Fonte: TCE-RJ
Através da arrecadação do Imposto
sobre Serviços de Qualquer Natureza o (ISS), registrado no gráfico e na tabela acima,
observa-se, a economia macaense indubitavelmente constitui-se na condição de economia
do petróleo do Norte Fluminense, como bem afirmou o economista Mauro Osório
professor da (UFRJ). As demais estão caracterizadas como economias petrorrentistas.
Em virtude da base da Petrobrás se
encontrar localizada em Macaé, o poder de encadeamento das operações econômicas
e financeiras desta empresa, impacta de forma positiva nos diversos segmentos
econômicos implantados no município, que prestam diretamente ou indiretamente algum
tipo de serviços à estatal. Conseqüentemente, os reflexos na arrecadação da Prefeitura
Municipal de Macaé, são os melhores possíveis, como se constata no ano de 2015,
quando a arrecadação do ISS atingiu o patamar de R$ 773 milhões e no ano de
2016, em decorrência da retração econômica do setor do petróleo, juntamente,
com as ações promovidas pela Lava Jato, no combate a corrupção desenfreada na
aludida empresa, ocorre uma redução de 22,66%. Importa salientar dentro deste
contexto, a prefeitura macaense, soube modernizar o seu aparelho fiscal.
Em relação às economias de Campos, de
Rio das Ostras e de São João da Barra, as rendas do petróleo não foram capazes
de produzir um processo dinâmico no sistema econômico. Não foram aplicadas com
a devida finalidade de atrair as atividades econômicas, no sentido, de se
oferecer um viés diversificador.
Por conta deste cenário, conjugado, a
ineficiência do aparelho fiscal das Secretarias de Fazenda dos municípios recebedores
de rendas do extrativismo mineral, o resultado na arrecadação do ISS foi muito
ruim. Ao olhar o gráfico e a tabela, percebe-se, as arrecadações do ISS das
prefeituras de Campos, de R. das Ostras e a de S. João da Barra se assemelham.
No caso específico de Campos, o maior
recebedor das indenizações de petróleo da região, o referido imposto deveria
ter tido uma arrecadação bem melhor. Derivado dos investimentos realizados pela
atividade de construção civil, tanto por parte do setor público, como por parte
da iniciativa privada. Tudo indica que os gestores públicos que passaram pela
prefeitura de Campos não quiseram incomodar o contribuinte. O potencial de arrecadação
sempre existiu no município de Campos. Incomparavelmente com o da economia do
petróleo de Macaé. Esta constitui a nossa realidade.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário