Grandes orçamentos impulsionados por petróleo e educação em declínio: uma triste realidade no Rio de Janeiro
A recente avaliação do ensino fundamental e médio pelo MEC, indica graves problemas na educação do país. O nosso foco é o Rio de Janeiro e, portanto, selecionamos três municípios produtores de petróleo beneficiários de royalties e participações especiais da produção da Bacia de Campos e quatro municípios com localização na pobre região Noroeste Fluminense. O resultado nos leva a mais um indicação de que vivemos a condição da “Maldição dos Recursos Naturais”.
Na primeira figura são apresentadas as notas do IDEB para os municípios ricos (Campos dos Goytacazes, Macaé e São João da Barra) do lado esquerda e, do outro lado, as notas dos municípios pobres da região Noroeste Fluminense.
Uma primeira avaliação mostra que, nos dois grupos, as notas do ensino fundamental dos anos finais são mais baixas do que as notas nos anos iniciais, o que não é um bom indicativo. Porém, podemos observar que os ricos municípios tem avaliação muito inferior aos pobres municípios em ambos os estágios. Como exemplo, Macaé conseguiu a maior nota de 5,9 entre os municípios no ensino fundamental primeiros anos, enquanto Miracema atingiu 7,2 no mesmo nível. Já nos anos finais, Macaé mantém a liderança com nota 5,2, porém abaixo de 6,0 conquistado por Miracema.
No ensino médio a situação não é diferente. A figura a seguir apresenta as notas dos mesmos municípios, com destaque para Itaocara que registrou a maior nota no estado. Somente Itaocara e Nova Friburgo conseguira a nota 5,0 no ensino médio em 2021.
Vejam que os municípios ricos patinam com notas inferiores as notas dos municípios pobres e inferiores as notas do ensino fundamental. Tal fato nos indica que a gestão municipal da educação nesses municípios não contribuem para maior competitividade desses jovens no mercado de trabalho. É preocupante!
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