Ao interpretar parte dos
dados da tabela sobre o número de pessoas cadastradas no CADÚNICO, de acordo
com o brilhante estudo realizado pelo Professor William Passos, publicado ontem
neste blog, no que diz respeito ao crescimento da pobreza no Norte Fluminense e
em seus respectivos municípios.
Verifiquei que o
contingente de pobres em junho de 2024, comparado a janeiro de 2021, no Norte
Fluminense se elevou em 30,22%. No município de Campos, o crescimento foi de
26,05%; em Macaé, de 57,41%; em São Francisco de Itabapoana, o aumento chegou a
17,23%; em São Fidélis, a elevação foi de 17,28%; em São João da Barra, a majoração
atingiu o patamar de 43,77%; em Quissamã, cresceu 29,66%; em Conceição de
Macabu, aumentou 25,56%; em Carapebus, a expansão foi 31,84%; e em Cardoso
Moreira, 39,35%.
Como se pode
observar, uma relevante região do estado do Rio de Janeiro, como o Norte
Fluminense, onde estão localizados dois grandes investimentos, a Petrobras e o
Porto do Açu, o fluxo de renda decorrente deles não foi capaz de reduzir ou
mitigar a expansão da pobreza na região no período considerado. Isso realmente
é algo muito negativo.
Por fim, não
se pode deixar de afirmar: vivemos numa região injusta, de concentração
histórica de renda e, além disso, de baixa qualidade de vida. Pois, onde há
pobreza crescendo como aqui, não pode haver progresso social e sim retrocesso
social.
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