de 17 de março de 1964.


quarta-feira, 8 de maio de 2024

Muita receita e alta despesa da LDO de 2025

 

Evolução da Receita total x Despesa total da LDO de 2025 de Campos dos Goytacazes (RJ) em valores nominais - (R$ - em Milhões)

 

O gráfico demonstra a evolução da receita e da despesa total da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ) de 2022 a 2027, cujos dados foram retirados do ANEXO DE METAS FISCAIS do Projeto de Lei da LDO de 2025, que está na Câmara Municipal.

Como se observa, o orçamento fiscal campista é bilionário, assim como, as suas respectivas despesas. Não basta apenas visualizar as receitas, temos que também olhar os compromissos assumidos pela máquina pública. Que em se tratando de Campos não poucos. O que não falta são problemas e demandas sociais. É isso aí.


terça-feira, 7 de maio de 2024

Futuro prefeito de Campos em 2025 terá um Orçamento de R$ 3,357 bilhões e herdará uma dívida de R$ 158,301 milhões

 

LDO de 2025 em valores nominais - (R$ em Milhões) da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ)


O gráfico apresenta os dados do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, encaminhado pelo governo Wladimir Garotinho ao Poder Legislativo local, ele será submetido à Audiência Pública, e depois, encaminhado à votação em plenário.

A LDO é o diploma legal responsável pela elaboração do Orçamento Fiscal do ano de 2025, a LOA. Nela consta as metas e prioridades do futuro orçamento, cuja execução ficará a cargo do futuro prefeito de Campos, eleito, no próximo pleito de outubro.

Agora vamos aos números. O orçamento do ano que vem será de R$ 3,357 bilhões, a folha de pessoal e encargos sociais dos servidores municipais totalizará R$ 1,150 bilhão, a amortização de dívida de curto prazo (até doze meses) mais os juros chegará ao patamar de R$ 158,301 milhões, a dívida de longo prazo (acima de doze meses) encontra-se no valor de R$ 1,116 bilhão e os investimentos serão de apenas R$ 136,898 milhões. O que demonstra, com isso, a baixa capacidade de investimento público da prefeitura em 2025 travado em função da imensa dívida.

Por fim, é relevante destacar no ano que vem, o futuro prefeito herdará uma dívida para pagar ao longo do exercício fiscal de 2025 de R$ 158,301 milhões e terá para investimentos o quantitativo financeiro de R$ 136,898 milhões. O que é muito preocupante esse desequilíbrio das contas municipais.      


segunda-feira, 6 de maio de 2024

Endividamento das prefeituras

 

Amortização mais os juros da dívida de curto prazo de janeiro a dezembro de 2022 e de 2023 em valores nominais - (R$- em Milhões)


O gráfico apresenta a execução orçamentária do pagamento da dívida de curto prazo, até doze meses, como por exemplo, do INSS, do FGTS, do PASEP, com a rede bancária e outras instituições, das Prefeituras de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, cujos dados foram retirados do TCE-RJ.

O maior pagamento da dívida em termos absolutos foi o da Prefeitura de Campos, em função do seu grande endividamento. E em termos relativos, conforme o gráfico está a Prefeitura de Macaé, pois de 2023 em relação a 2022, o pagamento cresceu 617,61%. As demais tiveram pouca expansão das suas amortizações, embora a Prefeitura de São João Barra tenha também uma pesada dívida. Para infelicidade do povo sanjoanense.

Portanto, dentro do contexto acima, o maior endividamento ficou a cargo da Prefeitura de Campos, e o menor é o da Prefeitura de Rio das Ostras. É desse jeito.   


quinta-feira, 2 de maio de 2024

Setor de serviços gerou empregos em março de 2024

 

CAGED: setor de serviços do mês de março de 2023 e de 2024


De acordo com os dados do último CAGED sobre a pesquisa do emprego formal no Brasil, o setor de serviços do município de Campos e de São João da Barra, no mês de março de 2024 em relação a março de 2023, acusou redução de criação de empregos. Enquanto isso, no mesmo período, o mercado de trabalho de prestação de serviços de Macaé e de Rio das Ostras, ocorreu elevação de abertura de vagas com a carteira assinada, conforme pode se observar nos números do gráfico.  

Todavia, o que importa efetivamente no que diz respeito à empregabilidade, é o saldo líquido encerrar o mês com a curva positiva, e isso ocorreu em relação às economias dos municípios analisados nesta postagem. É desse jeito.   


terça-feira, 30 de abril de 2024

Enquanto o comércio de Campos se arrasta o setor de serviços gera empregos formais

 

CAGED: saldo líquido do mês de março de 2023 e de 2024


 

Segundo o CAGED publicado hoje pela manhã, o mercado de trabalho da economia campista criou 507 empregos a mais em março de 2024. Enquanto isso, o saldo líquido do mesmo período do ano passado ficou em 754 postos de trabalho.

Observa-se, então, dentro desse contexto, uma redução do saldo líquido total de março de 2024 em relação a março de 2023 de 32,76%.  Todavia, o que importa, é a geração empregos no mês. Em relação a isso, o saldo líquido ficou positivo.

Por fim, temos que ressaltar, tanto no mês de março de 2023, assim como também em março de 2024, o setor de serviços foi o grande gerador de empregos e o comércio, infelizmente, continua se arrastando, como se pode verificar no gráfico. 


segunda-feira, 29 de abril de 2024

Saquarema com mais dinheiro do que Rio das Ostras e São João da Barra somados

 

Royalties de abril de 2024


A Agência Nacional de Petróleo (ANP) depositou na última sexta- feira, os royalties referentes ao mês de abril de 2024. Tanto dos municípios pertencentes à bacia de Campos, como os da bacia de Santos, como no caso de Maricá, de Niterói e de Saquarema.  

O destaque do mês de abril são os valores recebidos pelo pequeno município de Saquarema da bacia de Santos de alta produção de petróleo no pré-sal, cujo crédito atingiu o patamar de R$ 33.231.153,57. Superior, importa salientar, a soma dos quantitativos financeiros recebidos por Rio das Ostras e São João da Barra, no total de R$ 30.572.054,28. Demonstrando, com isso, a pujança da bacia santista em detrimento da bacia de Campos de baixa produtividade.

Portanto, a cada mês evidencia-se mais, a decadência produtiva da bacia de Campos. Infelizmente.     


quinta-feira, 25 de abril de 2024

São João da Barra tem o pior índice de pobreza e a maior renda per capita

 

Dados da pobreza do mês de março de 2024



A tabela apresenta o índice de pobreza, resultado do quantitativo de pessoas cadastradas dividido pelo número de habitantes em cada município, segundo os dados do CADÚNICO, do ministério da Cidadania, do Governo Federal, no mês de março de 2024.

Como se verifica através dos dados, São João da Barra, a sede do Porto do Açu, exibiu a maior renda per capita e o pior índice de pobreza quando comparado aos demais municípios. Portanto, estamos diante de uma grande contradição.  Infelizmente.   


quarta-feira, 24 de abril de 2024

Pobreza reduziu em Campos em março de 2024

 

Números da pobreza de março de 2023 e de 2024


Nos números divulgados pelo ministério da Cidadania do Governo Federal, no que diz respeito ao quantitativo de pessoas registradas no CADÚNICO ou de pobres nos municípios do Brasil foram publicados hoje. O que revela a face triste da nossa sociedade. 

Como se pode observar no gráfico, o único município que apresentou redução da pobreza, embora muito pequeno, mas de qualquer forma já é algum avanço, no mês de março de 2024 em relação a março de 2023, foi Campos dos Goytacazes. Enquanto isso, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, os números paradoxalmente cresceram nas economias onde existem os grandes investimentos. Macaé tem a Petrobrás, Rio das Ostras, a Zona Especial de Negócios (ZEN) e São João da Barra, o Porto do Açu.

Portanto, essa é a dura realidade do cenário social da região Norte Fluminense. Temos pouca coisa a comemorar do ponto de vista social.




sexta-feira, 19 de abril de 2024

Gastos da Secretaria de Comunicação Social

 

Gastos da Secretaria de Comunicação Social de 2022 e de 2023 -em valores nominais - (R$ - em Milhões) 


Segundo os dados encaminhados ao TCE-RJ, dos recursos públicos que são aplicados pela Secretaria de Comunicação Social, ou seja, na divulgação da imagem dos governos e nas campanhas publicitárias.

O único município, como pode se observar no gráfico, que se preocupou em dar transparência a esses relevantes gastos, tanto do ano de 2022 como também em 2023, foi o de Macaé. Enquanto isso, Campos, Rio das Ostras e São João da Barra, fazem segredo a respeito deles. É muito estranho tal comportamento. Cadê a transparência?


quinta-feira, 18 de abril de 2024

Governo Wladimir Garotinho gastou mais de R$ 14 milhões na Cultura no ano de 2023

 

Gastos da Cultura de 2022 e de 2023 do Governo Wladimir Garotinho em valores nominais - (R$ - em Milhões) 


Segundo os dados do relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ), encaminhado ao TCE-RJ, no ano de 2023 em relação ao ano de 2022. O governo Wladimir Garotinho aportou na área da Cultura campista 45,24% a mais, o que se constitui num expressivo valor em se tratando de um município, onde esse segmento é bastante crítico.

Acrescentando ainda, pelo que se conhece desse relevante setor da cidade, não houve nos dois períodos analisados, eventos culturais que justificassem a saída desse imenso montante, do erário público. É a nossa opinião. Podemos está até equivocado.

O que deve está supostamente ocorrendo, como verificamos através dos dois relatórios, tanto de 2022 como também de 2023.  São os gastos da Comunicação, estarem saindo pela pasta da Cultura com o objetivo único de ocultar da sociedade os quantitativos financeiros destinados à mídia local, amiga do atual governo municipal, eis que a Função Comunicação “SUMIU” dos dois relatórios (RREO), o que eu afirmaria, de forma muito estranha.

Por fim, apenas no sentido de reafirmar a nossa suposição acima e aproveitar a oportunidade e perguntar ao governo Wladimir Garotinho. Por qual função orçamentária anda saindo o dinheiro da Secretaria de Comunicação Social? Acho que a população campista que recolhe altos impostos à municipalidade tem obrigação de saber.


quarta-feira, 17 de abril de 2024

Aumentaram as demissões no comércio da economia de Campos em fevereiro de 2024

 

CAGED: saldo líquido do emprego no comércio de fevereiro de 2023 e de 2024

 

O comércio da economia campista no mês de fevereiro de 2024 em relação ao mesmo período de 2023 aumentou o número de trabalhadores demitidos. Enquanto isso, as economias de Macaé e de Rio das Ostras apresentaram melhora no nível das contratações, no mesmo recorte de tempo analisado.

Já no caso de São João da Barra, o quantitativo de geração empregos reduziu, porém, o saldo líquido se manteve positivo, em fevereiro de 2024 quando cotejado a fevereiro de 2023, conforme se pode observar no gráfico. O que é muito bom para a economia local da cidade.

Portanto, como se observa em face dos números do CAGED, a conjuntura da empregabilidade do comércio na região Norte Fluminense, anda patinando. Infelizmente.   


terça-feira, 16 de abril de 2024

LDO de 2025: Governo Federal e Governo Wladimir Garotinho



 

O governo Federal encaminhou ontem ao Congresso Nacional o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), do ano de 2025, obedecendo ao prazo determinado na Constituição brasileira, o dia quinze de abril. Nele constam as metas e prioridades relativas à elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) do ano que vem.

O grande destaque do aludido projeto será o aumento do salário mínimo para o ano de 2025. Ele sairá dos atuais R$ 1.412, 00 e passará para R$ 1.502,00, ou seja, o reajuste se os parlamentares aprovarem chegará a 6,52%, com isso, a classe trabalhadora eleva o seu poder aquisitivo no mercado de bens e serviços.

Portanto, como se observa, o Governo Federal já fez a parte dele no que tange a LDO. Agora, uma pergunta não quer calar em face desse contexto: será que o Governo Wladimir Garotinho também entregou ao Poder Legislativo local a LDO, majorando o salário defasado há anos do servidor público em 2025, ou perdeu prazo, com a conivência dos vereadores de plantão? A população campista e os servidores da prefeitura precisam dessa relevante informação.

 

   

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Construção civil em fevereiro de 2024 desacelerou

 

CAGED: saldo líquido de emprego da construção civil de fevereiro de 2023 e 2024


O resultado da empregabilidade do setor da construção civil nos municípios  de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, no mês de fevereiro de 2024 em relação a 2023 piorou, exceto no caso de Campos. O que não é bom para a nossa região.

