A
tabela apresenta o índice de pobreza, resultado do quantitativo de pessoas
cadastradas dividido pelo número de habitantes em cada município, segundo os
dados do CADÚNICO, do ministério da Cidadania, do Governo Federal, no mês de
março de 2024.
Como
se verifica através dos dados, São João da Barra, a sede do Porto do Açu,
exibiu a maior renda per capita e o pior índice de pobreza quando comparado aos demais municípios. Portanto, estamos
diante de uma grande contradição. Infelizmente.
Nos
números divulgados pelo ministério da Cidadania do Governo Federal, no que diz
respeito ao quantitativo de pessoas registradas no CADÚNICO ou de pobres nos municípios
do Brasil foram publicados hoje. O que revela a face triste da nossa sociedade.
Como
se pode observar no gráfico, o único município que apresentou redução da
pobreza, embora muito pequeno, mas de qualquer forma já é algum avanço, no mês
de março de 2024 em relação a março de 2023, foi Campos dos Goytacazes.
Enquanto isso, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, os números
paradoxalmente cresceram nas economias onde existem os grandes investimentos.
Macaé tem a Petrobrás, Rio das Ostras, a Zona Especial de Negócios (ZEN) e São João
da Barra, o Porto do Açu.
Portanto,
essa é a dura realidade do cenário social da região Norte Fluminense. Temos
pouca coisa a comemorar do ponto de vista social.
Gastos da Secretaria de Comunicação Social de 2022 e de 2023 -em valores nominais - (R$ - em Milhões)
Segundo
os dados encaminhados ao TCE-RJ, dos recursos públicos que são aplicados pela
Secretaria de Comunicação Social, ou seja, na divulgação da imagem dos governos
e nas campanhas publicitárias.
O único
município, como pode se observar no gráfico, que se preocupou em dar transparência a
esses relevantes gastos, tanto do ano de 2022 como também em 2023, foi o de Macaé. Enquanto
isso, Campos, Rio das Ostras e São João da Barra, fazem segredo a respeito
deles. É muito estranho tal comportamento. Cadê a transparência?
Gastos da Cultura de 2022 e de 2023 do Governo Wladimir Garotinho em valores nominais - (R$ - em Milhões)
Segundo
os dados do relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), da Prefeitura
Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ), encaminhado ao TCE-RJ, no ano de 2023
em relação ao ano de 2022. O governo Wladimir Garotinho aportou na área da
Cultura campista 45,24% a mais, o que se constitui num expressivo valor em se
tratando de um município, onde esse segmento é bastante crítico.
Acrescentando
ainda, pelo que se conhece desse relevante setor da cidade, não houve nos dois períodos
analisados, eventos culturais que justificassem a saída desse imenso montante,
do erário público. É a nossa opinião. Podemos está até equivocado.
O
que deve está supostamente ocorrendo, como verificamos através dos dois relatórios,
tanto de 2022 como também de 2023. São
os gastos da Comunicação, estarem saindo pela pasta da Cultura com o objetivo único
de ocultar da sociedade os quantitativos financeiros destinados à mídia local,
amiga do atual governo municipal, eis que a Função Comunicação“SUMIU”
dos dois relatórios (RREO), o que eu afirmaria, de forma muito estranha.
Por
fim, apenas no sentido de reafirmar a nossa suposição acima e aproveitar a
oportunidade e perguntar ao governo Wladimir Garotinho. Por qual função
orçamentária anda saindo o dinheiro da Secretaria de Comunicação Social? Acho
que a população campista que recolhe altos impostos à municipalidade tem
obrigação de saber.
CAGED: saldo líquido do emprego no comércio de fevereiro de 2023 e de 2024
O
comércio da economia campista no mês de fevereiro de 2024 em relação ao mesmo
período de 2023 aumentou o número de trabalhadores demitidos. Enquanto isso, as
economias de Macaé e de Rio das Ostras apresentaram melhora no nível das
contratações, no mesmo recorte de tempo analisado.
