O gráfico apresenta uma
parte do Projeto de Lei Orçamentária (LOA) de 2026 da Prefeitura Municipal de
Campos dos Goytacazes (RJ), que se encontra na Câmara Municipal para ser
submetido à Audiência Pública e, posteriormente, votado em plenário pelos
vereadores. O processo e o artigo primeiro, com seus respectivos incisos,
tratam do valor dessa importante lei fiscal, cuja receita — que mostraremos em
outra publicação — é proveniente dos impostos pagos por todos nós:
PROCESSO Nº 2060/2025/SEC/CMCG
PROJETO
DE LEI COMPLEMENTAR Nº 0289/2025
Art. 1º
Fica estimada a receita e fixada a despesa do Município de Campos dos
Goytacazes no montante de R$ 2.860.500.000,25
(dois bilhões, oitocentos e sessenta milhões, quinhentos mil reais e vinte e
cinco centavos), nos termos do artigo 165, §5º da Constituição Federal de 1988,
para o exercício financeiro de 2026, compreendendo:
I – o Orçamento Fiscal referente aos Poderes do Município, seus Fundos, Órgãos
e Entidades da Administração Pública Direta e Indireta, incluindo as Fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal;
II – o Orçamento da Seguridade Social, abrangendo todos os órgãos e entidades a
ela vinculados, bem como os Fundos e Fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público; e
III – o Orçamento de Investimento das empresas em que o Município de Campos dos
Goytacazes detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com
direito a voto.
Apenas
para esclarecimento, em 2026 o governo Wladimir Garotinho destinará R$
1,390 bilhão à folha de pagamento dos servidores, R$
870,825 milhões à Saúde, R$ 714,153 milhões à
Educação, R$
108,736 milhões à amortização da dívida, R$
39,787 milhões aos juros, R$ 101,057
milhões em investimentos e R$ 46,922
milhões para contratações por tempo determinado (em tese,
RPAs). Na Agricultura, o valor previsto é de R$ 6,262 milhões,
enquanto a Secretaria de Comunicação Social contará com R$
6,016 milhões para ações de mídia. Soma-se a isso o orçamento
da Câmara Municipal, de R$ 43,219 milhões.
Vale
destacar que os orçamentos da Saúde e da Educação,
juntos, representam 55,41% do total da
LOA, duas áreas fundamentais da política pública municipal.
Outro
ponto importante: o prefeito e o presidente da Câmara poderão suplementar seus
respectivos orçamentos em até 30% do valor total,
conforme o artigo 24 da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Assim, o chefe
do Executivo terá R$ 858,158 milhões de margem e o
presidente do Legislativo, R$ 12,965 milhões.
São valores expressivos, e, de fato, muito dinheiro.
Por outro lado, não há boas notícias para os servidores públicos: sem reajuste salarial há alguns anos, tudo indica que permanecerão assim em 2026. Esse parece ser o desejo tanto do prefeito Wladimir Garotinho quanto dos vereadores, caso aprovem a LOA como está.
Se o prefeito alegar falta de recursos para conceder aumento, vale lembrar que
há R$
46 milhões destinados aos RPAs, verba que poderia ser
redirecionada. Dinheiro existe; a questão é de vontade política.
Por
fim, o governo municipal deverá gastar em 2026 R$ 148,524
milhões com o pagamento da dívida (juros e amortizações) e R$
101,057 milhões em investimentos. É duro admitir, mas essa é a
realidade do orçamento de Campos dos Goytacazes.
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