Pesquisa
do IBGE divulgou ontem a queda da produção industrial do Brasil, no acumulado
do ano de 2019 de 1,1% frente ao mesmo período do ano de 2018. Demonstrando com
isso, a ineficiência por parte da política econômica adotada pela equipe de
Paulo Guedes.
Como
por exemplo, no aspecto fiscal, já se aprovou a tão desejada pelo mercado,
reforma da Previdência Social, com a maioria dos seus encargos recaindo sobre
os trabalhadores que recebem o salário mínimo.
No
que tange agora a política monetária, a taxa de juros SELIC, regulada pelo Banco
Central nunca esteve tão baixa.
E,
no que diz respeito, a reforma trabalhista realizada pelo governo Temer,
segundo também os dados do IBGE, não se transformou nos milhões de empregos
formais conforme a propaganda da mídia financiada pelos bancos prometeu. Apenas
a guisa de exemplo, o que se verificou foi o desemprego médio do ano de 2019 em
relação a 2018, recuar, somente 0,4% lastreado, pelos contratos de trabalho
intermitentes. A taxa desemprego que era de 12,3% no ano anterior encerrou em dezembro de 2019 em 11,9%.
Acrescentando,
ainda, outro fato grave ao contexto acima, o relativo à chaga da informalidade
da força de trabalho ou da economia informal, que atualmente cresce exponencialmente,
massacrando a população em idade de produzir. O seu aumento atingiu a 41,1% da
população ocupada ou 38, 4 milhões em termos absolutos. E o mais desalentador
deste episódio, é que a sua imensa maioria fica sem contribuir para a Previdência
Social, adiando por mais tempo o sonho da aposentadoria, e além do mais, agravando o tão propalado déficit previdenciário.
Por
fim, importa formular uma pergunta que não quer calar: cadê os investimentos
anunciados pelo governo Bolsonaro no ano de 2019, quando a maior parcela dos
agentes econômicos depositaram nele, a esperança da retomada do crescimento econômico?
Acho que a conjuntura econômica hoje, se apresenta bastante favorável aos
investimentos da iniciativa privada. Os juros estão baixos, a inflação está sob
controle, à mão de obra é barata ou precarizada, do jeito que o setor produtivo
gosta. Então, o que que está faltando para o retorno dos investimentos privados?
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