Já
no caso de São João da Barra, o quantitativo de geração empregos reduziu, porém,
o saldo líquido se manteve positivo, em fevereiro de 2024 quando cotejado a
fevereiro de 2023, conforme se pode observar no gráfico. O que é muito bom para
a economia local da cidade.
Portanto,
como se observa em face dos números do CAGED, a conjuntura da empregabilidade
do comércio na região Norte Fluminense, anda patinando. Infelizmente.
O
governo Federal encaminhou ontem ao Congresso Nacional o Projeto de Lei de
Diretrizes Orçamentárias (PLDO), do ano de 2025, obedecendo ao prazo determinado
na Constituição brasileira, o dia quinze de abril. Nele constam as metas e
prioridades relativas à elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) do ano que
vem.
O
grande destaque do aludido projeto será o aumento do salário mínimo para o ano
de 2025. Ele sairá dos atuais R$ 1.412, 00 e passará para R$ 1.502,00, ou seja,
o reajuste se os parlamentares aprovarem chegará a 6,52%, com isso, a classe
trabalhadora eleva o seu poder aquisitivo no mercado de bens e serviços.
Portanto,
como se observa, o Governo Federal já fez a parte dele no que tange a LDO. Agora,
uma pergunta não quer calar em face desse contexto: será que o Governo Wladimir
Garotinho também entregou ao Poder Legislativo local a LDO, majorando o
salário defasado há anos do servidor público em 2025, ou perdeu prazo, com a conivência
dos vereadores de plantão? A população campista e os servidores da prefeitura
precisam dessa relevante informação.
CAGED: saldo líquido de emprego da construção civil de fevereiro de 2023 e 2024
O
resultado da empregabilidade do setor da construção civil nos municípios de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra,
no mês de fevereiro de 2024 em relação a 2023 piorou, exceto no caso de Campos.
O que não é bom para a nossa região.
Apenas
a economia sanjoanense, apresentou saldo líquido positivo expressivo em
fevereiro de 2024, porém, num quantitativo inferior ao de fevereiro de 2023,
conforme o registro do gráfico.
Já
na economia campista ocorreu uma pequena melhora no total de cinco empregos gerados,
quando cotejado a fevereiro de 2023. É uma boa notícia. Pelo menos os dados não
ficaram negativos.
Portanto,
observa-se dentro do atual contexto, uma desaceleração da construção civil, através
dos números do CAGED.
Receita total de janeiro a dezembro de 2022 e de 2023 em valores nominais - (R$- em Milhões)
O
gráfico traz a receita total realizada de janeiro a dezembro de 2022 e de 2023,
dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra,
segundo os dados retirados do TCE-RJ.
O município
de Macaé possui, como se pode observar, o maior orçamento da região Norte e também
teve em 2023 em relação a 2022 o maior crescimento relativo. E viva a economia
do petróleo macaense. É desse jeito.
Execução orçamentária do ano de 2023: folha x investimentos
O
gráfico apresenta a execução orçamentária da folha de pagamento e os encargos e
os investimentos, dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de
São João da Barra, segundo o Relatório Resumido da Execução Orçamentária
(RREO), do exercício fiscal de 2023. Os dados foram retirados do TCE-RJ.
A reconstrução democrática do país, todavia, passa por outros caminhos, a exigir clareza, capacidade crítica e coragem, das lideranças políticas e sociais. Qualidades escassamente percebidas entre boa parte das atuais lideranças brasileiras.
Há tempos o filósofo e pensador brasileiro Roberto Mangabeira Unger vem insistindo, desde sua cátedra na Universidade de Harvard, sem muita repercussão no Brasil, que “o problema fundamental do nosso país não é a desigualdade – ainda que este seja um grande problema – mas a mediocridade”. “Temos os instrumentos para sair da mediocridade, mas não temos o projeto”, diz o eminente pensador. Olhando mais atentamente para a evolução do nosso presidencialismo, vemos que a mediocridade é seu ethos, além de modus operandi.
Desde que o Partido dos Trabalhadores chegou ao poder, tentando conciliar sua histórica estratégia classista com a estratégia assistencialista–onde a revolução se restringia a três refeições na mesa do trabalhador –, descobriu-se a fórmula do consenso político no Programa Bolsa Família, onde a transformação social não precisava mais de qualquer efetiva mudança na ordem dominante, como se supunha, anteriormente, no Programa Fome Zero. Bastava apenas “colocar os pobres no orçamento”, mantendo privilégios históricos em nome da governabilidade, para que se desse o milagre da multiplicação dos votos; preservando-se, naturalmente, a retórica engajadaeradical.
O estupendo sucesso político-eleitoral da fórmula tornou-a “o programa máximo” do lulopetismo, sem que a esquerda partidária deixasse de considerá-la “o programa mínimo”. Enquanto Lula bradava nos palanques, sob aplausos internacionais, que a grande tarefa do(s) seu(s) governo(s) seria levar as três refeições à mesa dos pobres, a esquerda petista usou a alquimia política para alavancar a polarização política (“nós e eles”) em busca do “governo popular.”
Tudo parecia ir bem até que uma revolta popular, em 2013, e um desgoverno (Dilma) abriram caminho para outro impeachment (2016) e um vácuo de poder que o centro democrático não podia ocupar em função de muitos motivos que não cabem neste texto. O freio de arrumação da interinidade do governo Temer não foi capaz de evitar a tournant da sociedade à direita, interpelada resolutamente pelo bolsonarismo.
A volta ao poder do PT, sob a capa da “frente ampla”, se valendo da impotência de sempre do centro democrático em sua entropia político-intelectual, se fez inevitável. Mas tal frente apenas abriu caminho para mais um governo lulopetista e seu histórico despreparo para o enfrentamento dos grandes desafios nacionais, não obstante seu forte apelo popular. Um paradoxo, em termos, que reforça e renova o pacto da mediocridade.
O problema da fórmula outrora imbatível é que a estratégia assistencialista vem perdendo tração social nas camadas populares, crescentemente em busca de melhor inserção no mercado de oportunidades, muito influenciadas pelas igrejas evangélicas preconizadoras do individualismo da “teologia da prosperidade”. A ideia de sujeitosdependentes do “Senhor Estado” restou preponderante apenas no Nordeste do Brasil – não por acaso bastião das velhas tradições patrimoniais. O PT deitou suas novas raízes lá, na esperança de reeditar a velha aliança “operário-camponesa”, mas essa fórmula perdeu apelo no proletariado urbano, que parece ter perdido a fé em qualquer progresso pelo caminho da “igualdade na pobreza”.
O Centrão, por sua vez, na esteira do fracasso do bolsonarismo e da flexibilidade programática dos partidos políticos, consolidou seu protagonismo. Sob a liderança do presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira, o Centrão deixou de ser um mero balcão de negócios para se transformar num verdadeiro “partido moderador”, disposto a apoiar o governo de plantão mediante cargos, mas agora sem abrir mão de sua visão de mundo liberal-patrimonialista, portanto, medíocre.
Isto não tem impedido que reformas estruturantes de matiz racionalizante, sob a condução do ministro da Economia Fernando Haddad, estejam sendo implementadas. O problema é que neste caminhosofre assédio contumaz dos setores mais à esquerda do próprio PT, tornando a vida do governo ainda mais difícil e ao sabor do Centrão.
A possibilidade do desenvolvimento democrático do Brasil tem esbarrado, até aqui, em nulidades políticas, capazes de produzir forte mobilização social, mas incapazes de assumir papel dirigente, ou seja, conduzir o país à emancipação econômica y social. Esperava-se que o governo Lula III, depois do desgoverno bolsonarista, funcionasse como um governo tampão, a caminho dessa emancipação, mas seu pendor demagógico em meio à ausência de lideranças alternativas pode comprometer a tarefa, como também ocorreu com o governo interino de Michel Temer.
O PT não exerce qualquer papel dirigente positivo no interior do atual governo ou fora dele. Muito ao contrário, alimenta a dilaceração da frente ampla que o respalda, na esperança de exercer uma hegemonia restrita aos seus membros.
A esquerda brasileira, marcada pelo viés da mediocridade e obcecada pelo passado, que nunca compreendeu, se equilibra na vã expectativa de uma transformação utópica. A reconstrução democrática do país, todavia, passa por outros caminhos, a exigir clareza, capacidade crítica e coragem, das lideranças políticas e sociais. Qualidades escassamente percebidas entre boa parte das atuais lideranças brasileiras.Resta-nos aguardar que os tempos difíceis por vir despertem os espíritos bem apetrechados, na situação e na oposição, capazes de reencontrar o caminho do desenvolvimento em meio às novas possibilidades e desafios da reconfiguração internacional, cujo horizonte é sinistro.
Cientista político. Profesor de la Universidad Estatal del Norte Fluminense - UENF (Brasil). Doctor en Historia Contemporánea, por la Univ. Federal Fluminense (UFF) y Magíster en Ciencia Política por Unicamp.
CAGED: saldo líquido do emprego na indústria de fevereiro de 2023 e de 2024
Enquanto
o setor industrial do município de Campos, no mês de fevereiro de 2023 e de
2024, destruiu empregos com a carteira assinada. As economias de Macaé, de Rio
das Ostras e de São João da Barra criaram postos de trabalho, no mesmo período
como se pode observar no gráfico.
No
caso de Macaé, por conta da economia do petróleo, em Rio das Ostras em função da Zona Especial
de Negócios (ZEN) e em São João da Barra em decorrência do Porto do Açu. O que demonstra a dinâmica econômica dos grandes investimentos em cada um desses municípios.
Portanto,
é importante ressaltar em face do presente estudo, a economia de Campos, no que
tange ao setor industrial é muito tímida ou frágil. O nosso ponto forte na
atual conjuntura da empregabilidade, está no setor de prestação de serviços de
baixo valor agregado. É desse jeito.
Segundo
os dados da receita do IPVA, imposto estadual, cuja metade do valor arrecadado
fica no caixa dos municípios, de acordo com a quantidade de veículos emplacados
em cada cidade. O município de Campos no ano de 2023 apresentou a maior arrecadação
como se pode observar no gráfico. Os números foram retirados do TCE-RJ.
Portanto,
uma coisa é certa, dinheiro não está faltando na Prefeitura de Campos.
CAGED: saldo líquido de emprego do estado do Rio de Janeiro de fevereiro de 2023 e de 2024
O
saldo líquido total da empregabilidade de fevereiro de 2024 em relação a
fevereiro de 2023, no estado do Rio de Janeiro aumentou 23,06%, conforme se
observa no gráfico, segundo o CAGED.
Os
segmentos econômicos que mais empregaram em fevereiro de 2023 foram: o de serviços, a
construção civil e a indústria. E em fevereiro deste ano, o destaque também ficou
com os mesmos segmentos do ano de 2023.
Já
a atividade comercial do estado anda mesmo retraída quando assunto é geração de
empregos, tanto em fevereiro de 2023 como também em 2024.
Portanto,
a situação do comércio é bastante delicada.
CAGED: saldo líquido do emprego de fevereiro de 2023 e 2024 de São João da Barra (RJ)
O
gráfico apresenta o saldo líquido dos segmentos econômicos da economia de São
João da Barra (RJ), de fevereiro de 2024 em relação a fevereiro de 2023,
segundo o último CAGED.
Como
se pode observar, em fevereiro de 2024 ocorreu encolhimento na geração de emprego
formal da economia sanjoanense em comparação ao mesmo período do ano passado,
no que tange ao saldo líquido total. Puxado pelo setor da construção civil que
abriu apenas 129 postos de trabalho, em fevereiro, ao contrário de fevereiro de
2023, quando esse segmento criava 333 empregos com a carteira assinada.
Portanto,
na economia portuária de São João da Barra, a contratação do setor da
construção civil determinou o aumento e a diminuição do emprego, tanto em
fevereiro de 2023 como em fevereiro de 2024. É isso aí.
