Enquanto
os principais bancos de capital aberto do país, - Banco do Brasil, Bradesco, Itaú
e Santander- somados, tiveram um lucro de R$ 42,9 bilhões, no primeiro semestre
do ano de 2019, com o crescimento médio de 20% em dozes meses, os dados do
Cadastro Único do Ministério da Cidadania revelam a outra face da sociedade
brasileira. A partir de tais dados divulgados evidenciou-se a elevação da extrema
pobreza no país, atingindo o contingente de 13,2 milhões de pessoas. Apenas no
período de junho de2018 a junho de 2019, os estados de Roraima e do Rio de
Janeiro tiveram o maior aumento da desigualdade, respectivamente, ostentaram a
taxa de incremento de 10,5% e 10,4%.
Essas
duas realidades contraditórias demonstram, efetivamente, o triste momento por que
passa o Brasil. E, além do mais, faz a gente relembrar da expressão “Belíndia”,
utilizada em um dos debates sobre a vergonhosa desigualdade social, promovido
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 1972. Numa alusão a
uma parcela pequena da população brasileira, que vive no conforto da Bélgica, e
a imensa maioria, submersa no contexto da miséria abissal da Índia.
Para
ignorar ou piorar essa conjuntura perversa, fabricada pelas elites econômicas
nacionais, indiferentes aos problemas sociais, o presidente da República, Jair
Bolsonaro, dá mais uma clássica canelada ao seu estilo risível, quando disse: “não
há miséria no Brasil”. Acho que o ilustre presidente vive em outra nação.
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