O primeiro gráfico acima retrata a dinâmica
do preço do barril do petróleo ao longo do ano de 2014 e do ano de 2015. Neste
ano, a partir de janeiro eclode efetivamente a crise da queda do preço da commodities
mais cobiçada do mundo, o petróleo.
Através dele, também, verifica-se que
o preço do barril do petróleo, começa a perder fôlego e a entrar numa
trajetória de queda, especialmente, abaixo dos U$$ 100,00, apenas a partir do
mês de setembro de 2014 e não pára mais de cair atingindo, assim, o seu menor preço, U$$
37,28, em dezembro de 2015.
O segundo gráfico apresenta os
orçamentos previstos e os orçamentos realizados dos municípios produtores de
petróleo. Os orçamentos previstos referem-se aos orçamentos aprovados pelas
respectivas Câmaras Municipais, e o realizado representam os orçamentos que tiveram as suas receitas previstas arrecadas a contento, o que de certa forma, permitiu ao chefe de
cada poder executivo implementar as políticas públicas, previstas no corpo da
Lei Orçamentária Anual.
Percebe-se, todavia, que o orçamento
aprovado pela Câmara Municipal de Campos no ano de 2014 no valor de R$ 2,4
bilhões sofre significativo aumento. Obviamente, não por esforço operacional de
arrecadação de receita publica por parte da máquina fiscal, mas sim, em decorrência do empréstimo contraído
pela prefeitura em novembro de 2014 no valor de R$ 250 milhões no Banco do
Brasil, com o objetivo de equilibrar as contas do orçamento municipal que
estavam totalmente fora do relativo controle. Este empréstimo teve o custo
financeiro para a sociedade de Campos de R$ 54 milhões.
Importa deixar claro que o valor
de R$ 2,4 bilhões do orçamento de 2014, aprovado pelo poder legislativo de
Campos, foi insuficiente, para fazer face às crescentes despesas ao longo do
ano. Em razão desta falta de planejamento, recorreu-se ao mercado financeiro.
O ano de 2014, para os municípios produtores
de petróleo constitui um marco na história econômica regional. Saiu-se de um período de abundância financeira para se entrar em anos de profundas dificuldades
financeiras e escassez de recursos.
O município de Campos, no decorrer do ciclo do petróleo inciado em 1999, foi sempre o município
de maior orçamento da região, além de figurar entre os vinte maiores orçamentos
municipais do Brasil, considerando inclusive os municípios das capitais.
Ressalta-se, a despeito do seu imenso orçamento, Campos, é o único município da Bacia Petrolífera da região, que contraiu
três empréstimos, cujos valores já ultrapassam a R$ 1 bilhão de real, somando o capital mais os juros pagos.
Triste realidade existente na nossa cidade. Os números
estão aí para serem analisados e contestados. A conta desta inconsequente fatura está a caminho e com
certeza todos nós pagaremos pela irresponsabilidade e megalomania dos nossos
governantes de plantão. O município está literalmente quebrado do ponto de vista financeiro e orçamentário. Não consegue atender a minima demanda de bens e serviços públicos exigidos pela sociedade. Assiste-se, na atual conjuntura, uma cínica "marquetagem" por parte dos atuais inquilinos do poder com o objetivo de ludibriar a população. Infelizmente!
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