CAGED: saldo líquido do setor de serviços dos municípios de Campos, de Macaé, de São João da Barra e de Rio das Ostras de fevereiro de 2023 e de 2024
No
CAGED publicado na semana passada, no que diz respeito ao quantitativo de
empregos criados no setor de serviços. O município de Campos em fevereiro de
2024, liderou a abertura de vagas, ultrapassando até mesmo a pujante economia
do petróleo macaense, conforme os dados do gráfico.
Já
no mesmo período do ano passado, Macaé, abriu mais postos de trabalho no setor
de serviços, quando comparado aos demais munícipios.
Portanto,
pode-se dizer, a economia de serviços regional continua na sua trajetória de expansão
das contratações no mercado de trabalho formal.
CAGED: saldo líquido de emprego de fevereiro de 2023 e de 2024 da economia de Campos
No
mês de fevereiro de 2024 em relação a fevereiro de 2023, o mercado de trabalho
formal da economia de Campos dos Goytacazes (RJ), ampliou o número de
contratações, puxado pelo setor de serviços, em 158,37%, segundo o CAGED. O
saldo líquido total em 2023 foi de 209 postos de trabalho e em fevereiro deste
ano de 540 empregos. Uma boa notícia para a cidade.
Valores dos royalties do mês de março de 2024 em valores nominais - (R$ - em Milhões)
Depositado
hoje na conta das prefeituras produtoras de petróleo do estado do Rio de
Janeiro, pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), os royalties do mês de março
de 2024. Tanto dos municípios da bacia de Campos, como os pertencentes à bacia
de Santos, como é o caso, de Marica, Niterói e Saquarema. O dinheiro não está
faltando, como se pode ver no gráfico.
O Núcleo de Pesquisa Econômica do Rio de Janeiro (NUPERJ/UENF) divulgou os índices de dinâmica econômica local dos municípios da região Norte Fluminense, correspondente à movimentação de 2022. Segundo o coordenador do NUPERJ, professor Alcimar das Chagas Ribeiro, a dinâmica econômica regional melhorou em relação a 2021, em função do retorno da estabilidade na economia pós Covid 19. Os municípios de São Francisco de Itabapoana e Campos dos Goytacazes apresentaram um melhor desempenho comparativamente aos outros municípios da região.
São Francisco de Itabapoana saiu da oitava para a primeira posição com evolução incremental de 77,3% do índice médio, em decorrência do forte crescimento do investimento público; da evolução proporcional do emprego no comércio frente ao emprego total; do aumento proporcional das operações bancárias frente ao ativo/passivo total e da retração do grupo de vulnerabilidade social. O índice alcançado de 1,1435 se enquadra no padrão de alta dinâmica econômica.
Campos dos Goytacazes saiu da sexta para a terceira posição com evolução incremental de 19,8% do índice médio, em decorrência da evolução do investimento público, da movimentação bancária e da redução do nível de vulnerabilidade social. Com isso, o índice médio atingiu 0,8749, levando o município a ocupar um padrão de alta dinâmica econômica.
São Fidélis completa o grupo de municípios com o padrão de alta dinâmica econômica. O município atingiu uma evolução incremental de 4,77% em 2022, com base em 2021, mas perdeu a primeira posição, ocupando agora a segunda posição com o índice médio de 0,8924. A importância relativa do emprego no comércio, a movimentação bancária e o crescimento do investimento público, foram responsáveis pelo padrão de dinâmica econômica local. Já o índice de Cardoso Moreiras desacelerou de 0,8169 em 2021 para 0,800 em 2022, caindo para o padrão de dinâmica econômica moderada no mesmo ano.
Carapebus e Quissamã também apresentaram desaceleração em seus índices em 2022, porém mantiveram o padrão de dinâmica econômica moderada. Completa o grupo os municípios de Macaé e São João da Barra. O primeiro atingiu o índice 0,6928 e o segundo o índice de 0,6460 de dinâmica econômica moderada.
Com exceção de Quissamã e Cardoso Moreira, os outros sete municípios apresentam evolução no nível de investimento público, enquanto todos apresentaram queda acentuada na condição de vulnerabilidade social.
