domingo, 24 de abril de 2016

Por : Alcimar das Chagas Ribeiro - Economista





sexta-feira, 22 de abril de 2016

Microrregiões geradoras de emprego no estado do Rio de Janeiro


O estado do Rio de Janeiro eliminou 61.577 vagas no trimestre deste ano. Destas, 43.149 vagas foram eliminados na microrregião Rio de Janeiro. Outros resultados negativos foram contabilizados na microrregião Vale do Paraíba Fluminense (eliminação de 5.140 vagas); microrregião Macaé (eliminação de 3.660 vagas) e microrregião Campos dos Goytacazes (eliminação de 2.658 vagas).
Curiosamente, as únicas microrregiões do estado que geraram saldos positivos de emprego foram as microrregiões Macacu-Caceribu com 608 vagas, Santo Antônio de Pádua com 330 vagas e Santa Maria Madalena com 33 vagas. 
A microrregião com maior saldo de emprego, Macacu-Caceribu, é composta pelos municípios de Cachoeiras de Macacu, com saldo positivo na indústria de transformação e Rio Bonito, com saldos positivos na construção civil e no comércio. 
Conforme podemos observar, os grandes investimentos baseados em recursos naturais - petróleo e portos - não foram capazes reverter a situação negativa nas microrregiões beneficiárias dos investimentos.

Emprego formal em março na região Norte Fluminense

O quadro do emprego formal na região Norte Fluminense, apesar de negativo, foi menos pior em março, com relação a fevereiro. Foram eliminadas 1.796 vagas de emprego em março, concentradas em Macaé com 1.329 vagas eliminadas e Campos dos Goytacazes com 540 vagas eliminadas no mês.
No acumulado do trimestre, foram eliminadas 6.318 na região. Macaé eliminou 3.585 vagas, sendo 2.041 vagas no setor de serviços, 745 vagas no setor de construção civil, 654 vagas no comércio e 144 vagas na indústria de transformação.
Campos dos Goytacazes eliminou 2.564 vagas no trimestre, sendo 865 vagas na indústria de transformação, 635 vagas no comércio, 577 vagas no setor de serviços, 368 vagas na construção civil e 89 vagas no setor agropecuário.
O estado do Rio de Janeiro eliminou 61.577 vagas e o país eliminou 323.052 vagas de emprego formal no trimestre.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

sexta-feira, 22 de abril de 2016

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS 1° TRIMESTRE - VALORES CORRENTES - CAMPOS - RJ



PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS 1° TRIMESTRE - VALORES CORRENTES - CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ

1° Trimestre - Part. Especiais
2014
2015
2016
Depositado 9/05/14
Depositado em 11/05/15
161.424.407,93
54.631.759,12
0




Fonte: Agência Nacional do Petróleo (ANP)



Valores referentes as participações especias que entraram no tesouro municipal no ano de 2014 e do ano de 2015, restrito ao primeiro trimestre de cada exercício fiscal. Ocorre uma variação negativa no primeiro trimestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014 de 66,16%. Em valores absolutos a redução das rendas chegam a R$ 106,792 milhões.

ROYALTIES 1 ° TRIMESTRE DE 2014 a 2016 - VALORES CORRENTES - CAMPOS DOS GOYTACAZES -RJ



ROYALTIES 1 ° TRIMESTRE DE 2014 a 2016 - VALORES CORRENTES - CAMPOS DOS GOYTACAZES   

Royalties
1° Trimestre
Ano
Janeiro
Fevereiro
Março
Total
2014
53.835.276,92
57.953.592,23
56.282.538,06
168.071.407,21
2015
40.621.895,13
35.896.738,66
25.798.323,57
102.316.957,36
2016
27.589.650,61
      25.722.564,74
     19.328.252,33
72.640.467,68
Total
122.046.822,66
119.572.895,63
101.409.113,96
343.028.832,25




Fonte: Agência Nacional do Petróleo (ANP)





O gráfico e a tabela acima retratam a arrecadação dos royalties no primeiro trimestre de cada ano. No período de três anos o município de Campos, arrecadou R$ 343,028 milhões, conforme assinala a tabela. Ao calcular a queda da receita dos três meses de 2016 em relação aos três meses de 2015, verifica-se uma variação negativa de 29% ou R$ 29,676 milhões a menos, uma perda significativa para o município.  


quinta-feira, 21 de abril de 2016

ESTADO DO RIO DE JANEIRO A SEGUNDA RIQUEZA DO BRASIL EM 2013



PRODUTO INTERNO BRUTO DAS CINCO MAIORES ECONOMIA DO PAÍS EM 2013







































Fonte: Fundação CEPERJ

Os gráficos acima retratam  o PIB das cinco maiores economias do país em 2013. O ERJ, continua sendo ainda o estado mais rico da federação neste ano, com a sua riqueza alavancada pela economia do petróleo. Tudo indica,  apurando-se o PIB futuro do ERJ, especificamente, após a consolidação da crise do petróleo instalada ao final do ano de 2014  e a sua alta dependência desta cobiçada commodities, cujo preço, se forma no mercado mundial, o ERJ, perderá a sua posição de segunda riqueza do país. Vamos aguardar.      

PRODUTO INTERNO BRUTO - BRASIL X ESTADO DO RIO DE JANEIRO - 2010/2014




PRODUTO INTERNO BRUTO - BRASIL X ESTADO DO RIO DE JANEIRO











































Fonte: Fundação CEPERJ


Os gráficos acima retratam a evolução do PIB do Estado do Rio de Janeiro de 2010 a 2014. Demonstra, também, que o segundo do PIB da Federação representa aproximadamente, 12% do PIB da economia brasileira.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

PRODUTO INTERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, HABITANTES E PIB PER CAPITA -2010 a 2014







PRODUTO INTERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, HABITANTES E PIB PER CAPITA -2010 a 2014






















































PRODUTO INTERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, HABITANTES E PIB PER CAPITA


Colunas1 2010 2011 2012 2013 2014
R. de Janeiro (Milh.)  R$       449,86  R$   512,39  R$  573,85  R$   626,32  R$   631,78
Habitantes (Milh.) 15,993 16,112 16,231 16,369 16,461
PIB per capita (Mil) R$ 28,13 R$ 31,80 R$ 35,35 R$ 38,26 R$ 38,38

FONTE: Fundação CEPERJ



Evolução do PIB do Estado do Rio de Janeiro que representou 11,44% do PIB nacional no ano de 2014. Constitui o segundo PIB da federação ou o segundo Estado mais Rico do Brasil e inexplicavelmente, a sua Administração Pública, encontra-se "quebrada" financeiramente. Como explicar este absurdo!?     

segunda-feira, 18 de abril de 2016

EVOLUÇÃO DO EMPREGO POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA - Rio Das Ostras - Fevereiro 2015/2016


2015/2016

EVOLUÇÃO DO EMPREGO POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA
ESTADO: RIO DE JANEIRO   MUNICÍPIO: RIO DAS OSTRAS










Fonte: MTE/CAGED







A economia de Rio das Ostras no mês de Fevereiro de 2016, com base no saldo líquido do emprego, demonstra uma ligeira recuperação em relação ao mesmo período do ano passado.

 O setor da construção civil, estratégico no que tange ao aquecimento do sistema econômico, apresenta melhora em relação ao mês de fevereiro de 2015. O seu saldo líquido em 2016,  foi de menos 20 empregos, enquanto no ano passado foi de 130 empregos destruídos.

  O comércio ao contrário sofre uma pequena piora, enquanto o setor de serviços se recupera, conforme pode-se verificar através dos gráficos acima. Para finalizar, o saldo total do emprego líquido do mês de fevereiro de 2015 foi de menos 341 empregos e em 2016 foi apenas de 166 empregos formais destruídos.




domingo, 17 de abril de 2016

POR: Dr. Geraldo Machado - Defensor Público do Estado do Rio de Janeiro

POR: Dr. Geraldo Machado - Defensor Público do Estado do Rio de Janeiro   



TENHO DITO. GOSTEM OU NÃO. O QUE PENSO. O QUE SINTO DESDE SEMPRE...
A CULPA DO LULA
Geraldo Machado
Os últimos tempos, desde o período eleitoral de 2014, mais se acentuando logo após, para vir num crescendo constante - marcam uma radicalização de posições políticas, para quem testemunhou diversas crises, insuspeitada.

