O IBGE
divulgou hoje a prévia da inflação de março, medida pelo IPCA-15, que ficou em
0,64%. Em comparação com fevereiro de 2025, a inflação recuou 47,97%. Ao
observarmos a curva do gráfico, nota-se que o índice de março supera os de
janeiro e março de 2024 que foram,
respectivamente, 0,55% e 0,36%, mas ainda está abaixo do registrado em
fevereiro de 2024, que foi de 0,76%.
Esse cenário
evidencia os impactos significativos do arrocho monetário promovido pelo Banco
Central (BACEN) sobre o "tigre inflacionário" que corrói o orçamento
das famílias brasileiras. A taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,25%,
encarece o crédito e reduz a demanda por bens e serviços.
Todavia,
apesar de o índice de março ser menor que o de fevereiro, a inflação dos
alimentos continua pesando no bolso do consumidor. O destaque negativo vai para
o ovo, que teve um aumento de 19,44%, tornando-se o novo vilão da inflação.
Também houve alta nos preços do tomate (12,75%) e do café (8,53%).
Outro ponto
que merece destaque é o fato de que a inflação de março foi menor que a de
fevereiro principalmente porque não houve majoração na tarifa de energia elétrica,
como ocorreu no mês anterior.
Por fim,
consideramos positiva a queda da inflação em março, pois preços mais baixos
significam mais renda disponível para os trabalhadores ainda que alguns aumentos, como os citados
acima, continuem preocupando.
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