sexta-feira, 28 de abril de 2017

MUNICÍPIOS DA BACIA PETROLÍFERA DE CAMPOS ARRECADAM POUCO IPTU



 2016/2015
  
IPTU DOS MUNICÍPIOS PETROLÍFEROS -CAMPOS, MACAÉ, R. DAS OSTRAS E S. JOÃO DA BARRA- VALORES REAIS -INPC (IBGE)



Os municípios da bacia petrolífera de Campos, ao se analisar o gráfico acima, juntamente, com a sua tabela de registro dos valores arrecadados do IPTU do ano de 2016 comparado com o ano de 2015, deixam muito a desejar.

Estes números demonstram cabalmente a ineficiência do aparelho Fiscal, a Secretaria de Fazenda, de cada um dos municípios analisados. Ou até mesmo a falta de responsabilidade e visão estratégica administrativa, por parte dos prefeitos que geriram esses municípios nos últimos anos, quando havia expressiva arrecadação dos royalties e das participações especiais. Achavam, talvez, que o ciclo do petróleo, conseqüentemente, as suas indenizações seriam eternas. Por conta disto foram reticentes, no que tange, ao melhoramento da arrecadação própria municipal.

O município de Campos e o de Macaé, principalmente, são os municípios que poderiam ter na fonte de receita do IPTU, uma excelente arrecadação, em função do elevado estoque de imóveis e terrenos urbanos de alto valor e de qualidade.

No caso do município de Rio das Ostras e no de São João da Barra, a despeito de terem estoques de imóveis portentosos passíveis da cobrança do IPTU, são, todavia, numa quantidade significativamente inferior aos quantitativos existentes no município de Campos e no de Macaé. Isto não justifica a baixa arrecadação da receita própria.


Enfim, os municípios petrolíferos abandonaram as suas arrecadações para viverem das rendas do petróleo. Infelizmente, elas acabaram, agora, os atuais prefeitos serão obrigados a buscarem receitas, exatamente, numa conjuntura adversa e de crise econômica. Desafio nada fácil!

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Retificação dos Valores Emprestados as Empresas de Ônibus de Campos via FUNDECAM pelo Governo Rosinha.



PEDIDO DE DESCULPAS A POPULAÇÃO

Retificação dos Valores Emprestados as Empresas de Ônibus de Campos via FUNDECAM pelo Governo Rosinha.




Os valores emprestados as empresas de ônibus pelo governo da prefeita Rosinha não foi de R$ 100 milhões de reais. Mas, sim, de R$ 22 milhões.

O aludido valor não foi repassado diretamente às empresas de ônibus da cidade. Foram pagos diretamente pelo FUNDECAM aos fornecedores, NEOBUS e a VOLKSWAGEN, referentes a oitenta e cinco ônibus com ar condicionado e acessibilidade.  

Entretanto, ainda não sabemos se os empresários de ônibus estão pagando em dia o empréstimo contraído junto ao Fundo de Desenvolvimento de Campos, a uma taxa anual de 6% ao ano.

Uma coisa pode-se afirmar a aquisição de ônibus novos e com ar condicionado não representa a modernização do setor de transporte coletivo de Campos. O caos no transporte público da cidade constitui uma realidade. A população campista continua carente deste serviço. Sofrem nos pontos de ônibus, esperando pelo coletivo em busca de deslocamento rápido e eficiente com destino as suas atividades cotidianas.

Outro aspecto deve ser abordado. Existem vários bairros do município que não possuem linhas de ônibus. Está na hora do prefeito Rafael Diniz, cobrar dos empresários de ônibus, a contrapartida dos serviços prestados a sociedade de Campos. O FUNDECAM fez a parte dele. Os empresários devem fazer agora a sua. O dinheiro emprestado a taxa de juros de 6% ao ano sem correção tem um custo financeiro extremamente baixo, comparado, com as demais taxas praticadas no mercado financeiro do país. Assim esperamos!    



quarta-feira, 26 de abril de 2017

ISS DAS ECONOMIAS PETROLÍFERAS



ARRECADAÇÃO DO ISS DOS MUNICÍPIOS DE CAMPOS, MACAÉ, R. DAS OSTRAS E S. JOÃO DA BARRA -  2016/2015 - VALORES REAIS -INPC (IBGE)

Fonte: TCE-RJ

Através da arrecadação do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza o (ISS), registrado no gráfico e na tabela acima, observa-se, a economia macaense indubitavelmente constitui-se na condição de economia do petróleo do Norte Fluminense, como bem afirmou o economista Mauro Osório professor da (UFRJ). As demais estão caracterizadas como economias petrorrentistas.   

Em virtude da base da Petrobrás se encontrar localizada em Macaé, o poder de encadeamento das operações econômicas e financeiras desta empresa, impacta de forma positiva nos diversos segmentos econômicos implantados no município, que prestam diretamente ou indiretamente algum tipo de serviços à estatal. Conseqüentemente, os reflexos na arrecadação da Prefeitura Municipal de Macaé, são os melhores possíveis, como se constata no ano de 2015, quando a arrecadação do ISS atingiu o patamar de R$ 773 milhões e no ano de 2016, em decorrência da retração econômica do setor do petróleo, juntamente, com as ações promovidas pela Lava Jato, no combate a corrupção desenfreada na aludida empresa, ocorre uma redução de 22,66%. Importa salientar dentro deste contexto, a prefeitura macaense, soube modernizar o seu aparelho fiscal.

Em relação às economias de Campos, de Rio das Ostras e de São João da Barra, as rendas do petróleo não foram capazes de produzir um processo dinâmico no sistema econômico. Não foram aplicadas com a devida finalidade de atrair as atividades econômicas, no sentido, de se oferecer um viés diversificador.

Por conta deste cenário, conjugado, a ineficiência do aparelho fiscal das Secretarias de Fazenda dos municípios recebedores de rendas do extrativismo mineral, o resultado na arrecadação do ISS foi muito ruim. Ao olhar o gráfico e a tabela, percebe-se, as arrecadações do ISS das prefeituras de Campos, de R. das Ostras e a de S. João da Barra se assemelham.

No caso específico de Campos, o maior recebedor das indenizações de petróleo da região, o referido imposto deveria ter tido uma arrecadação bem melhor. Derivado dos investimentos realizados pela atividade de construção civil, tanto por parte do setor público, como por parte da iniciativa privada. Tudo indica que os gestores públicos que passaram pela prefeitura de Campos não quiseram incomodar o contribuinte. O potencial de arrecadação sempre existiu no município de Campos. Incomparavelmente com o da economia do petróleo de Macaé. Esta constitui a nossa realidade.       

terça-feira, 25 de abril de 2017

REFORMA ADMINISTRATIVA DO GOVERNO DINIZ



Governo Diniz e a Reforma Administrativa

O prefeito Rafael Diniz solicita oportunamente dos seus secretários e dos seus superintendentes, a finalização, da urgente e necessária reforma administrativa da Prefeitura Municipal de Campos.

Importa salientar, nos últimos anos a prefeitura, em razão da farta oferta das rendas petrolíferas, elevou significativamente a sua capacidade instalada, de forma irracional e sem planejamento das suas ações administrativas. Os administradores ocupantes do cargo de gestor municipal do ano de 1999 ao ano de 2016 tiveram a sua disponibilidade o quantitativo financeiro de apenas uma fonte de receita, os royalties e as participações especiais, mais de R$ 18 bilhões em caixa. Algo esplendoroso para um município de apenas aproximadamente quinhentos mil habitantes.