Em verdade, eu e muita gente que esteve atenta aos confrontos, às marchas e contra marchas da sociedade brasileira, intuíamos o que pudesse haver, mas torcíamos para que as coisas não se pusessem da forma como aí estão.

O Congresso, hoje, com ênfase em ridículas siglas, desde um nominado partido DEMOCRATA, com sua militância toda ela recrutada da antiga ARENA, passando por SOCIAIS CRISTÃOS (o que vem a ser isso?), PT do B (seria uma analogia ao cisma dos antigos dois partidos comunistas?) e outros – retrata não mais que a mais aguda LUTA DE CLASSES entre brasileiros.
Não é segredo de que o nível de vida dos estratos mais desassistidos, até então, da população, tiveram ascensão: mais escolas, mais moradia, mais comida...

E se descobriu o PRE SAL !!!

Esse movimento na sociedade brasileira, promovido pelo ESTADO, de outro passo, não criou nos destinatários das medidas respectivas, qualquer incremento de um movimento ou processo de conscientização.

A contrário, assistimos à escalada da mídia comercial, a cada dia mais poderosa, no seu solapar o que restava de consciência em cada um : um verdadeiro, um indesmentível processo de imbecilização, seja na promoção de uma cultura alienante, seja no estímulo ao endeusamento do consumo : obviamente há dividendos, visíveis e os não visíveis, a curto e médio prazo recolhidos pela parte dominante.

Quando o Sr. LUIZ INÁCIO se elegeu Presidente, já vinha de outros caminhos. Havia sido derrotado, nunca se esquecendo os que presenciaram, das ameaças do Sr. Mário Amatto, Presidente da FIESP, que ecoou na TV e na imprensa – dando conta da migração dos grandes empresários, acaso o líder sindical fosse ungido pela urna.

Não sei se foi por isso, mas o LULA perdeu aquela eleição.

Na penúltima que disputou, justamente aquela que o guindou, todo mundo sabia o que todo mundo já estava pronto para saber – que o cara seria eleito, mesmo com o apelo, que a GLOBO difundiu, da senhora Regina Duarte, na ridícula encenação do MEDO...

Pois bem. LULA, com a eleição garantida, é “aconselhado” por seus marqueteiros e por “gente bem intencionada e não radical” – a firmar um pacto, veramente - um pacto com o demônio.

Assim, como menino bem comportado, fez-se comprometido com não mexer em privilégios, sobretudo da “banca” e seus mandados.

A “Carta aos Brasileiros” é nada mais que isso.

O governo eleito e os que se lhe seguissem, poderiam fazer casas populares, incentivar o consumo dos menos favorecidos, alinhar-se a países emergentes, até se afastar das garras da tal da ALCA, que FHC se comprometera a sucumbir...mas...NÃO SE CUIDASSE DE ALTERAR ALGUMAS REGRAS BÁSICAS.

A começar pela canonização do tal do SUPERAVIT PRIMÁRIO, como premissa maior de uma administração no mundo da Economia, que persistiria com significado de monetarização...
Que se não afastasse o governo das obrigações para com credores, naquilo que eufemisticamente, se chamava a conquista de “credibilidade internacional”.

Tudo isso, ou apenas isso – são o motivo bastante para detonar todo um processo, que se expressa, na moldura administrativa interna, numa despropositada Lei de Responsabilidade Fiscal...
Que é o retrato mais acabado, mais fiel, da proposta de fazer do Estado um ente mínimo, apenas servível aos caprichos e interesses do PODER.

Estado mínimo, administrado em estrita consonância com a bula dos organismos financeiros internacionais...

DONA DILMA, no primeiro mandato, bem que procurou se afastar desse catecismo demoníaco.
Pensou que isso pudesse se fazer – lenta, segura e gradualmente...
No que estava equivocada.

A cada dia mais se acentuava a insatisfação pela escalada de negros, pobres, sexualmente diferentes dos estereótipos, essa coisa toda.

Pedaladas fiscais, ridícula nomenclatura, que cabe por inteiro na ridicularia desse senhor ridículo, chamado MIGUEL REALE, agora se presta a uma cassação, é apenas pretexto, já que não tem a mais mínima envergadura para ser tido como MOTIVO...
A culpa, concluo eu –é do LULA.

O que o aproveitou sucumbir e firmar “aquele” compromisso ?
Divide com ele a culpa a senhora DILMA.

Que teria todas as condições de ir Á SOCIEDADE, COMO UM TODO, e se abrir, e se valer dos poderes discricionários que o PODER CIVIL tem legitimamente e consagrado em textos maiores (CF e leis complementares), agitando o tema : dizer com todas as letras, que o POLÍTICO estava condicionado, ou mesmo refém – do ECONÔMICO.

E convocar à luta os destinatários das medidas sociais, a modo de ali buscar a consagração, a verdadeira base de apoio, para os avanços que mais se faziam necessários.

Agora é esperar, é torcer para que no embate das idéias, não se voltem as gentes ao embate físico, que já se sabe a quem aproveita...E...esperar...

Afinal, dois, três, dez anos, em HISTÓRIA – não são muito tempo...
E a pirâmide, como destacou PIKETTY, mais se agudiza no seu vértice superior e tende a ruir, não demora muito...

segunda-feira, 11 de abril de 2016

CRÉDITO "PODRE"


COVARDIA CONTRA OS APOSENTADOS E PENSIONISTAS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS












As acrobacias financeira por parte do governo da prefeita Rosinha Garotinho, não ficarão apenas restrita ao imenso endividamento da Prefeitura de Campos, até o ano de 2020 para as futuras gerações.

Está sendo engendrado dentro do Centro Administrativo da Prefeitura, suposto projeto de lei, que será encaminhado em breve à Câmara Municipal de Campos, com o objetivo de permitir a prefeitura de Campos, amortizar a sua dívida constituída nos tempos áureos da arrecadação de Royalties e das Participações especiais, com o FUNDO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DA PREFEITURA (PREVICAMPOS), através de CRÉDITO “PODRE” DO FUNDO DE DESENVOVIMENTO DE CAMPOS (FUNDECAM).

A suposta operação usará como moeda de pagamento à PREVICAMPOS, as dívidas da FÁBRICA DE MACARRÃO DUVÊNETO INDÚSTRIA DE ALIMENTOS LTDA, no valor de R$ 25.349.979,64 do ano de 2006 e a da FÁBRICA DE FRALDAS JEOVÁ INDUSTRIAL LTDA no valor de R$ R$ 18.400.390,51, ambas localizadas, na baixada campista, que no passado, não honraram os seus pagamentos com o FUNDECAM.   

Será que o mago das finanças públicas do governo Rosinha cometerá mais esta maldade, contra os aposentados e pensionistas da prefeitura? Eu particularmente não acredito. Vamos aguardar. 


sábado, 9 de abril de 2016

SERVIDOR DO ESTADO DO RIO INSATISFEITO



SERVIDOR DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO, MARCOS HAUAJI, MANIFESTA A SUA INSATISFAÇÃO EM RELAÇÃO A MEDIDA DISCRIMINATÓRIA DO GOVERNADOR DORNELLES, EM EFETUAR O PAGAMENTO DO SALÁRIO INTEGRAL DE ALGUNS SERVIDORES, EM DETRIMENTO DE OUTRAS CATEGORIAS.






Se não levar em consideração a gordura nos contratos firmados pelo Estado do Rio com fornecedores para financiamento de campanhas, prática nefasta, mas corriqueira no Brasil, se não levar em consideração que o Estado do Rio abriu mão de bilhões de reais em arrecadação (dados do TCE/RJ), valor que pagariam cinco anos de folha de pagamento, benefícios estes para apadrinhados e financiadores de campanha com a finalidade da permanência no poder, entendo a crise que estamos passando. Queda brusca na arrecadação que está levando o Estado do Rio a ter dificuldade no pagamento dos servidores. O que acho perigoso é a discriminação de servidores. Primeiro privilegiando os pagamentos dos servidores dos poderes legislativo e judiciário, depois dentro do próprio poder executivo, priorizando os servidores da educação e segurança pública. Aceito até que possa receber em data posterior as categorias citadas, o que não posso aceitar é que o Estado do Rio venha a público e informe: vou pagar a fulano, beltrano e ciclano, se sobrar recurso pago o resto, pois foi esta a informação dada com outras palavras. Posso ficar com salários atrasados desde que os demais servidores do Estado também estejam na mesma situação, o que não é correto é ficar nesta situação sozinho. Meu trabalho é tão importante quanto qualquer outro, possuo família e tenho compromissos como qualquer outro servidor e cidadão brasileiro, isso que o Estado do Rio está fazendo é discriminação de minoria. Se continuar neste ritmo qual vai ser a próxima novidade pro grupo do “resto”, pago primeiro aos brancos católicos depois aos...

