sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Cenário econômico para o ano de 2022

 



O Fundo Monetária Internacional prevê crescimento econômico para a economia mundial de 4,9% em 2022. Puxado, todavia, pelas economias da China com a expansão do PIB de 5%, a dos Estados Unidos com 4% e a da zona do euro com 2,9%. No caso dessa última previsão, ela  foi realizada pelo Banco Central Europeu (BCE).

A despeito importa salientar, da variante do Covid-19, a Ômicron, ser considerada, atualmente, uma ameaça ao mundo, os organismos internacionais de estudos relacionados a economia reiteram que tais estimativas podem ser mantidas sem nenhum problema. Pois os países que hoje vivem o surto da aludida variante, já estão com recursos suficientes para combatê-la e não deixar que a maioria da população seja contaminada por ela.

Vindo agora para a América Latina. O crescimento econômico  do continente ficará em 2,9%, e infelizmente, no caso da economia brasileira, nesse contexto, poderá amargar em 2022 uma desagradável recessão, agravando, com isso, a crise econômica e social enfrentada por todos nós, cujos impactos são mais fortes sobre a população pobre, com a curva do desemprego se elevando, em decorrência da alta taxa de juros SELIC, onde tudo indica, ultrapassará em fevereiro a casa dos 10% ao ano.

Diante desse cenário desalentador, especificamente sobre o Brasil, resta à população do nosso país, torcer para que os números acima não se confirmem. E, o programa social de transferência de rendas do governo federal seja realmente eficaz na diminuição da fome e da miséria que voltaram impiedosamente.   

 


Royalties de dezembro já está na conta!

 

Royalties de dezembro de 2021



Já estão depositados na conta das prefeituras petro-rentistas do estado do Rio de Janeiro (RJ), os royalties referentes ao mês de dezembro de 2021. Os valores a cada dia se elevam mais.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Menos dinheiro na educação de Campos

 

Educação do município de Campos dos Goytacazes (RJ) de janeiro a outubro de 2020 e 2021 em valores nominais - (R$ - em Milhões)



A aplicação dos recursos orçamentários na área da Educação, do governo Wladimir Garotinho, conforme o Relatório da Execução Orçamentária encolheu de janeiro a outubro de 2021, 8,86% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em face desses números, pode-se dizer que, a gestão atual destinou menos dinheiro a esse relevante segmento da esfera pública municipal. Isso não é bom.


quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Os melhores salários da construção civil estão em Macaé

 

Salário médio nominal do setor da construção civil de 2018 a 2020 segundo a RAIS



O gráfico traz de acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), a evolução do salário médio nominal do setor da construção civil, dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, no período de 2018 a 2020.

E, com isso, pode-se dizer que, Macaé é o município com o maior salário médio na construção civil. Aliás, em todos os segmentos econômicos a economia macaense paga os melhores salários aos seus trabalhadores.

 

 


terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Maiores salários no setor de serviços de Macaé e de São João da Barra

Salário médio nominal do setor de serviços segundo a RAIS de 2018 e 2020



O gráfico apresenta de acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), a evolução do salário médio nominal do setor de serviços, considerando, nessa média salarial, também, as remunerações relativas aos servidores públicos estatutários, da esfera federal, estadual e da municipal,  dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, no período de 2018 a 2020.

Portanto, como se observa, os municípios de Macaé e de São João da Barra, possuem os maiores salários no setor de serviços da nossa região. O primeiro por conta do complexo de óleo e gás instalados no seu território e o segundo em razão, do Porto do Açu. São dois relevantes empreendimentos, que remuneram bem os seus trabalhadores, e com isso, todos saem lucrando.


Por Alcimar das Chagas Ribeiro

 

As contradições do discurso de proximidade com o conhecimento científico

Pesquisadores do mundo inteiro se dedicam a investigação sobre o tema entrepreurship (empreendedorismo), com foco na inovação, emprego e desenvolvimento econômico de países e regiões. Autores muito conhecidos como Schumpeter, Cohen, Levinthal, Davidsson, Eisenhardt, tem contribuições fundamentais.

