Ao Fazer correlação entre o processo
inflacionário no Brasil, de 2009 e a curva da taxa de juros básica da economia
(SELIC). Percebe-se, a política monetária utilizada pelo governo do
ex-presidente Lula, cujo término, ocorreu em dezembro de 2010 e a do governo da
ex-presidente Dilma que se finalizou ontem, foram inócua, no que tange ao combate
à inflação. Inimiga cruel da renda dos trabalhadores, uma vez que a elevação
dos preços funciona como silencioso imposto, comprometendo significativamente o
poder aquisitivo, dos agentes econômicos que auferem salários.
Apenas no ano de 2009 a inflação
ficou abaixo do núcleo da meta prevista pelo Banco Central do Brasil (BACEN),
que é de 4,5% ao ano. A partir daí como se observa no gráfico, a inflação
sempre se manteve no seu ritmo de crescimento acima da taxa de 5% ao ano, ou
seja, sempre fora da meta prevista pelo BACEN. E o governo insistindo em combatê-la
via elevação das taxas de juros, que não pararam de se elevar. Somente no ano
de 2012 através da pura demagogia da então presidente Dilma, a SELIC, atinge a
taxa de 7,5% ao ano. Conjuntura que não durou muito tempo. Logo em 2013, ocorre
a retomada da sua ascensão, atingindo hoje o repudiável patamar de 14,25% ao
ano. Considerado diga-se de passagem uma das maiores taxa de juros do mundo atualmente.
O que se verifica ao longo do recorte
de tempo de 2009 a 2016, foi à falta de uma política fiscal austera por parte
dos dois governos. Como por exemplo, a reforma tributária, que constitui
instrumento de capital relevância para o país, como a guisa de exemplo, unificar
o ICMS, criando o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), já existente em vários
países do mundo, no sentido de dar eficiência, promover lucratividade aos
agentes econômicos que produzem e vendem os seus bens e serviços, conjugado
obviamente, com a tão propalada reforma da previdência. Pois considero inaceitável
o trabalhador no século XXI, quando todos vivemos mais, aposentar-se aos 49
anos de idade.
Agora, chegou à vez de a sociedade
cobrar as promessas feitas pelo presidente da República interino, empossado ontem
à tarde, por sinal, numa solenidade bastante festiva e concorrida.
Importa deixar claro, que no período em
que o presidente Temer, esteve na interinidade, à taxa de juros SELIC, se
manteve no patamar de 14,25% ao ano, conforme encontrado por ele quando assumiu
o lugar da ex-presidente Dilma.
Na sua reunião de ontem o Comitê de
Política Monetária (COPOM), chegou à conclusão de que a taxa de juros da
economia ficará inalterada em 14,25% ao ano. Tudo indica que até o final de dezembro
de 2017, eis que o desejo do presidente do BACEN será trazer a inflação para o
núcleo da meta. A despeito de a economia enfrentar uma triste recessão,
ociosidade no setor produtivo, o que poderá agravar ainda mais a desaceleração
do sistema econômica, se a taxa de juros se mantiver neste alto patamar.
A saída da retomada do crescimento
econômico, anunciada pelo presidente Temer, no seu comunicado oficial a nação,
não se restringe simplesmente as reformas anunciadas por ele ontem. Tem que fazer
urgentemente a reforma tributária, juntamente, com a contenção dos gastos
públicos, causa maior da inflação do Brasil. Caso contrário continuará a majoração
da taxa de juros, onde o efeito expressivo incorre exatamente sobre o crescimento
da dívida pública combustível eficaz da inflação.
Não adianta a equipe econômica do senhor
Henrique Meirelles, atribuir à causa da inflação a elevação de alimentos, a possibilidade
dos juros da economia americana subir, sem que o governo federal, tenha coragem
suficiente para atacar os problemas econômicos de frente. A sociedade espera esperançosa
a tão anunciada mudança. Todos sabem que a lua de mel de um governo dura apenas
cem dias. Depois a sociedade perderá a paciência e naturalmente virá a
frustração. A hora agora será de apresentar serviços!
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