Em face do bloqueio de R$ 22 milhões realizado pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, nas contas da Prefeitura Municipal
de Campos, para pagamentos dos precatórios devidos e não pagos pelas gestões
anteriores à atual.
Importa deixar claro, esta conduta do não pagamento de
obrigações devidas e postergadas, possui o poder de prejudicar a população
campista, no que tange, especialmente aos essenciais serviços públicos
prestados pela prefeitura aos munícipes, atualmente, já tão comprometidos, como
no caso da educação, da saúde e outros.
Numa conjuntura, segundo os dados do gráfico e da
tabela acima, relativos ao primeiro quadrimestre do ano de 2018 comparado ao
mesmo período de 2017, conforme o Balanço de Execução Orçamentária, publicado
pela prefeitura, quando oportunamente demonstram a despeito de pequena, ainda, a
recuperação da capacidade de investimentos da prefeitura, em relação ao mesmo
período do ano passado.
Como por exemplo, se verifica no exercício fiscal de
2017 o investimento previsto era de R$ 92,855 milhões, foram empenhados no
primeiro quadrimestre R$ 614,838 mil, liquidados R$ 345,892 mil e efetivamente pagos
R$ 345, 892 mil.
Assim como no mesmo período de execução financeira,
porém, agora relativos ao ano de 2018, como prova maior da recuperação da
capacidade de investimentos do município. Os investimentos previstos aprovado na
Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018, pelo plenário da Câmara dos Vereadores,
será de R$ 130.700 milhões, o empenhado no período de janeiro a abril de 2018,
foi de R$ 12,701 milhões e o realizado neste recorte de tempo, atingiu ao valor
de R$ 3,352 milhões. Neste quadrimestre o aporte de capital financeiro nos
investimentos cresceram 869,10% se comparado ao mesmo período de 2017.
Infelizmente aparece agora o Tribunal de Justiça,
apresentando a dolorosa fatura de R$ 22 milhões que certamente, obrigará a gestão
municipal, a repensar todo o seu plano de investimentos para este ano. O que configura
significativo retrocesso.
Diante deste fato pecuniário lesivo e prejudicial aos
interesses da população campista, sobretudo, o da população miserável que paga
e continuará a pagar a conta da retumbante irresponsabilidade da gestão
temerária dos sacrossantos recursos públicos. Vergonhoso!
Obs.: Para melhores esclarecimentos dos estágios da
despesa pública:
1- Empenho: obrigação assumida pela administração pública;
2- Liquidação: quando o processo da despesa sofre
conferência por parte do setor competente, no sentido de se verificar toda a
sua documentação, antecedendo ao pagamento;
3- Despesa paga: quando se realiza efetivamente o
pagamento ou execução financeira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário