sábado, 12 de dezembro de 2020

Cenário econômico e crise fiscal da prefeitura para o ano de 2021 do município de Campos. O que esperar?

 



Considerando que a economia de Campos no acumulado até outubro de 2020, segundo os dados do CAGED, encontra-se, com o saldo positivo de 249 vagas de emprego, com a carteira assinada, puxada, sobretudo, pelos seguimentos econômicos de serviços e da agropecuária, bafejados pela safra do setor sucroalcooleiro, que ocorreu no período salientado acima. O que de certa forma constitui-se numa boa notícia, para o município nessa conjuntura de recessão econômica nacional, agora no final do ano. Todavia, ainda não sabemos, se esses empregos a mais continuarão sendo gerados nos próximos meses.

No que diz respeito ao ano que vem, renova-se a esperança da população campista, com o governo saído das urnas no segundo turno da eleição municipal do dia 29 de novembro. Quando sagrou-se vitoriosa a chapa do candidato Wladimir Garotinho e o seu vice-prefeito Frederico Paes, numa disputa acirrada, onde mais uma vez a nossa planície saiu dividida do processo eleitoral.

E, os eleitos doravante, assumirão uma prefeitura, profundamente endividada, com queda de receita corrente, e talvez, terão que pagar ao longo do exercício fiscal de 2021 em torno de catorze a quinze folhas de pessoal, dentro de uma conjuntura de doze meses de arrecadação, admitindo, nesta análise, a hipótese do prefeito Rafael Diniz deixar duas folhas sem pagar. Além do mais, soma-se a esse cenário, o quadro de aproximadamente vinte mil servidores entre ativos e inativos, desestimulados e insatisfeitos, por conta de estarem quase cinco anos sem aumento salarial.

Acrescenta-se, ainda ao contexto, a possibilidade dos novos mandatários serem obrigados a tomarem várias medidas de enfrentamento ao coronavírus, logo no início da gestão, devido ao agravamento, da pandemia na nossa cidade, responsável pela superlotação das estruturas dos hospitais públicos e privados. Combinado a outras medidas saneadoras dos gastos públicos, no sentido de se abrir espaço no orçamento municipal para se tentar recuperar a capacidade de investimento da máquina pública em obras, gerando, assim, emprego e renda, no ramo da construção civil.  

No que tange a economia local, a despeito dela está com a curva da empregabilidade positiva, como foi salientado anteriormente, observa-se, nos seus principais eixos econômicos, como a área central e a Pelinca, muitas lojas fechando e pontos comerciais estratégicos sendo alugados. Inclusive, importa ressalta no ensejo, no que diz respeito à Pelinca, no prédio vizinho ao Banco do Brasil, a loja da Itapuã Calçado, poderoso grupo econômico do Brasil, nascido no estado do Espírito Santo, encerrou as suas atividades.

Diante disso, encerro dizendo que teremos um ano vindouro de muitos desafios e sacrifícios, devido à crise econômica, social, sanitária e a fiscal da maior empresa do município, a prefeitura.  O que exigirá do prefeito e da sua equipe muita resiliência e vigor no enfrentamento dos problemas que atualmente afligem a sociedade campista. Temos que ter esperança!


Obs: o texto será publicado amanhã no site Ururau. 


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