O índice de movimentação bancária foi importante na melhoria do índice médio, já que em 2022 o valor do Ativo/passivo bancário suprimiu as contas de compensação contabilizadas em 2021. Com isso, a participação relativa de crédito e depósitos avançou em todos os municípios da mesorregião.
Os dados mais abertos podem ser encontrados no site do Nuperj/UENF
Novo índice busca corrigir distorções
O Índice de Dinâmica Local (INDEL) foi criado pelo NUPERJ para corrigir distorções geradas pelos demais indicadores, que na maioria das vezes não refletem a real situação econômica dos municípios. Ele espera que o índice possa ajudar os municípios na formulação de políticas públicas.
— O INDEL mostra muita coisa que não se consegue com os índices tradicionais, voltados para o desenvolvimento. Eu fugi dessa tradição e classifiquei como dinâmica econômica. Porque desenvolvimento é uma coisa muito complexa — explica Alcimar.
Ele cita como exemplo os municípios de São João da Barra e Macaé, que têm alto número de empregos em virtude do Porto do Açu e da Petrobras, respectivamente. No entanto, grande parte dos empregados não vivem nos municípios. Desta forma, os salários não têm um peso na dinâmica econômica local.
— Então esses índices são questionáveis, por isso que eu fugi disso e vim pra dinâmica econômica. O que eu quero saber é o seguinte: das entradas de recursos, o que é na verdade fixado. É como se fosse uma produtividade. Então selecionei varáveis que indicam exatamente isso — comenta Alcimar.
O INDEL utiliza cinco variáveis: investimento público municipal (o percentual que o governo municipal gasta em cima das receitas do mês), o valor arrecadado através do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), o histórico de emprego e renda no comércio, a movimentação bancária e a vulnerabilidade (diferença entre o grupo de pessoas assistidas pelo governo em relação ao grupo de pessoas aptas ao trabalho).
Perfil da pobreza em Campos dos Goytacazes (RJ) em fevereiro de 2024
Segundo
o Ministério da Cidadania do Governo Federal, o município de Campos dos Goytacazes
(RJ), possuía no mês de fevereiro de 2024, o total de 230.558 pessoas no CADÚNICO.
São aqueles campistas cadastrados em situação de vulnerabilidade social, necessitando,
então, de algum tipo de transferência de renda do ente público.
Sendo
que, desse total, 147.250 pessoas, ou 64%, encontram-se em situação de pobreza.
O quantitativo de 47.163 pessoas são consideradas de baixa renda, ou 20% e o
numerário de 36.145, ou 16%, são os que ganham acima de meio salário mínimo.
Portanto,
pode-se concluir, em face dessa triste realidade da pobreza de Campos, se 16%
das 230.558 pessoas estão acima de meio salário mínimo, então, 84% auferem
renda abaixo de meio salário mínimo. O que é muito grave e chocante.
Arrecadação do ICMS de janeiro a dezembro de 2022 e de 2023 em valores nominais - (R$ - em Milhões)
A
arrecadação do ICMS dos municípios de Campos, de Rio das Ostras e de São João
da Barra, no exercício fiscal de 2023 em relação a janeiro a dezembro de 2022, reduziu,
exceto no caso de Macaé, onde se observou um pequeno crescimento de 2,23%. Tais
dados foram retirados do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO),
encaminhado ao TCE-RJ.
Por
fim, importa destacar, Rio das Ostras apresentou a maior queda arrecadatória,
conforme os números registrados no gráfico. É desse jeito.
CAGED: saldo líquido do setor de serviços de janeiro de 2023 e de 2024
O
setor de serviços dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de
São João da Barra, elevou o número das contratações formais, no mês de janeiro
de 2024 em relação a janeiro de 2023, segundo o último CAGED.
A economia
de Campos, como se pode observar no gráfico, apresentou o maior número de
trabalhadores admitidos em janeiro de 2024. Portanto, mais empregos sempre é
bom, ainda mais, quando ele é de carteira assinada.
