quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Lucro dos bancos x Crescimento da miséria no Brasil






Enquanto os principais bancos de capital aberto do país, - Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander- somados, tiveram um lucro de R$ 42,9 bilhões, no primeiro semestre do ano de 2019, com o crescimento médio de 20% em dozes meses, os dados do Cadastro Único do Ministério da Cidadania revelam a outra face da sociedade brasileira. A partir de tais dados divulgados evidenciou-se a elevação da extrema pobreza no país, atingindo o contingente de 13,2 milhões de pessoas. Apenas no período de junho de2018 a junho de 2019, os estados de Roraima e do Rio de Janeiro tiveram o maior aumento da desigualdade, respectivamente, ostentaram a taxa de incremento de 10,5% e 10,4%.

Essas duas realidades contraditórias demonstram, efetivamente, o triste momento por que passa o Brasil. E, além do mais, faz a gente relembrar da expressão “Belíndia”, utilizada em um dos debates sobre a vergonhosa desigualdade social, promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 1972. Numa alusão a uma parcela pequena da população brasileira, que vive no conforto da Bélgica, e a imensa maioria, submersa no contexto da miséria abissal da Índia.

Para ignorar ou piorar essa conjuntura perversa, fabricada pelas elites econômicas nacionais, indiferentes aos problemas sociais, o presidente da República, Jair Bolsonaro, dá mais uma clássica canelada ao seu estilo risível, quando disse: “não há miséria no Brasil”. Acho que o ilustre presidente vive em outra nação.



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