Em decorrência da imensa quantia, os verdadeiros e sucessivos absurdos foram cometidos ao longo do aludido período da história do ciclo do petróleo. A guisa de exemplo, a farra dos shows praticadas pelos prefeitos, as suas esposas e assessores inescrupulosos. As indecentes desapropriações, via de regra, de residências de pessoas ligadas ou amigas do poder. O Fundo de Desenvolvimento de Campos o (FUNDECAM), se transformou no show do milhão. Os recursos financeiros, cuja finalidade, era o de diversificar a economia campista se volatilizou de forma impiedosa. Inclusive, até recursos destinados a financiar a Escola de Samba, a Imperatriz Leopoldinense no carnaval do Rio de Janeiro saiu do tesouro municipal. Eram tempos de muita fartura e desperdício do dinheiro público.

Todavia, a conta chegou. O que já era discutido e estudado por vários pesquisadores de várias instituições de pesquisas de Campos, se confirmou. Os recursos acabaram sem que a justiça intergeracional fosse realizada. Como mais saúde, mais educação, mais transporte público de qualidade. Nada disso existe no atual cenário urbano de Campos. Certamente, não foi por conta da falta de dinheiro.   


Agora, ilustre prefeito de Campos, Rafael Diniz, sobrou para vossa excelência à ressaca dos áureos tempos. Por conta da irresponsabilidade dos gestores públicos municipais do passado, o povo de Campos, cansou, perdeu a paciência em razão de tantos desmandos, por conta disto, elegeu vossa excelência no primeiro turno das eleições do ano de 2016, com a votação expressiva de mais de 150 mil votos. 

Acreditando no seu potencial agregador de fazer política, deposita no seu governo a esperança de promover a ruptura, do anacrônico modelo oligárquico de fazer política vigente na Planície dos Índios Goytacazes. Neste sentido, legitima através do instituto do voto, as devidas medidas referentes às reformas seja a do âmbito administrativo, a do âmbito fiscal e a tributária. Como conseqüência, colocar, efetivamente, o município no patamar da honradez e da eficiência da implementação das políticas públicas libertadoras, tão esperadas pela população campista.  A torcida é grande!   






segunda-feira, 24 de abril de 2017

O perigo do rosto novo na política ronda o mundo. Serão os novos arautos trazendo as velhas mensagens?


Negação da Política




Ontem dia 23 de abril de 2017, o mundo, presenciou a ascensão do candidato ao cargo de presidente da França, Emmanuel Macron, conduzido ao segundo turno das eleições, com a expressiva chance de vitória. O ilustre candidato de trinta e nove anos, considerado a novidade do processo eleitoral francês, soube captar de forma eficaz o anseio da sociedade francesa por um rosto novo na vida pública.  Apresentou-se como alternativa à direita e a esquerda, defendo as propostas de liberalismo social e econômico.

Este fenômeno eleitoral parece, não está distante da realidade brasileira, sobretudo, na atual conjuntura degradante da política vivida pelo nosso país. Nas últimas eleições municipais, do ano passado, o povo brasileiro elegeu vários candidatos de rosto novo, seja nas pequenas cidades, como nos municípios de grandes capitais.

 A população talvez tenha cansado não propriamente da política partidária, mas sim, a maneira antiga e caquética de se exercer uma das mais nobres ciências, a Ciência Política. Através da prática nefasta do aparelhamento excessivo do Estado pelas oligarquias regionais, cujo objetivo único, visa somente privilegiar os grupos econômicos, detentores dos interesses de auferir vantagens pecuniárias do orçamento público, em detrimento da população.

O fenômeno francês Macron, certamente não se pode descartá-lo, nas próximas eleições presidenciais e na de governadores de Estado, que ocorrerá no ano que vem.