Apenas a economia sanjoanense, apresentou saldo líquido positivo expressivo em fevereiro de 2024, porém, num quantitativo inferior ao de fevereiro de 2023, conforme o registro do gráfico.  

Já na economia campista ocorreu uma pequena melhora no total de cinco empregos gerados, quando cotejado a fevereiro de 2023. É uma boa notícia. Pelo menos os dados não ficaram negativos.

Portanto, observa-se dentro do atual contexto, uma desaceleração da construção civil, através dos números do CAGED.  


quinta-feira, 11 de abril de 2024

Maior orçamento de 2023 foi o de Macaé

 

Receita total de janeiro a dezembro de 2022 e de 2023 em valores nominais - (R$- em Milhões)


O gráfico traz a receita total realizada de janeiro a dezembro de 2022 e de 2023, dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, segundo os dados retirados do TCE-RJ.

O município de Macaé possui, como se pode observar,  o maior orçamento da região Norte e também teve em 2023 em relação a 2022 o maior crescimento relativo. E viva a economia do petróleo macaense. É desse jeito.


quarta-feira, 10 de abril de 2024

Folha x Investimentos de 2023

 

Execução orçamentária do ano de 2023: folha x investimentos 


O gráfico apresenta a execução orçamentária da folha de pagamento e os encargos e os investimentos, dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, segundo o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), do exercício fiscal de 2023. Os dados foram retirados do TCE-RJ.


Por Hamilton Garcia

 


​​O círculo da mediocridade brasileira

A reconstrução democrática do país, todavia, passa por outros caminhos, a exigir clareza, capacidade crítica e coragem, das lideranças políticas e sociais. Qualidades escassamente percebidas entre boa parte das atuais lideranças brasileiras.


Há tempos o filósofo e pensador brasileiro Roberto Mangabeira Unger vem insistindo, desde sua cátedra na Universidade de Harvard, sem muita repercussão no Brasil, que “o problema fundamental do nosso país não é a desigualdade – ainda que este seja um grande problema – mas a mediocridade”. “Temos os instrumentos para sair da mediocridade, mas não temos o projeto”, diz o eminente pensador. Olhando mais atentamente para a evolução do nosso presidencialismo, vemos que a mediocridade é seu ethos, além de modus operandi.

Desde que o Partido dos Trabalhadores chegou ao poder, tentando conciliar sua histórica estratégia classista com a estratégia assistencialista –onde a revolução se restringia a três refeições na mesa do trabalhador –, descobriu-se a fórmula do consenso político no Programa Bolsa Família, onde a transformação social não precisava mais de qualquer efetiva mudança na ordem dominante, como se supunha, anteriormente, no Programa Fome Zero. Bastava apenas “colocar os pobres no orçamento”, mantendo privilégios históricos em nome da governabilidade, para que se desse o milagre da multiplicação dos votos; preservando-se, naturalmente, a retórica engajada e radical.

O estupendo sucesso político-eleitoral da fórmula tornou-a “o programa máximo” do lulopetismo, sem que a esquerda partidária deixasse de considerá-la “o programa mínimo”. Enquanto Lula bradava nos palanques, sob aplausos internacionais, que a grande tarefa do(s) seu(s) governo(s) seria levar as três refeições à mesa dos pobres, a esquerda petista usou a alquimia política para alavancar a polarização política (“nós e eles”) em busca do “governo popular.”

Tudo parecia ir bem até que uma revolta popular, em 2013, e um desgoverno (Dilma) abriram caminho para outro impeachment (2016) e um vácuo de poder que o centro democrático não podia ocupar em função de muitos motivos que não cabem neste texto. O freio de arrumação da interinidade do governo Temer não foi capaz de evitar a tournant da sociedade à direita, interpelada resolutamente pelo bolsonarismo.

A volta ao poder do PT, sob a capa da “frente ampla”, se valendo da impotência de sempre do centro democrático em sua entropia político-intelectual, se fez inevitável. Mas tal frente apenas abriu caminho para mais um governo lulopetista e seu histórico despreparo para o enfrentamento dos grandes desafios nacionais, não obstante seu forte apelo popular. Um paradoxo, em termos, que reforça e renova o pacto da mediocridade.

