Lei
da Ciência, Tecnologia e da Inovação Municipal
A
lei da Ciência, Tecnologia e da Inovação, projeto de iniciativa do Poder
Executivo, aprovado pela Câmara Municipal de Campos, representa um passo
importante dado pelo prefeito Rafael Diniz, na direção do fomento do
desenvolvimento econômico do município.
O
município de Campos de ricas tradições históricas, sempre teve como força
motriz da sua economia, o extrativismo, seja o de índole vegetal como no caso
da agricultura canavieira, seja o de índole mineral como no caso da extração do
petróleo, cujas rendas decorrentes da exploração desta cobiçada commodities no
mercado internacional, irrigou o caixa da prefeitura, por muitos anos.
Infelizmente,
como tudo na vida possui o seu início e o seu fim. Em relação ao Ciclo do
Petróleo regional também não foi diferente. Vive-se, agora, mergulhado numa
conjuntura de retração dos repasses das rendas por parte da Agência Nacional do
Petróleo (ANP), em virtude da queda do preço do barril do ouro negro, a partir
do ano de 2015, jungido a baixa produtividade dos poços da Bacia de Campos,
considerados maduros, onde os reflexos negativos da escassez de recursos
financeiros recaem de forma dolorosa, sobre a população carente ainda
desprovida de políticas públicas eficazes, na área da saúde, da educação, do
transporte público e na política de assistência social, a despeito do alto
fluxo de renda do petróleo circulante, na economia local desde os idos de 1999.
Como
os tempos presentes são de carestia, acho que o grupo político que ora ocupa, a
prefeitura, encontrou uma alternativa viável, no longo prazo, no sentido de
iniciar a viabilização, da diversificação da economia local. Como conseqüência,
buscar a independência das rendas petrolíferas, ao tentar apoiar os projetos de
base tecnológica existentes no município.
No
passado, não tão distante, as associações empresariais, juntamente, com as
instituições de ensino e de pesquisas públicos e privados, se uniram e criaram
primeiramente a incubadora de empresas TECCAMPOS, depois, o Parque Tecnológico
do Norte Fluminense, no afã de abarcar as pesquisas produzidas nas Universidades,
transformando-as em bens e serviços de inovação. Só que para isso necessitavam-se
de recursos para financiar os projetos de tecnologia, um dos maiores gargalos.
Assim,
dentro desta perspectiva, nasce à lei municipal que via Fundo de Desenvolvimento
de Campos, promoverá concessão de créditos, através de linha especial de
financiamento, além de oferecer, bolsas aos alunos interessados pela área de
tecnologia.
Importa
salientar de acordo com o contexto acima, vive-se contemporaneamente, a era da
economia digital, da inteligência artificial. O fato de se transformar o
município de Campos, no Vale do Silício, localizado no estado americano da
Califórnia, cujo desenvolvimento se deu há mais de 60 anos, no início da década
de 50, nascedouro de empresas poderosas como a guisa de exemplo, o Facebook e o
Twitter, seria muita pretensão da nossa parte.
Todavia, transformar o nosso
município num referencial de alta tecnologia, como o existente, hoje, na
pequena cidade mineira de apenas 42.324 habitantes, Santa Rita do Sapucaí, conhecida como
"O Vale da Eletrônica", devido aos centros educacionais e empresas
dessa área situadas na cidade. Considero pura realidade, não apenas, uma
quimera irrealizável. Tendo em vista que existem na nossa cidade do ponto de
vista acadêmico e de pesquisas, também, instituições e profissionais de
excelência. Basta apenas ter vontade política para implementar os projetos. Foi
o que faltou nos últimos anos, em que o município de Campos nadou de braçadas
no oceano de dinheiro das rendas petrolíferas, morrendo em plena praia.
Eu acredito nesta possibilidade de desenvolver a região pela ótica da tecnologia sem esquecer as outras potencialidades econômicas. Vamos aguardar.
Eu acredito nesta possibilidade de desenvolver a região pela ótica da tecnologia sem esquecer as outras potencialidades econômicas. Vamos aguardar.
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