RANKING DO SANEAMENTO DE 2024 dos municípios do estado do Rio de Janeiro (RJ)
Em
março de 2024 – O Instituto Trata Brasil (ITB), em parceria com GO Associados,
publica a 16ª edição do Ranking do Saneamento com o foco nos 100 municípios mais populosos do Brasil.
Para produzir o ranqueamento, foram levados em consideração indicadores do Sistema
Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano-base de 2022, publicado
pelo Ministério das Cidades. Esta redação foi retirada do endereço, (https://tratabrasil.org.br/ranking-do-saneamento-2024/).
Todavia,
o que mais chama atenção dentro desse relevante estudo sobre saneamento básico,
onde nós separamos dos 100 mais populosos municípios brasileiros, os que pertencem
ao estado do Rio de Janeiro (RJ), e, com isso, verificamos os piores
resultados, no nosso estado. Eles ficaram com Campos dos Goytacazes (RJ) que perdeu 10 posições no ranking e Belfo
Roxo (RJ), que perdeu 11 posições,
conforme está registrado na coluna da tabela, denominada de variação do ranking.
Em
face dessa pesquisa, chega-se a conclusão, especificamente, no caso da nossa
cidade. A empresa responsável por entregar a população campista um serviço de alta
qualidade, no que tange, ao saneamento básico, o Consórcio Águas do Paraíba, demonstra claramente, a sua
ineficiência. Pois, o município de Campos, piorou 10 posições no ranking de
2024 em relação a 2023, numa cidade onde a aludida empresa cobra da população campista
tarifas exorbitantes, do ponto de vista financeiro. Então, está na hora do
poder concedente, no caso a Prefeitura de Campos, na pessoa do prefeito Wladimir Garotinho, exigir da
concessionária, uma prestação de serviços pautada na eficiência e na qualidade
a sociedade campista. Chega de lucros astronômicos a expensas do consumidor
campista e serviços de quinta categoria.
CAGED: saldo líquido da construção civil de janeiro de 2024
A construção
civil de janeiro de 2024 dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras
e de São João da Barra, eliminou postos de trabalho, demonstrando, com isso,
que o setor iniciou este ano, desaquecido. A economia de Macaé foi a que mais
demitiu, conforme registro do gráfico. Infelizmente.
CAGED: saldo líquido do emprego da economia de São João da Barra (RJ)
No
CAGED de janeiro de 2024 publicado na semana passada, a economia de São João da
Barra eliminou 112 empregos com a carteira assinada, demonstrando, assim, um
pequeno desaquecimento. O segmento econômico
da construção civil apresentou o maior número de trabalhadores demitidos, conforme
se pode observar os dados do gráfico.
Ao
contrário do mês de janeiro de 2023, quando o saldo líquido ficou positivo no
patamar de 374 empregos, puxado pelo setor da construção civil que criou 120
postos de trabalho e o setor de serviços, cujo quantitativo de empregos atingiu
o patamar de 188 vagas. O que deixa claro, o mês de janeiro de 2023 os dados da
empregabilidade foram bem melhores do que os do início deste ano.
Por
fim, importa salientar, estamos apenas no começo do ano de 2024, tudo indica, neste
ano, como no ano passado, a economia brasileira se manterá aquecida. Com
reflexos diretos, na economia portuária de São João de Barra e na de petróleo,
da cidade de Macaé. A região Norte do estado do Rio agradece.
Emprego formal desacelera na região Norte Fluminense em janeiro, com relação a dezembro. Foram eliminadas 254 vagas de trabalho em janeiro na região, com forte participação de Macaé que eliminou 319 empregos. São João da Barra vem logo a seguir com o indicador de 112 vagas de emprego eliminadas, enquanto Campos contribuiu positivamente com a criação de 152 vagas de emprego no mês.
Setorialmente, considerando os principais municípios geradores de emprego na região (Campos, Macaé, São João da Barra e São Francisco de Itabapoana), somente os setores de serviços com 540 novas vagas de trabalho e a indústria com 78 vagas criadas contribuíram positivamente, enquanto a construção civil eliminou 673 vagas e o comércio eliminou 192 vagas em janeiro.