O Complexo
Portuário do Açu, idealizado pelo empresário Eike Batista, inaugurou no dia 17
de outubro o seu primeiro hotel corporativo. Com 64 quartos, o Açu Hotel conta
com salas de reuniões e de jogos, lounge bar e um restaurante que leva a
assinatura do Baby Beef Premium, segundo reportagem do site Diário do Rio.
Inclusive,
as construções não param por aí. Serão construídos mais 200 quartos para
atender a demanda dos profissionais e visitantes do complexo. Caramba.
Tal
investimento confirma apenas, o que vários pesquisadores da região falam há anos
sobre o Porto do Açu. Ele é um verdadeiro
enclave econômico, ou seja, o empreendimento não dialoga com a economia regional.
Para esclarecer melhor, o Porto é um condomínio econômico, cujas atividades econômicas
ocorrem somente dentro dele. A despeito do Açu gerar atualmente em torno de cinco
mil empregos com a carteira assinada.
Mas,
em face da quantidade de dinheiro que está empatada ali, ainda é muito pouco o que
ele oferece em contrapartida, as economias dos municípios do interior do Estado
do Rio de Janeiro.
O
pior de tudo, é que o setor hoteleiro de Campos, edificado no passado com
hotéis de marcas internacionais e os hotéis já existentes de empresários campistas,
gerador de emprego e renda, cujo maior propósito antes era atender a demanda de
executivos das empresas do porto. E que na atual conjuntura, sobrevivem das
hospedagens de funcionários da Petrobrás e suas empreiteiras, por conta do
Covid-19, estão por conta desse mega investimento, sob ameaça no que diz
respeito aos seus negócios. Isso que é dureza. Vamos aguardar, portanto, as consequências.
Está aí a diferença de um empreendimento privado para um público. Se fosse de responsabilidade da Petrobras ou outra estatal, certamente teriam manifestações e reclamações, buscando atender o mercado campista.
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