A produção industrial no país e os riscos com os conflitos externos
Fonte: Elaboração própria com base no IBGE.
Podemos identificar que poucos estados apresentam taxas positivas de crescimento no período acumulado citado. Na região Sudeste, o estado do Rio de Janeiro cresceu 3,3%, com liderança da indústria de transformação que evoluiu 4,5% no período, enquanto a indústria extrativa, antes base do crescimento, cresceu somente 1,4%, considerando o mesmo período do ano passado.
No Nordeste, o estado da Bahia registrou um crescimento na indústria de 7,9% puxado pela indústria de transformação que cresceu 9,5%, enquanto a extrativa caiu forte 15,0% no período.
Na região Norte, no estado do Amazonas, a produção industrial cresceu 2,1% puxado pela indústria de transformação com crescimento de 2,3%, enquanto a indústria extrativa caiu 2,5% no período. Na região Sul, somente o estado do Rio Grande do Sul cresceu com a indústria de transformação evoluindo 0,9% no período.
O grande destaque da produção industrial no país ficou com a região Centro Oeste, que teve um forte crescimento de 23,2% verificado em Mato Grosso, que foi puxado pela indústria de transformação. No estado, esta indústria é pujante e tem no setor de alimentação uma referência essencial. Outros setores como construção, serviços industriais de utilidade pública, derivados de petróleo e químicos, complementam este importante segmento da economia estadual.
Já o estado de Goiás apresentou um crescimento de 1,2% na indústria geral, puxado pela indústria extrativa que cresceu 9,5%, enquanto a indústria de transformação cresceu 0,8% no período. Além da agropecuária, a indústria extrativa em Goiás é muito importante, a partir das suas reservas minerais. Nestas, são extraídos, especialmente, o amianto, níquel e fosfato.
Aspectos importantes nesta avaliação indicam a relevância da agroindústria no Centro Oeste, puxando a indústria geral na região, assim como, a robusta indústria extrativa no estado de Goiás. Já nem tão consistentes, indicativos de preocupação vem do setor extrativa na Bahia, no estado do Amazonas, bem como, a desaceleração deste segmento no Rio de Janeiro. O ambiente internacional norteado por conflitos políticos e guerra, projeta um quadro recessivo que terá impactos negativos para os países dependentes da exportação commodities. Teremos um futuro próximo de nebulosidade!
Alcimar Chagas Ribeiro e José Alves de Azevedo Neto – NUPERJ
(Núcleo de Pesquisa Econômica do Estado do Rio de Janeiro)
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