quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Queda da inflação em julho, liderada pela alimentação, abre espaço para corte da Selic

 

O gráfico acima mostra a evolução da inflação brasileira entre janeiro e julho de 2024 e 2025, permitindo ao leitor verificar como o índice recuou. De fato, estava em um nível elevado, mas, com a taxa de juros exorbitante praticada pelo Banco Central (BACEN) dentro de uma política monetária extremamente austera, não havia outra alternativa senão a redução.

Agora, analisemos a inflação de julho de 2025, divulgada ontem pelo IBGE. O índice ficou em 0,26%, abaixo das expectativas do mercado, que projetava algo acima de 0,30%. Também foi inferior ao resultado de junho, de 0,24%, conforme se observa no gráfico. No acumulado de 12 meses, registra alta de 5,07%, a menor desde março de 2025. Excelente notícia para o ambiente de negócios e para os trabalhadores, pois, com preços mais controlados, o poder de compra aumenta.

Em julho, o grupo alimentação e bebidas apresentou a segunda queda consecutiva, com recuo de 0,27%. A principal contribuição veio da alimentação no domicílio, com deflação de 0,69%, puxada pelas reduções da batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%).

O setor de vestuário também se destacou, com retração de 0,54%, influenciada pela queda nos preços das roupas femininas (-0,98%) e masculinas (-0,87%).

Diante desse cenário, é possível afirmar: já passou da hora de o BACEN reduzir a taxa Selic e permitir que os empresários voltem a investir com crédito mais barato, gerando renda e empregos. O Comitê de Política Monetária (COPOM) não tem mais justificativas para adiar. Tudo indica que, em dezembro, a Selic volte a cair. Na última reunião, o COPOM já deu o primeiro passo ao interromper o ciclo de alta, sinalizando uma mudança positiva.

 


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