Marcos Hauaji

terça-feira, 5 de abril de 2016

BLOG ECONOMIA DO NORTE FLUMINENSE


segunda-feira, 4 de abril de 2016

VISITA AO PORTO DO AÇU

https://carlosaadesa.wordpress.com/2016/04/04/visita-ao-porto-do-acu/

Carlos Augusto Sá, jornalista.

Desde 2000, quando Wagner Victer, então secretário estadual de Minas, Energia, Indústria Naval e Petróleo, apresentou o projeto de um porto na antiga fazenda de Poço D´Antas em palestra na Câmara Municipal, que eu tinha vontade de conhecer o empreendimento. Queria compará-lo com as notícias dos antigos jornais sobre o porto flúvio-marítimo instalado na margem direita do delta do rio Paraíba do Sul, mais precisamente em frente à nossa cidade e responsável pelo seu progresso. Quando, por diversas razões, incluindo-se a chegada da ferrovia, o porto naufragou, por pouco o município não naufragou junto. Pelo porto antigo, segundo o engenheiro e geólogo Alberto Lamego, eram exportados café, madeira, açúcar, farinha, carne salgada e toda a produção do norte-fluminense, e importados sal, máquinas, equipamentos, implementos, sementes, tecidos e pessoal para a região.
Na época, junto com amigos, fiz uma incursão à região das praias do Rancho e do Vega, próximas à lagoa de Iquipari, onde o porto poderia ser montado. Aproveitei a ideia de ver qual o estado da lagoa do Salgado, esse abandonado e depredado monumento geopaleontológico, conhecido internacionalmente, que o S. JOÃO DA BARRA, jornal que eu então editava e que trouxe a lagoa de volta ao noticiário sanjoanense, para observar o local. A primeira visita à lagoa tinha sido feita em companhia do amigo Célio Aquino, decano dos intelectuais do município, para conhecer a região proposta para o porto. Era uma vastidão de restinga desolada, como ainda é, exceto pelo local onde o porto foi instalado.
Por falar nisso, como está a lagoa do Salgado, descoberta e assim denominada pelos Sete Capitães? Os novos donos da região a adotaram e preservaram? Livraram seu entorno dos invasores e da coleta de estromatólitos para fazer cal e adubo? É preciso cuidar muito bem dessa lagoa, não se pode perder esse, como já disse, histórico monumento da natureza. A lagoa cuja área original era de 16 km, está reduzida a 4 km e não pode diminuir mais.
Voltando à recente visita, saímos em ônibus contratado pela Prumo, atual dona do complexo portuário, e fui, a cada quilômetro percorrido, revivendo imagens e emoções, principalmente a partir do momento em que o veículo entrou em Cajueiro, percorrendo parte do caminho para o sítio Quiriba, que pertenceu a meu pai, lugar onde minha família e eu passamos dias inesquecíveis, tanto que motivou as poesias “Poema do cajueiro”, publicado em meu livro “Anotações de viagem e outros poemas” e selecionado para participar de uma antologia poética no Rio de Janeiro, e “Amanhecer em Quiriba”, que faz parte do meu livro “Duas lendas sanjoanenses”.
Cajueiro mudou muito, em nada lembra o Cajueiro do meu tempo, com seus novos residenciais, belos sítios e casas. Quem passa pela BR-356 não imagina o progresso que se esconde em suas margens. Fiquei, porém, espantado com a quantidade de terras desapropriadas e reservadas para um futuro Distrito industrial. Muita gente teve de deixar suas terras, sua rede de apoio social e se mudar para a Vila da Terra. Alguns se deram bem. Esse enorme terreno reservado para o Distrito industrial é parte do sonho megalomaníaco do empresário Eike Batista, que chegou a ser uma das maiores fortunas do país e hoje precisou lançar ao mar, no ano novo, uma lancha carregada com moedas de ouro, perfumes e outros presentes para Iemanjá, por sugestão de uma mãe de santo, para voltar ao topo, como a imprensa carioca contou.
