Se o governo Bolsonaro, continuar na
rota rigorosa, da cartilha liberal do gênio de Chicago, Paulo Guedes, de cortes
orçamentários significativos, em diversas áreas estratégicas ao desenvolvimento
econômico do país, tudo indica que, a economia brasileira voltará à recessão,
brevemente, e o pior, com o aumento, ainda maior, da chaga do desemprego e da
miséria.
Nenhuma economia do mundo conseguirá
reativar o seu crescimento econômico, numa conjuntura de crise profunda, como a
do Brasil, sem que o governo, retome a curva de investimentos públicos,
principalmente, em obras que estão paradas.
Apenas, para ilustrar, vamos recordar do
caso particular dos Estados Unidos no ano de 2008, no governo Obama, quando a
crise financeira desencadeada pela quebra do banco Lehman Brothers, se abateu sobre
o país. Logo o governo americano, resolveu socorrer o banco, independentemente de
qualquer força utópica, de auto-regulação do mercado.
Dentro dessa mesma linha de raciocínio,
pode-se ressaltar outro caso concreto, nessa mesma época, aquele que diz
respeito, a derrocada da General Motors, onde o estado americano, também,
envidou esforços no sentido de adquirir as suas ações, no intuito de evitar,
com isso, que esse poderoso, grupo econômico, entrasse em processo falimentar e
levasse, juntamente com ele, outros setores da cadeia produtiva, de capital
relevância, na geração de emprego e renda.
E agora, mais recentemente, no governo Trump,
mais uma vez, o estado americano, entrou no jogo econômico, aliás, importa
salientar, ele nunca saiu. Promoveu a tão conhecida política fiscal
expansionista, ao conceder renúncias fiscais e isenções, a classe produtiva. Como
consequência direta desta ação estatal as expensas do bolso do contribuinte estão
os reflexos positivos, sobre a expansão da demanda agregada e a taxa de
desemprego abaixo de 5% ao ano.
Além do mais, devem-se levar em conta,
ainda, os aportes financeiros de investimentos públicos em áreas estratégicas
ao desenvolvimento econômico e social, realizados pelo historicamente desequilibrado,
orçamento da República Federativa dos Estados Unidos, possuidora do clássico
déficit gêmeo que, segundo os livros de economia, ocorre no momento em que há
déficit simultâneo, tanto das contas públicas como do balanço de pagamentos.
Finalmente, achar que o Brasil
reencontrará o caminho do crescimento econômico, prioritariamente, pautado
somente na boa vontade por parte dos investidores da iniciativa privada. Realmente, constitui-se, num rotundo equívoco.
O país não pode incorrer mais na falácia do liberalismo. Tanto o estado como mercado,
possuem as suas respectivas virtudes, no tocante ao aspecto econômico e social.
O grande desafio chama-se, encontrar o
ponto de equilíbrio, entre essas duas forças que, se completam.
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