Considerando
que a economia de Campos no acumulado até outubro de 2020, segundo os dados do
CAGED, encontra-se, com o saldo positivo de 249 vagas de emprego, com a
carteira assinada, puxada, sobretudo, pelos seguimentos econômicos de serviços
e da agropecuária, bafejados pela safra do setor sucroalcooleiro, que ocorreu
no período salientado acima. O que de certa forma constitui-se numa boa
notícia, para o município nessa conjuntura de recessão econômica nacional, agora
no final do ano. Todavia, ainda não sabemos, se esses empregos a mais continuarão
sendo gerados nos próximos meses.
No
que diz respeito ao ano que vem, renova-se a esperança da população campista,
com o governo saído das urnas no segundo turno da eleição municipal do dia 29
de novembro. Quando sagrou-se vitoriosa a chapa do candidato Wladimir Garotinho
e o seu vice-prefeito Frederico Paes, numa disputa acirrada, onde mais uma vez
a nossa planície saiu dividida do processo eleitoral.
E,
os eleitos doravante, assumirão uma prefeitura, profundamente endividada, com
queda de receita corrente, e talvez, terão que pagar ao longo do exercício
fiscal de 2021 em torno de catorze a quinze folhas de pessoal, dentro de uma
conjuntura de doze meses de arrecadação, admitindo, nesta análise, a hipótese
do prefeito Rafael Diniz deixar duas folhas sem pagar. Além do mais, soma-se a
esse cenário, o quadro de aproximadamente vinte mil servidores entre ativos e
inativos, desestimulados e insatisfeitos, por conta de estarem quase cinco anos
sem aumento salarial.
Acrescenta-se,
ainda ao contexto, a possibilidade dos novos mandatários serem obrigados a
tomarem várias medidas de enfrentamento ao coronavírus, logo no início da
gestão, devido ao agravamento, da pandemia na nossa cidade, responsável pela
superlotação das estruturas dos hospitais públicos e privados. Combinado a outras
medidas saneadoras dos gastos públicos, no sentido de se abrir espaço no orçamento
municipal para se tentar recuperar a capacidade de investimento da máquina
pública em obras, gerando, assim, emprego e renda, no ramo da construção civil.
No
que tange a economia local, a despeito dela está com a curva da empregabilidade
positiva, como foi salientado anteriormente, observa-se, nos seus principais
eixos econômicos, como a área central e a Pelinca, muitas lojas fechando e pontos
comerciais estratégicos sendo alugados. Inclusive, importa ressalta no ensejo,
no que diz respeito à Pelinca, no prédio vizinho ao Banco do Brasil, a loja da
Itapuã Calçado, poderoso grupo econômico do Brasil, nascido no estado do Espírito
Santo, encerrou as suas atividades.
Diante
disso, encerro dizendo que teremos um ano vindouro de muitos desafios e
sacrifícios, devido à crise econômica, social, sanitária e a fiscal da maior
empresa do município, a prefeitura. O
que exigirá do prefeito e da sua equipe muita resiliência e vigor no
enfrentamento dos problemas que atualmente afligem a sociedade campista. Temos que
ter esperança!
Obs: o texto será publicado amanhã no site Ururau.
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