Já temos em algumas das capitais brasileiras, aqueles candidatos que o marketing político os chamam de outsider (indivíduo que não pertence a um grupo determinado). Nos primeiros dias de suas administrações, se apresentaram fazendo malabarismos, como no caso clássico, o do prefeito de São Paulo, João Dória, vestido de gari numa clara marquetagem no intuito de tentar passar à sociedade paulista, a imagem do personagem trabalhador, o humilde e amigo do povo. Mas, sorrateiramente, costurou os acordos devidos e necessários com os vereadores representantes das forças reacionárias, no sentido de viabilizar as atuais e futuras ações administrativas. O perigo do rosto novo na política ronda o mundo. Serão os novos arautos trazendo as velhas mensagens?     

sexta-feira, 21 de abril de 2017

CENÁRIO NO MERCADO DE TRABALHO DO PRIMEIRO TRIMESTRE DO ANO DE 2017/2016 APRESENTA MELHORA NA REGIÃO


1° TRIMESTRE -2017/2016
SALDO LÍQUIDO DO EMPREGO NOS MUNICÍPIOS DE CAMPOS, MACAÉ, S. JOÃO DA BARRA E R. DAS OSTRAS- MTE/CAGED  





















O Ministério do Trabalho e do Emprego/CAGED divulgou, ontem dia 20, o saldo líquido do emprego do mês de março de 2017 do país.

A presente análise se baseia no saldo líquido do emprego do primeiro trimestre do ano de 2017 comparando com o primeiro trimestre do ano de 2016, cujo foco, se restringe aos municípios de Campos, de Macaé, de R. das Ostras e de S. João da Barra.

Verifica-se, todavia, dentro deste recorte de tempo, o cenário do mercado de trabalho na região Norte Fluminense, relativo aos aludidos municípios começa apresentar melhoras. A despeito da retração econômica que ainda se vive no Brasil e na região.

No primeiro trimestre do ano de 2016 o município de Campos, eliminou 2.632 postos de trabalho formais, o município de Macaé 3.747, o município de Rio das Ostras 574 e o município de São João da Barra 132.

Já no primeiro trimestre do ano de 2017, a trágica realidade do custo social decorrente do desemprego, inicia-se, a sua trajetória de inversão da curva. O município de Campos destruiu apenas 853 empregos formais, o município de Macaé 2.154. Enquanto, os municípios de Rio das Ostras e o de São João da Barra encerram o trimestre atual com geração de empregos com a carteira assinada. Rio das Ostras com o saldo líquido do emprego positivo em 39 e São João da Barra com 85 empregos agregados a economia local. Bom sinal para a nossa região!

terça-feira, 18 de abril de 2017

PRINCIPAL RECEITA DA PMCG ROYALTIES E AS PARTICIPAÇÕES SOFREM QUEDA DE QUASE 50% EM 2016/2015


ICMS-ROYALT. e PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS-IPVA - VALORES REAIS INPC (IBGE)-2016/2015


Fonte: Prefeitura Municipal de Campos (RJ)

Ao se analisar o gráfico das receitas públicas arrecadada pela Prefeitura Municipal de Campos, no ano de 2016 em relação ao ano de 2015, constata-se, a maior receita da prefeitura, os royalties e as participações especiais, tiveram retração anualizada de 48,73% ou aproximadamente 50%. As perdas financeiras nesta fonte de receita são representativas, o que deixa claro, o município ainda se destaca como ente extremamente dependente desta relevante commodities mundial.

No que se referem as demais fontes de receitas, pode-se afirmar de acordo com os números apresentados, neste estudo, o exercício financeiro de 2016, não constituiu um ano de boa arrecadação, pelo contrário, a curva de arrecadação em relação ao ano de 2015 foi decrescente. Todas as receitas sofreram significativas perdas como se pode avaliar através do gráfico e da tabela acima. A recessão do ano de 2016 afetou sobremaneira e impiedosamente, as contas públicas do município de Campos.

O ICMS, a guisa de exemplo, teve redução na sua arrecadação do ano de 2016 em relação ao ano de 2015 de 31, 69%. O FPM e o IPVA, também, ficaram no vermelho no âmbito das suas receitas. O FPM perdeu 12,35% e o IPVA 12,91%, isto é, apenas no período de um ano.

