O gráfico acima mostra a
evolução da inflação brasileira entre janeiro e julho de 2024 e 2025,
permitindo ao leitor verificar como o índice recuou. De fato, estava em um
nível elevado, mas, com a taxa de juros exorbitante praticada pelo Banco
Central (BACEN) dentro de uma política monetária extremamente austera, não
havia outra alternativa senão a redução.
Agora,
analisemos a inflação de julho de 2025, divulgada ontem pelo IBGE. O índice
ficou em 0,26%, abaixo das expectativas do mercado, que projetava algo acima de
0,30%. Também foi inferior ao resultado de junho, de 0,24%, conforme se observa
no gráfico. No acumulado de 12 meses, registra alta de 5,07%, a menor desde
março de 2025. Excelente notícia para o ambiente de negócios e para os
trabalhadores, pois, com preços mais controlados, o poder de compra aumenta.
Em
julho, o grupo alimentação e bebidas apresentou a segunda queda consecutiva,
com recuo de 0,27%. A principal contribuição veio da alimentação no domicílio,
com deflação de 0,69%, puxada pelas reduções da batata-inglesa (-20,27%),
cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%).
O setor
de vestuário também se destacou, com retração de 0,54%, influenciada pela queda
nos preços das roupas femininas (-0,98%) e masculinas (-0,87%).
Diante
desse cenário, é possível afirmar: já passou da hora de o BACEN reduzir a taxa
Selic e permitir que os empresários voltem a investir com crédito mais barato,
gerando renda e empregos. O Comitê de Política Monetária (COPOM) não tem mais
justificativas para adiar. Tudo indica que, em dezembro, a Selic volte a cair.
Na última reunião, o COPOM já deu o primeiro passo ao interromper o ciclo de
alta, sinalizando uma mudança positiva.
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