quarta-feira, 26 de março de 2025

2024: ano da reeleição e do calote? Caixa cobra dívida milionária da Prefeitura de Campos


 

Segundo Processo: 0104001-71.2017.4.02.5101
Autora: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Réu: MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES E OUTRO
Cód. Exp.: 19.000.10423/2017

A Prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ) suspendeu, em 01/07/2024, o pagamento da dívida contraída pela então prefeita Rosinha em 2016, com o objetivo de cobrir o rombo realizado pela sua gestão. O endividamento ocorreu em meio à queda na arrecadação de royalties do petróleo e, vale ressaltar, também em razão do excesso de gastos na Administração Pública local em 2014, ano em que um aliado político da prefeita disputou o governo do estado do Rio de Janeiro, sendo derrotado ainda no primeiro turno da eleição para o Palácio Guanabara.

Segundo a Caixa Econômica Federal, o crédito recebido pelo município a título de royalties e participação especial sobre a produção de petróleo e gás natural, no período de 01/07/2024 a 24/02/2025, foi de R$ 516.572.364,13. Desse montante, a parcela apropriada indevidamente pela prefeitura, de acordo com a instituição financeira, corresponde a 10%, ou seja, R$ 51.657.236,41.

A Caixa Econômica Federal requer o pagamento desse valor para amortizar a dívida referente ao contrato firmado em maio de 2016, o qual estabelecia que o município deveria destinar 10% das receitas de royalties e participação especial ao pagamento do aludido débito.

Diante disso, surge a dúvida: estaríamos presenciando um calote dado pelo governo de Wladimir Garotinho em pleno ano eleitoral de 2024? Ano em que, aliás, ele se reelegeu prefeito, elegeu 19 vereadores e, de quebra, elegeu seu concunhado à presidência do Poder Legislativo municipal no final do ano. Realmente, o homem é bom de articulação política!

Mas e a dívida, prefeito? Vai pagar ou não? Ou ficaremos mesmo com o calote?

Agora, resta aguardar a defesa do governo dos Garotinhos na Justiça sobre a acusação da Caixa Econômica Federal, que aponta a apropriação indevida da parcela devida pela municipalidade.

 

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