Em Portugal, mais especificamente, na universidade de Aveiro, um projeto muito interessante denominado “Observatório do Emprego” ganha eficiência tratando dessas questões com um olhar para regiões mais fragilizadas, no sentido de fomentar novos negócios e fortalecer os empreendimentos existentes, a partir de parcerias importantes, conforme figura a seguir.

Já em Campos dos Goytacazes, cidade importante, porém com atraso acentuado nos aspectos culturais, políticos e econômicos, diferente do discurso propagado, ignora a ciência e prefere investir em palestras sobre as experiências de profissionais aposentados do esporte. Sem desqualificar esses profissionais, cuja importância no mundo do esporte tem extrema contribuição para o país, insisto que as nossas necessidades estão no âmbito do conhecimento cientifico. Palestras do tipo auto ajuda com chavões de grande impacto e outras “pirotecnias” não vão resolver os reais problemas que afligem toda a população, além de representar fuga de recursos importantes. Por que não dirigir esses esforços para a pesquisa cientifica nas universidades?

Apenas o setor de serviços de Macaé ainda não recuperou os empregos perdidos em 2020

 

Saldo líquido do emprego de janeiro a outubro de 2020 e 2021 do setor de serviços segundo o CAGED


Os números do último CAGED demonstram que o setor de serviços da nossa região de janeiro a outubro de 2021, começa a melhorar em relação ao mesmo período do ano passado, após a tempestade da pandemia do Covid-19.

Entretanto, apenas, o município de Macaé, ainda, não recuperou os empregos perdidos que chegaram ao total de menos 4.350 em 2020. De qualquer forma estamos diante de boas notícias.  


segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Na execução orçamentária de 2020 e de 2021 da prefeitura de Campos a amortização da dívida superou os investimentos

 

Execução orçamentária da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ) de janeiro a outubro de 2020 e 2021 em valores nominais - (R$ em Milhões)  



De acordo com o Relatório da Execução Orçamentária da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ) de janeiro a outubro de 2020 e 2021.

Foram gastos de folha e encargos R$ 686,954 milhões em 2020 e R$ 757,600 milhões em 2021, considerando, todavia, no valor da folha de 2021 a folha relativa aos cinquenta por cento do décimo terceiro deste ano.

De custei fixo (CF) e variável (CV), tais despesas totalizaram, respectivamente, R$ 559,078 milhões e R$ 505,404 milhões em 2020 e 2021. Estes valores representam o custo da máquina sem a folha.

Os investimentos chegaram a R$ 6,238 milhões em 2020 e em 2021 atingiram o patamar de R$ 2,320 milhões.

E, por último temos a amortização da dívida e os juros. Em 2020 foram amortizados 13,728 milhões e de juros foram pagos R$ 3,687 milhões e em 2021 a amortização foi de R$ 26,993 milhões e os juros de R$ 186,852 mil.

Portanto, essa é a realidade orçamentária e financeira de dez meses tanto de 2020 como também de 2021, da prefeitura de Campos.  



sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Comércio de Macaé paga o maior salário da região!

Evolução do salário médio nominal do comércio de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra de 2015 a 2020 segundo a RAIS



O gráfico apresenta de acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), a evolução do salário médio nominal do setor do comércio nos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra, no período de 2015 a 2020.

Como, pode-se observar, a economia macaense é a que possui o maior salário pago aos trabalhadores do comércio e a menor remuneração é a do município de São João da Barra. E a de Campos ficou na terceira posição.

Diante disso, conclui-se que, a remuneração do comércio campista, ainda é muito baixa, a despeito das grandes lojas e redes atacadistas instaladas no nosso município.  