O problema da fórmula outrora imbatível é que a estratégia assistencialista vem perdendo tração social nas camadas populares, crescentemente em busca de melhor inserção no mercado de oportunidades, muito influenciadas pelas igrejas evangélicas preconizadoras do individualismo da “teologia da prosperidade”. A ideia de sujeitos dependentes do “Senhor Estado” restou preponderante apenas no Nordeste do Brasil – não por acaso bastião das velhas tradições patrimoniais. O PT deitou suas novas raízes lá, na esperança de reeditar a velha aliança “operário-camponesa”, mas essa fórmula perdeu apelo no proletariado urbano, que parece ter perdido a fé em qualquer progresso pelo caminho da “igualdade na pobreza”.

O Centrão, por sua vez, na esteira do fracasso do bolsonarismo e da flexibilidade programática dos partidos políticos, consolidou seu protagonismo. Sob a liderança do presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira, o Centrão deixou de ser um mero balcão de negócios para se transformar num verdadeiro “partido moderador”, disposto a apoiar o governo de plantão mediante cargos, mas agora sem abrir mão de sua visão de mundo liberal-patrimonialista, portanto, medíocre.

Isto não tem impedido que reformas estruturantes de matiz racionalizante, sob a condução do ministro da Economia Fernando Haddad, estejam sendo implementadas. O problema é que neste caminho sofre assédio contumaz dos setores mais à esquerda do próprio PT, tornando a vida do governo ainda mais difícil e ao sabor do Centrão.

A possibilidade do desenvolvimento democrático do Brasil tem esbarrado, até aqui, em nulidades políticas, capazes de produzir forte mobilização social, mas incapazes de assumir papel dirigente, ou seja, conduzir o país à emancipação econômica y social. Esperava-se que o governo Lula III, depois do desgoverno bolsonarista, funcionasse como um governo tampão, a caminho dessa emancipação, mas seu pendor demagógico em meio à ausência de lideranças alternativas pode comprometer a tarefa, como também ocorreu com o governo interino de Michel Temer.

O PT não exerce qualquer papel dirigente positivo no interior do atual governo ou fora dele. Muito ao contrário, alimenta a dilaceração da frente ampla que o respalda, na esperança de exercer uma hegemonia restrita aos seus membros.

A esquerda brasileira, marcada pelo viés da mediocridade e obcecada pelo passado, que nunca compreendeu, se equilibra na vã expectativa de uma transformação utópica. A reconstrução democrática do país, todavia, passa por outros caminhos, a exigir clareza, capacidade crítica e coragem, das lideranças políticas e sociais. Qualidades escassamente percebidas entre boa parte das atuais lideranças brasileiras.Resta-nos aguardar que os tempos difíceis por vir despertem os espíritos bem apetrechados, na situação e na oposição, capazes de reencontrar o caminho do desenvolvimento em meio às novas possibilidades e desafios da reconfiguração internacional, cujo horizonte é sinistro.

Cientista político. Profesor de la Universidad Estatal del Norte Fluminense - UENF (Brasil). Doctor en Historia Contemporánea, por la Univ. Federal Fluminense (UFF) y Magíster en Ciencia Política por Unicamp.


Fonte: https://latinoamerica21.com/pt-br/o-circulo-da-mediocridade-brasileira/

terça-feira, 9 de abril de 2024

Indústria de Campos eliminou empregos com a carteira assinada em fevereiro de 2023 e de 2024

 

CAGED: saldo líquido do emprego na indústria de fevereiro de 2023 e de 2024

Enquanto o setor industrial do município de Campos, no mês de fevereiro de 2023 e de 2024, destruiu empregos com a carteira assinada. As economias de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra criaram postos de trabalho, no mesmo período como se pode observar no gráfico.

No caso de Macaé, por conta da economia do petróleo, em Rio das Ostras em função da Zona Especial de Negócios (ZEN) e em São João da Barra em decorrência do Porto do Açu. O que demonstra a dinâmica econômica dos grandes investimentos em cada um desses municípios.

Portanto, é importante ressaltar em face do presente estudo, a economia de Campos, no que tange ao setor industrial é muito tímida ou frágil. O nosso ponto forte na atual conjuntura da empregabilidade, está no setor de prestação de serviços de baixo valor agregado. É desse jeito. 


segunda-feira, 8 de abril de 2024

A maior arrecadação é a de Campos

 

Arrecadação do IPVA do ano de 2023


Segundo os dados da receita do IPVA, imposto estadual, cuja metade do valor arrecadado fica no caixa dos municípios, de acordo com a quantidade de veículos emplacados em cada cidade. O município de Campos no ano de 2023 apresentou a maior arrecadação como se pode observar no gráfico. Os números foram retirados do TCE-RJ.