Vamos torcer para que o exercício fiscal de 2017, com a possibilidade no cenário macroeconômico da economia nacional, da retomada do crescimento econômico. Os seus reflexos positivos recaiam sobre o tesouro municipal campista, juntamente, com a elevação do preço do barril do petróleo, estacionado, hoje, no mercado internacional em 50 dólares. Caso contrário a arrecadação da prefeitura de Campos no ano de 2017, ficará igual ou pior do que a do ano de 2016. Estamos na torcida por dias melhores!

segunda-feira, 17 de abril de 2017


Comparativo da Receita do IPTU, ISS, ITBI dos Exercícios Financeiros de 2016/2015 em Valores Reais INPC(IBGE)   


Fonte: prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes

Após a publicação da execução orçamentária e financeira da Prefeitura Municipal de Campos, do ano de 2016, pode-se, a partir destes números fazer uma análise comparativa entre os exercícios financeiros de 2016 e o de 2015, de forma anualizada, da receita própria municipal em valores reais.

Como se observa através do gráfico acima, a receita do IPTU do ano de 2016 teve ligeira elevação de 0,87% em relação ao ano de 2015.

No que tange a receita arrecadada do ISS, a queda dos valores arrecadados atingem a variação percentual de 8,48%. Esta variação reflete, todavia, o cenário recessivo que ora vive a economia brasileira e a economia municipal. Em virtude do ISS constituir um tributo que incide sobre a atividade de prestação de serviços, tanto das empresas como das pessoas físicas. O desaquecimento do sistema econômico local, obviamente, afeta de forma negativa esta receita decorrente das vendas de serviços.

O mesmo comportamento dependente do aquecimento da economia ocorre com o ITBI. Imposto que reflete o volume de negócios na compra e venda de imóveis no município. Como este setor sofre, também, desaceleramento das suas atividades a curva de arrecadação ficou negativa, porém, em percentuais irrisórios. Como se verifica, no ano de 2016 em relação ao ano de 2015, a queda percentual representou apenas 2,07%. Poderia ter sido maior em face do decadente quadro econômico, que hoje, aflige a nossa economia. Basta se locomover pelas ruas principais do centro comercial de Campos que se constata vários estabelecimentos econômicos fechando as suas portas por falta de compradores. Infelizmente!      

sexta-feira, 7 de abril de 2017

CONTAS DO 1º BIMESTRE DO GOVERNO RAFAEL DINIZ



PESSOAL E ENCARGOS X INVESTIMENTOS EM VALORES REAIS - INPC (IBGE) - 1º BIM 2017/2016

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos-RJ

O gráfico acima registra os valores executados financeiramente no orçamento de 2017/2016 de forma comparativa, referentes, as despesas com a folha de pessoal e os encargos sociais, juntamente, com as despesas dos investimentos. 

Observa-se, no que tange ao item folha de pessoal crescimento bimestral de 1,1% do ano de 2017 em relação ao ano de 2016. Esta elevação financeira reside no crescimento vegetativo da folha, fenômeno natural, relacionados às vantagens pecuniárias auferidas pelos servidores públicos estatutárias, como a guisa de exemplo, os valores dos triênios e de outros benefícios.

Em relação aos investimentos, classificados pela contabilidade pública, como despesa de capital, pode-se afirmar que no bimestre de 2017 em relação ao mesmo período de 2016, a retração foi significativa. A queda desta despesa relevante do ponto de vista da agregação de valor a economia local, chegou ao percentual de 95,35%. Fato que considero dentro da normalidade de um governo que se inicia.

As primeiras medidas, via de regra, tomadas pelo governante quando assume as suas funções administrativas, relacionam-se a suspensão de alguns dos pagamentos, tendo em vista a sua necessidade de tomar conhecimento dos pontos fortes e fracos que envolvem a administração. Logo, a primeira despesa a sofrer sacrifício ou suspensão provisória, diz respeito aos aportes financeiros na rubrica investimentos. Sobretudo, no caso da prefeitura de Campos, cujas contas públicas herdadas pelo atual governo estavam totalmente desequilibradas.

