quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Será que a população que participou do Orçamento Participativo da Prefeitura de Campos, optou pelos cortes nas áreas de Segurança Pública, Assistência Social, Trabalho e da Agricultura?






Paradoxo do Orçamento Participativo do ano de 2019 da Prefeitura Municipal de Campos





A iniciativa por parte do Governo Rafael Diniz, ao inaugurar a implementação do orçamento participativo no município, merece, realmente,  aplausos. Pois trata-se de relevante instrumento, no sentido de permitir a democratização da prioridade e escolha da aplicação dos gastos públicos, em simetria, com a demanda social de cada localidade.

Todavia, um fato chama a atenção, o relativo aos gastos de algumas áreas de alto alcance social e econômico, cujos valores do orçamento foram reduzidos para o exercício fiscal de 2019, obviamente, se os ilustres vereadores da cidade aprovarem o Projeto de Lei Orçamentária (LOA).

Como, no caso por exemplo, da área da Segurança Pública, o orçamento do ano de 2018 aprovado pela Câmara foi de R$ 681 mil e em relação ao ano de 2019 será de R$ 467 mil, ocorrerá, assim, a redução de 31,42%. Outra área de extrema importância para o município, a Assistência Social, também amarga cortes nos valores orçados para o ano de 2019. Em 2018, foram aportados R$ 65 milhões, já para o ano de 2019, o valor atingirá o patamar de R$ 60 milhões. A redução chegará a 7, 69%, numa área de amplo apelo social, sobretudo, neste momento em que o município se encontra submerso, em uma profunda crise social. Basta observar o aumento de pessoas pedindo esmolas pela cidade e vendendo produtos pelos semáforos. Além da escalada da economia informal.

Esta conjuntura degradante, no que se refere a economia informal, poderia ser mitigada através da qualificação da mão de obra pela Superintendência de Trabalho e Renda, mas, infelizmente, este órgão tornou-se alvo de corte orçamentário no que diz respeito ao ano de 2019, como pode se verificar agora. No ano de 2018 o orçamento aprovado foi de R$ 770 mil e em 2019, tudo indica será de R$ 405 mil. Este segmento perderá 47,40%, quase, 50%. Lamentável.

Como se não bastasse tantos cortes em áreas estratégicas, que poderiam fortalecer o sistema econômico e social do município. A Agricultura, também fica sem o valor de R$ 1,581 milhões para o ano de 2019 em relação ao ano de 2018. Para ano de 2018 o orçamento, chegou ao quantitativo de R$ 16,339 milhões e em 2019 será de R$ 14,758 milhões. A redução caso os vereadores aprovem a atual peça orçamentária será de 9,68%.

Diante desta conjuntura, paradoxal, uma pergunta não quer calar: será que a população ao comparecer nas diversas Audiências públicas do Orçamento Participativo do Governo Rafael Diniz, optou pela diminuição relativa dos orçamentos das áreas citadas acima?     


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