Portanto, uma coisa é certa, dinheiro não está faltando na Prefeitura de Campos. 


quarta-feira, 3 de abril de 2024

Redução dos empregos no comércio do estado do Rio de Janeiro

 

CAGED: saldo líquido de emprego do estado do Rio de Janeiro de fevereiro de 2023 e de 2024 


O saldo líquido total da empregabilidade de fevereiro de 2024 em relação a fevereiro de 2023, no estado do Rio de Janeiro aumentou 23,06%, conforme se observa no gráfico, segundo o CAGED.

Os segmentos econômicos que mais empregaram em fevereiro de 2023 foram: o de serviços, a construção civil e a indústria. E em fevereiro deste ano, o destaque também ficou com os mesmos segmentos do ano de 2023.

Já a atividade comercial do estado anda mesmo retraída quando assunto é geração de empregos, tanto em fevereiro de 2023 como também em 2024.

Portanto, a situação do comércio é bastante delicada.  


terça-feira, 2 de abril de 2024

Construção civil de São João da Barra reduziu as contratações de trabalhadores em fevereiro de 2024

 

CAGED: saldo líquido do emprego de fevereiro de 2023 e 2024 de São João da Barra (RJ)


O gráfico apresenta o saldo líquido dos segmentos econômicos da economia de São João da Barra (RJ), de fevereiro de 2024 em relação a fevereiro de 2023, segundo o último CAGED.

Como se pode observar, em fevereiro de 2024 ocorreu encolhimento na geração de emprego formal da economia sanjoanense em comparação ao mesmo período do ano passado, no que tange ao saldo líquido total. Puxado pelo setor da construção civil que abriu apenas 129 postos de trabalho, em fevereiro, ao contrário de fevereiro de 2023, quando esse segmento criava 333 empregos com a carteira assinada.

Portanto, na economia portuária de São João da Barra, a contratação do setor da construção civil determinou o aumento e a diminuição do emprego, tanto em fevereiro de 2023 como em fevereiro de 2024. É isso aí.  


segunda-feira, 1 de abril de 2024

Setor de serviços continua criando empregos com a carteira assinada

 

CAGED: saldo líquido do setor de serviços dos municípios de Campos, de Macaé, de São João da Barra e de Rio das Ostras  de fevereiro de 2023 e de 2024


No CAGED publicado na semana passada, no que diz respeito ao quantitativo de empregos criados no setor de serviços. O município de Campos em fevereiro de 2024, liderou a abertura de vagas, ultrapassando até mesmo a pujante economia do petróleo macaense, conforme os dados do gráfico.

Já no mesmo período do ano passado, Macaé, abriu mais postos de trabalho no setor de serviços, quando comparado aos demais munícipios.

Portanto, pode-se dizer, a economia de serviços regional continua na sua trajetória de expansão das contratações no mercado de trabalho formal.    




Mais empregos em Campos

 

CAGED: saldo líquido de emprego de fevereiro de 2023 e de 2024 da economia de Campos


No mês de fevereiro de 2024 em relação a fevereiro de 2023, o mercado de trabalho formal da economia de Campos dos Goytacazes (RJ), ampliou o número de contratações, puxado pelo setor de serviços, em 158,37%, segundo o CAGED. O saldo líquido total em 2023 foi de 209 postos de trabalho e em fevereiro deste ano de 540 empregos. Uma boa notícia para a cidade.   


quarta-feira, 27 de março de 2024

Royalties de março de 2024

 

Valores dos royalties do mês de março de 2024 em valores nominais - (R$ - em Milhões)



Depositado hoje na conta das prefeituras produtoras de petróleo do estado do Rio de Janeiro, pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), os royalties do mês de março de 2024. Tanto dos municípios da bacia de Campos, como os pertencentes à bacia de Santos, como é o caso, de Marica, Niterói e Saquarema. O dinheiro não está faltando, como se pode ver no gráfico.


terça-feira, 26 de março de 2024

ASCOM UENF

 

NUPERJ divulga índices de dinâmica econômica dos municípios do Norte Fluminense

O Núcleo de Pesquisa Econômica do Rio de Janeiro (NUPERJ/UENF) divulgou os índices de dinâmica econômica local dos municípios da região Norte Fluminense, correspondente à movimentação de 2022. Segundo o coordenador do NUPERJ, professor Alcimar das Chagas Ribeiro, a dinâmica econômica regional melhorou em relação a 2021, em função do retorno da estabilidade na economia pós Covid 19. Os municípios de São Francisco de Itabapoana e Campos dos Goytacazes apresentaram um melhor desempenho comparativamente aos outros municípios da região.