Com certeza, tudo indica, a partir das contas do segundo bimestre a curva dos investimentos começará a inverter a sua trajetória de decrescimento. São os votos do povo campista que acredita no grupo político que ocupa a administração municipal, nesta conjuntura de turbulência econômica e financeira nas diversas escalas de poder. 


terça-feira, 4 de abril de 2017


PREÇO DO BARRIL DE PETRÓLEO TIPO BRENT ATÉ ABRIL DE 2017

Fonte: Investing.com

O gráfico acima retrata o comportamento dos preços do barril do petróleo, circunscrito, ao período de janeiro de 2014 a abril de 2017. Tais preços foram coletados do Sítio da Investing.com, são cotados sempre no primeiro dia de cada mês.

Como se observa, o ano de 2014 representa o período em que os preços desta relevante commodities para o Brasil e o Norte do ERJ, considerado a região do petróleo, estiveram num patamar significativamente elevado, inclusive, as suas respectivas cotações ultrapassaram a casa dos 100 dólares, até o mês de setembro de 2014. Neste ano de prosperidade, o preço médio do barril chegou a 97,49 dólares.

No ano de 2015, o cenário econômico, sobretudo dos países e regiões dependentes do ouro negro, sentiram de forma veemente, a queda do preço do barril do petróleo. Neste ano o preço médio do barril chegou a 54,46 dólares.

No ano de 2016, a conjuntura do mercado petrolífero continuou desfavorável, tanto ao Brasil como também a região do Norte do ERJ. O preço médio do barril do petróleo, neste exercício financeiro, atingiu o seu nível mais baixo, quando chegou a 34,70 dólares em janeiro de 2016. Logo, obviamente, se recuperando nos meses subsequentes, como se pode ,verificar, através do gráfico acima e da sua tabela. O preço médio do ano de 2016 ficou em 46,16 dólares por barril.

Já nos primeiros meses do ano de 2017 o barril de petróleo se encontra ainda acima dos 50 dólares. A torcida que se faz é que este preço possa até julho de 2017, se aproximar dos 60 dólares por barril. Principalmente, no caso dos municípios petrorrentistas, cujo orçamento fiscal possui os royalties e as participações especiais como a sua maior receita pública. Infelizmente!

CONTAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DE 2017 DO GOVERNO RAFAEL DINIZ MELHORES DO QUE A DO MESMO PERÍODO DO GOVERNO ROSINHA


RECEITA TOTAL X DESPESA TOTAL DO PRIMEIRO BIMESTRE DE 2017/2016 EM VALORES REAIS - INPC (IBGE) 



Fonte: Prefeitura Municipal de Campos

Com base na execução orçamentária do primeiro bimestre do ano de 2017 em relação ao ano de 2016, verifica-se, a despeito da redução da receita total de 2017 em relação ao exercício financeiro do ano de 2016 em 12,52%, melhora, na gestão das contas públicas do município neste primeiro retrato bimestral do ano de 2017. Em virtude, talvez, do governo empossado em primeiro de janeiro de 2017, manter sob rígido controle, os gastos públicos que ficaram em R$ 237.664.819,90. 

No ano de 2016, como se observa no gráfico acima e na tabela, as contas da prefeitura, fecharam deficitariamente no patamar financeiro de R$ 19.514.232,00.  A receita totalizou R$ 319.006.704,15 e a despesa o valor de R$ 328.520.936,14. Ao contrário do que efetivamente ocorreu no mesmo período do ano de 2017, em que elas tiveram o saldo financeiro positivo em R$ 32.665.463,30. Com a receita total encerrando o bimestre em R$ 270.330.283,21 e a despesa em R$ 237.664.819,90.

