A Reforma
Administrativa proposta pelo governo Wladimir Garotinho é, na prática, uma
justificativa honrada apenas no discurso para promover a demissão em massa dos
RPAs, justamente os mesmos que o ajudaram a se reeleger, a eleger 19 vereadores
e até a colocar seu concunhado na presidência do Poder Legislativo local.
No site da
prefeitura, o prefeito afirma que irá criar novas secretarias e fundir outras
para dar mais eficiência à máquina pública, com o objetivo de melhorar a
implementação das políticas públicas voltadas às demandas da sociedade
campista.
No entanto,
a realidade é que a Prefeitura de Campos atravessa uma grave crise fiscal e
financeira. Entre janeiro e dezembro de 2024, a despesa fixa e variável somou
R$ 1.508.318.117,18, com uma folha de pagamento de R$ 1.311.586.320,87 para os
servidores públicos, pagamento de dívida no valor de R$ 68.820.771,28, mais R$
5.261.657,36 de juros. A isso se soma a queda na arrecadação fiscal e a
suspensão de diversos pagamentos, incluindo um calote à Caixa Econômica
Federal.
Diante desse
cenário, a prefeitura encerrou o ano de 2024 com um déficit fiscal superior
a R$ 250 milhões.
Portanto,
para seguir administrando o município e mantendo a máquina pública em
funcionamento, isso se ele permanecer no cargo até o fim do mandato, o
prefeito encontrou uma “desculpa esfarrapada” para pedir o sacrifício
justamente de quem ganha menos. Um típico gesto de um bom neoliberal: cortar do
trabalhador pobre enquanto preserva os contratos generosos dos grandes
empresários ligados à prefeitura e ao seu grupo político.
Com todo
respeito, prefeito: isso que o senhor está fazendo é cuspir no prato que comeu.
Sinto muito, mas a conta, mais uma vez, está sendo paga por quem mais precisa.
É lamentável sua ingratidão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário