Em São João da Barra, a
"terra do pão e do circo", onde 70% da população está no CADÚNICO do
governo federal, em situação de vulnerabilidade social ou pobreza, o mercado de
trabalho formal praticamente desapareceu em 2024. Diferentemente de 2023,
quando houve abertura de vagas em todos os meses, os empregos com carteira
assinada sumiram ao longo do último ano.
Conforme
o gráfico acima, que compara o saldo líquido mensal de empregos entre janeiro e
dezembro de 2023 e 2024, pelo CAGED, observa-se que apenas em fevereiro de 2024 houve
criação de postos de trabalho na economia sanjoanense. Isso ocorre justamente
no município que abriga o maior investimento da América do Sul, o Porto do Açu,
cuja promessa inicial era a geração de milhares de empregos para os moradores
locais. No entanto, os números do mercado de trabalho mostram que essa
expectativa não se concretizou em 2024.
Essa
situação é, no mínimo, estranha e contraditória. Não por acaso, principalmente
no verão, a prefeitura abre frentes de trabalho temporárias, colocando dezenas
de pessoas no subemprego, realizando atividades como controle do trânsito sob
os semáforos e outras funções ligadas aos eventos festivos do município. Dessa
forma, mantém-se parte da população dependente e fiel ao curral eleitoral dos
políticos locais. Que dura realidade! Um povo condenado à falta de perspectivas
e oportunidades.
Assim,
a chamada "terra do progresso", com uma prefeitura que dispõe de um
orçamento público de quase um bilhão de reais para 2025 e uma população de 38
mil habitantes, gerou empregos formais apenas em fevereiro de 2024. Um cenário
paradoxal e inacreditável.
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