quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Dicotomia entre geração a mais de empregos de janeiro a agosto de 2020 no setor sucro alcooleiro e o fluxo de renda em torno de quinhentos milhões segundo o empresário do ramo

 

Empregos da indústria e agropecuária do município de Campos dos Goytacazes (RJ) - janeiro a agosto de 2019 e 2020 segundo o CAGED




O setor da indústria do município de Campos dos Goytacazes (RJ), segundo os dados da empregabilidade do CAGED. No ano de 2019, no período de janeiro a agosto, contratou com a carteira assinada o quantitativo de 2.208 e desligou 1.404 trabalhadores, resultando, com isso, no saldo líquido positivo de 804 empregos a mais.

Neste mesmo período, no que tange, agora, a agropecuária, o total das admissões chegou ao patamar de 2.462 empregos e as demissões atingiram o numerário de 923 postos de trabalho, restando, assim, 1.539 vagas de emprego.

Já, no exercício de 2020, verifica-se que, de janeiro a agosto, a conjuntura do mercado de trabalho, piorou, significativamente, tanto na indústria, que admitiu 1.112 trabalhadores, cuja maioria das vagas é gerada pelas duas usinas do município, devido à safra do setor sucroalcooleiro, concentrar as suas atividades no primeiro semestre do ano. A despeito dela neste ano se estender até o mês de novembro, em razão da maior disponibilidade de matéria-prima. E, eliminou 1.196 empregos, o que culminou no encolhimento de 84 postos de trabalho.

Agora, no que se refere, a agropecuária nos oito meses de 2020, as admissões, também, se revelaram muito tímidas, quando comparado ao ano anterior. O setor contratou 1.040 trabalhadores e demitiu 339, agregando no ensejo, ao estoque de mão-obra da economia campista apenas 701 postos de trabalho.

Diante desse cenário e considerando, a entrevista do empresário Renato Abreu do Grupo MPE e da Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro), no dia 10/10/2020, no jornal folha da Manhã, quando declarou, “O setor sucroalcooleiro irá movimentar na economia local algo em torno de R$ 500 milhões durante a safra 2019/2020. E, continuou o empresário, o valor é equivalente a 33% do faturamento projetado para o orçamento de Campos em 2021 (entre R$ 1,5 bilhão e R 1,7 bilhão).” Então, baseado nos números do CAGED, pode-se, afirmar que, na safra de 2020, os números dos empregos entregues, pelo setor canavieiro do nosso município, não correspondem ainda, ao fluxo de renda circulante pelo sistema econômico local, de janeiro a agosto de 2020. A não ser que as contratações maiores do segmento tenham ocorrido, a partir de setembro, e, elas, apareceram, doravante, no CAGED, que sairá em outubro e em novembro. Eis que, reiterando, a safra deste ano terminará no mês de novembro. Esperamos, todavia, que a atividade da safra não termine, exatamente, no dia 29, dia em que ocorrerá, o segundo turno da eleição de Campos.  Aí será coincidência demais.     


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