São Francisco de Itabapoana saiu da oitava para a primeira posição com evolução incremental de 77,3% do índice médio, em decorrência do forte crescimento do investimento público; da evolução proporcional do emprego no comércio frente ao emprego total; do aumento proporcional das operações bancárias frente ao ativo/passivo total e da retração do grupo de vulnerabilidade social. O índice alcançado de 1,1435 se enquadra no padrão de alta dinâmica econômica.

Campos dos Goytacazes saiu da sexta para a terceira posição com evolução incremental de 19,8% do índice médio, em decorrência da evolução do investimento público, da movimentação bancária e da redução do nível de vulnerabilidade social. Com isso, o índice médio atingiu 0,8749, levando o município a ocupar um padrão de alta dinâmica econômica.

São Fidélis completa o grupo de municípios com o padrão de alta dinâmica econômica. O município atingiu uma evolução incremental de 4,77% em 2022, com base em 2021, mas perdeu a primeira posição, ocupando agora a segunda posição com o índice médio de 0,8924. A importância relativa do emprego no comércio, a movimentação bancária e o crescimento do investimento público, foram responsáveis pelo padrão de dinâmica econômica local. Já o índice de Cardoso Moreiras desacelerou de 0,8169 em 2021 para 0,800 em 2022, caindo para o padrão de dinâmica econômica moderada no mesmo ano.

Carapebus e Quissamã também apresentaram desaceleração em seus índices em 2022, porém mantiveram o padrão de dinâmica econômica moderada. Completa o grupo os municípios de Macaé e São João da Barra. O primeiro atingiu o índice 0,6928 e o segundo o índice de 0,6460 de dinâmica econômica moderada.

Com exceção de Quissamã e Cardoso Moreira, os outros sete municípios apresentam evolução no nível de investimento público, enquanto todos apresentaram queda acentuada na condição de vulnerabilidade social.

O índice de movimentação bancária foi importante na melhoria do índice médio, já que em 2022 o valor do Ativo/passivo bancário suprimiu as contas de compensação contabilizadas em 2021. Com isso, a participação relativa de crédito e depósitos avançou em todos os municípios da mesorregião.

Os dados mais abertos podem ser encontrados no site do Nuperj/UENF

Novo índice busca corrigir distorções

O Índice de Dinâmica Local (INDEL) foi criado pelo NUPERJ para corrigir distorções geradas pelos demais indicadores, que na maioria das vezes não refletem a real situação econômica dos municípios. Ele espera que o índice possa ajudar os municípios na formulação de políticas públicas.

— O INDEL mostra muita coisa que não se consegue com os índices tradicionais, voltados para o desenvolvimento. Eu fugi dessa tradição e classifiquei como dinâmica econômica. Porque desenvolvimento é uma coisa muito complexa — explica Alcimar.

Ele cita como exemplo os municípios de São João da Barra e Macaé, que têm alto número de empregos em virtude do Porto do Açu e da Petrobras, respectivamente. No entanto, grande parte dos empregados não vivem nos municípios. Desta forma, os salários não têm um peso na dinâmica econômica local.

Alcimar das Chagas Ribeiro

— Então esses índices são questionáveis, por isso que eu fugi disso e vim pra dinâmica econômica. O que eu quero saber é o seguinte: das entradas de recursos, o que é na verdade fixado. É como se fosse uma produtividade. Então selecionei varáveis que indicam exatamente isso — comenta Alcimar.

O INDEL utiliza cinco variáveis: investimento público municipal (o percentual que o governo municipal gasta em cima das receitas do mês), o valor arrecadado através do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), o histórico de emprego e renda no comércio, a movimentação bancária e a vulnerabilidade (diferença entre o grupo de pessoas assistidas pelo governo em relação ao grupo de pessoas aptas ao trabalho).