Do sonho de um ousado empresário fascinado pelo brilho do ouro, do minério de ferro e da bauxita e dos holofotes nasceu esse sofisticado empreendimento, de moderna tecnologia,  que por algum tempo afetou a vida da cidade de São João da Barra, oferecendo empregos a quem não tinha qualificação, fazendo os preços dos imóveis subir a níveis inimagináveis para a região, seja para compra ou aluguel. Afetou ainda a vida da praia de Grussaí, cujas pousadas tinham um movimento que crescia com o incremento do turismo regional e que foram transformadas em alojamento de peões das empresas que se instalavam no porto. Também os casarões de praia dos veranistas foram transformados em repúblicas para peões. Os executivos das empresas preferiram morar na cidade de Campos, que oferecia melhor infraestrutura social, educação, saúde e lazer. São João da Barra correu atrás, mas chegou atrasada, antes oferecia apenas estradas precárias, atendimento médico insuficiente, nenhum bom hotel, poucos restaurantes e lojas criadas às pressas, que vivem vazias. Faltou gestão pública para que usufruíssemos mais do presente de Eike. A prefeitura deveria ter acompanhado de perto todos os passos para a implantação do porto e não só atendendo as ordens emanadas de seus criadores e interferindo sempre que necessário.
Terminado o trecho semiurbano do passeio surgiu a solidão de uma restinga desolada e devastada desde que os Sete capitães instalaram seu último curral para gado no Açu. É de 90 km² a área reservada para o porto, um espanto, pelo menos para mim que fiquei a imaginar quantos anos serão necessários para região ser ocupada por empresas. A área industrial de Macaé, preenchida por empresas que trabalham com e para a Petrobras, muito mais antiga que a do nosso porto, até hoje exibe grandes espaços vazios oferecidos para compra ou aluguel. A de Campos patina. Devo ter a mente muito tacanha para não perceber o alcance da ação do Codin.
Há uma esperança de reflorestamento da área, o que é louvável, e para isso montaram canteiros de mudas e estufas com sementes de árvores da região. Assim deverá ser recuperada a mata do Caroara, tão vandalizada em tempos não tão remotos, quando eram ali buscadas as famosas miniorquídeas. Alertávamos para isso no nosso jornal. Ah, segundo o Google, caroara (ou caruara) significa tremedeira por medo ou cansaço. Nossa restinga, agora transformada em RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Cultural, com 3.845 hectares de vegetação nativa, mereceu um belo livro, que ainda não li, tendo como autor o engenheiro florestal Daniel Ferreira do Nascimento e ilustrado com fotos de Geisa Márcia B. de Siqueira.
E lá fomos nós, por entre cercas de arame farpado e placas mandando a gente se afastar, parece território sagrado, teme-se por certo que voltem a ocupar aquelas areias magras, de onde muitos pequenos produtores rurais foram arrancados com violência. Só faltam guaritas com guardas armados estendendo proteção à ameaçada fauna local (tamanduás-mirims, corujas buraqueiras, gaviões, quero-queros, piaçocas, também conhecidas como jaçanãs em outras regiões do país, lagarto do rabo verde e outros animais menos votados). Mas as caçadas já haviam diminuído há tempos graças à disseminação de geladeiras e televisões.
Saltamos no Centro de visitantes, um belo prédio valorizado com trabalho de paisagismo, onde ouvimos rápida palestra de um gerente, campista com pais sanjoanenses, como frisou, vimos uma maquete com os prédios e instalações construídos ou por construir, os canteiros de mudas nativas, saboreamos um coquetel bem feito, tiramos fotografias para eternizar o momento, para a seguir voltar ao ônibus e continuar o passeio. Seguimos pela ponte por quilômetros e nunca estive tão mar adentro como sobre aquela passarela de concreto. Vimos um navio aguardando carga, os tubos por onde são despejadas os minérios e muito pouco dos 6.000 empregados que disseram ali trabalhar. A acústica dentro do ônibus era péssima e apesar da cicerone falar ao microfone, pouco ouvíamos de suas explicações. Voltei quase tão leigo quanto fui em relação ao porto, não fosse a ajuda de Marcela Toledo, que em um banco logo antes do nosso dava algumas informações, inclusive a de que existe no complexo três restaurantes funcionando e que tem aumentado o número de conterrâneos ali trabalhando. Em panfletos distribuídos na ocasião, fui informado que a Prumo, em parceria com a prefeitura e com o Instituto de Capacitação Técnica Profissional, tem realizado cursos de qualificação para operadores portuários, excelente iniciativa e que parte dos alunos já formados foi contratada pela empresa.
Enfim uma tarde proveitosa em que matei minha vontade de conhecer visualmente o porto do Açu e revi locais com gostosa descarga de emoções. Mas não deu para comparar com o porto naufragado da nossa cidade, tão importante que mereceu a visita de um chefe de estado, o imperador Pedro II e permitiu a colonização do nortefluminense. ]
SJB, abril.16

Receitas de royalties na região Norte Fluminense em março

As receitas de royalties de petróleo em março, na região Norte Fluminense, caíram 24,1% em relação a fevereiro. Dentre os principais municípios, Campos dos Goytacazes perdeu 24,9%, Macaé perdeu 24,2%, Quissamã perdeu 29,9% e São João da Barra perdeu 16,8% no mês.  
Na comparação com março de 2015, Campos dos Goytacazes perdeu 25,1%, Macaé perdeu 16,1%, Quissamã perdeu 19,8% e São João da Barra perdeu 12,4%.
A participação das receitas destinadas aos municípios da região, em relação ao total distribuído aos municípios do país, foi de 18,7% em março deste ano. Em março de 2014, a mesma participação era 22,9%. Em dois anos, a região perdeu 4,2% de participação no total de receitas distribuída para os municípios do país.

O DEBATE PARTIDARIZADO ESCONDE OS PROBLEMAS DO BRASIL

A partidarização no contexto das discussões sobre a crise política e econômica do país, esconde elementos importantes que precisam ser realçados. Uma primeira questão está no fato do governo ter ignorado a crise econômica internacional de 2008 nos Estados Unidos e seus reflexos na Europa nos anos seguintes. Os bons fundamentos da economia brasileira (elevado nível de reservas, inflação baixa, forte geração de emprego, equilíbrio das contas públicas, etc.), neste momento, deveriam servir de munição para a formulação de estratégias de fortalecimento da indústria, avanço tecnológico e rígido controle das contas públicas. O governo fez exatamente o contrário. Manteve a dinâmica do fluxo de gasto em custeio, não exerceu vigilância sobre as contas públicas, possibilitando avanço na corrupção e, ainda, escolheu setores industriais para conceder desonerações tributárias sem critérios razoáveis.  No período entre 2011 a 2014, o governo concedeu cerca de R$32 bilhões de desoneração em IPI (Imposto sobre produtos industrializados). Os setores automotivos e de linha branca foram os grandes beneficiados.

Apesar de grande sangria das contas públicas, por conta das desonerações, o país não melhorou a geração de empregos. Ao contrário, piorou. A tabela a seguir, mostra a trajetória de declínio na geração de emprego no período entre 2011 a 2015.

Ano
Saldo de emprego
2011
1.566.043
2012
868.241
2013
730.687
2014
152.714
2015
-1.625.551
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

Observem que em 2011, o país gerou 1,5 milhão de novas vagas de emprego, enquanto em 2015 o país eliminou 1,6 milhão vagas  de emprego.

Juntamente com o emprego, os outros fundamentos que eram positivos no momento da crise, se deterioraram fortemente. A inflação foi elevada a dois dígitos, o saldo da balança comercial desacelerou até ficar negativo e as contas públicas ficaram deficitárias.

O gráfico a seguir apresenta a evolução do resultado primário (receitas menos despesas, fora juros), no período de 2006 a 2015



Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional


Observe que a deterioração do resultado primário do governo central coincide com o período das desonerações. Tal fato mostra os equívocos das políticas do governo que, mesmo desestruturando as suas contas, não resolveu o problema da geração de emprego e ainda detonou os outros fundamentos. É importante observar que parte da Europa, assim como os Estados Unidos, conseguiram superar a fase mais complexa da crise, enquanto o Brasil mergulhou em uma crise profunda, sem perspectivas no médio prazo. Essa trajetória é importante para entender os reais problema da economia do país.