Dentro deste contexto, relevante salientar, ocorre de acordo com o balanço orçamentário do primeiro governo do prefeito Rafael Diniz, publicado no Diário Oficial do dia trinta e um do mês de março de 2017, superávit nas contas públicas municipais.  Será que este comportamento, decorre do possível choque de gestão, que se inicia, na atual conjuntura da Prefeitura Municipal de Campos? Só o tempo poderá dizer. Vamos aguardar o resultado dos próximos balanços dos exercícios fiscais.     



domingo, 2 de abril de 2017

Jornal TerceiraVia, 02 de Abril de 2017




O FUNDECAM E O DESENVOLVIMENTO DE CAMPOS

 José Luis Vianna da Cruz, Lia Hasenclever, José Alves de Azevedo  Neto,



Assinam comigo José Alves Neto, autor de dissertação em que fez excelente pesquisa sobre o FUNDECAM-Fundo de Desenvolvimento de Campos dos Goytacazes, no mestrado da UCAM/Campos; e Lia Hasenclever, professora do mestrado e do doutorado da UCAM/Campos. O FUNDECAM, criado em 2001, com recursos dos royalties e participações especiais, visava atrair empresas e investimentos em tecnologia. Em 2006 criou-se, dentro dele, o FUNDECANA-Programa de Revigoramento da Lavoura de Cana de Açúcar. E, em 2011, criou-se o FUNDECAM Solidário, de Microcrédito, para micro e pequenos empreendedores. O FUNDECAM foi reivindicado, por parte da sociedade, como instrumento de fomento à diversificação da economia, em alternativa à dependência do petróleo. A proposta envolvia estudos, pesquisas, planejamento e controle social sobre as decisões. Revelou-se um órgão fechado, capturado por uma relação promíscua entre “empresários” e poder público. Foram projetos de fachada, na maioria dos casos. Alguns, para tomar dinheiro e se mandar. Ou para construir, com menos da metade dos recursos, e não funcionar. Ou, ainda, para construir, funcionar durante um tempo, e fechar. De 2002 a 2014 foram emprestados mais de 380 milhões de reais, em valores de 2013, dos quais mais de 32 milhões para o setor sucroalcooleiro. A maioria não pagou, o rombo é de algumas centenas de milhões de reais. A pesquisa de José Alves constatou que foi dinheiro jogado fora, com poucas exceções. O FUNDECAM Solidário foi a única estratégia que deu certo, apesar da timidez no volume de recursos liberados. O FUNDECAM tem a obrigação de se abrir para a sociedade participar das decisões. É necessário definir estratégia e plano de investimentos, com base em diagnósticos e prognósticos realistas, exequíveis, ambientais, que sejam a cara da região e que possam ter sustentabilidade. Há que se contemplar o campo da pesquisa, dos serviços, do desenvolvimento de produtos, visando recuperar atividades em que a região tem experiência, que possam gerar e/ou reforçar encadeamentos e integrar atividades regionais, buscando romper com a dependência de Grandes Projetos, como o Petróleo e o Açu, que, conforme os alertas de diversos pesquisadores de Campos, não interagem com as cidades e/ou as regiões, têm seus centros e sua lógica de decisões completamente desconectados da economia local/regional. Considerando a existência de 7 feiras e 246 barracas de produtos alimentícios da pequena produção local; das quatro cooperativas de catadores de recicláveis; dos milhares de trabalhadores de nível básico formados no IFF e em outras instituições, que podem prestar serviços e produzir bens, o Microcrédito e a Economia Solidária são as galinhas dos ovos de ouro do FUNDECAM. Mas, isso é para ser discutido e aperfeiçoado num conselho comunitário do FUNDECAM, aberto aos segmentos vinculados ao desenvolvimento econômico e social, aos estudos, planejamento e projetos. A participação é a especialidade da atual presidência do FUNDECAM.