O maior salário da economia de Rio das Ostras é o da indústria

Salário médio do município de Rio das Ostras de 2019 e 2020 segundo a RAIS  



De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), divulgada recentemente, separados, por grupamento de atividade econômica, de 2019 e de 2020, sobre a renda média do município de Rio das Ostras (RJ).

Verifica-se, todavia, que o segmento econômico que detém o maior salário médio é a indústria, tanto no ano de 2019 como, também no ano de 2020, por conta, do Distrito Industrial municipal implantado ao lado de Macaé. E, em segundo lugar nós temos o setor serviços em 2020 e em 2019 à construção civil ocupou a segunda colocação, conforme está registrado no gráfico.

Portanto, sem a indústria não se chega a nenhum lugar.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Maiores salários no município de Macaé

 

Salário médio do município de Macaé de 2019 e 2020 segundo a RAIS 



De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), divulgada recentemente, separados, por grupamento de atividade econômica, de 2019 e de 2020, sobre a renda média do município de Macaé (RJ), a sede da base econômica da Petrobrás, no Norte do estado do Rio de Janeiro (RJ).

Pode-se, observar no gráfico, os altos salários que são pagos, nos cinco segmentos econômicos, principalmente, na indústria e serviços. Estes dois ligados diretamente a Petrobrás, responsável por fomentar a economia do petróleo macaense, gerando, com isso, empregos bem remunerados e tributos.

Portanto, os números da RAIS sobre a economia de Macaé, deixa claro a importância de se ter no município uma base industrial, no sentido de agregar valor ao sistema econômico local. Tudo fica mais fácil.          


quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Ventos fortes do Porto do Açu elevam as rendas de São João da Barra

Salário médio do município de São João da Barra de 2019 e 2020 segundo a RAIS 



De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), divulgada recentemente, separados, por grupamento de atividade econômica, de 2019 e de 2020, sobre a renda média do município de São João da Barra (RJ).

Pode-se, observar no gráfico que, o setor com a maior renda em 2020 é a indústria, em segundo lugar vêm serviços e em terceiro a construção civil, todos eles  diretamente ligados,  ao empreendimento do Porto do Açu.

O mesmo fenômeno se verificou também no ano de 2019. A indústria atrelada ao porto liderou a remuneração média e os setores de serviços e a construção civil seguiram a mesma trajetória de crescimento.

Com isso, pode-se dizer diante desse cenário que, os salários pagos pela economia sanjoanense, em 2019 e 2020 estão bem superiores aos da economia de Campos, conforme estudo semelhante publicado ontem neste blog. Pois, a economia campista sobrevive, hoje, infelizmente, da dependência do extrativismo mineral (Petróleo), do extrativismo vegetal (Agricultura), e das baixas remunerações do comércio e do setor de serviços, cujas atividades agregam pouco valor ao sistema econômico local.

Portanto, os ventos oriundos do Açu através dos altos investimentos decorrentes do capital nacional e internacional estão embalando e elevando a remuneração média dos trabalhadores registrados pelas empresas portuárias. E dá-lhe Açu.

 


Assistência Social do governo Wladimir Garotinho com menos 21,95% de recursos aplicados

Execução orçamentária de janeiro a outubro de 2020 e 2021 da Assistência Social do município de Campos dos Goytacazes (RJ) em valores nominais - (R$ - em Milhões)



Segundo o Relatório da Execução Orçamentária da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ), encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), de janeiro a outubro de 2021 os gastos da Assistência Social reduziram 21,95% em relação aos realizados no mesmo período de 2020.

Portanto, no ano de 2021 onde a crise social do município de Campos, aumenta dia após dia, com pessoas inclusive, dormindo pelas ruas e se alimentando de lixo, o prefeito Wladimir Garotinho, aplicou menos recursos na área social.


terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Campos possui uma economia de baixos salários

 

Salário médio da economia de Campos dos Goytacazes (RJ) de 2019 e 2020 segundo a RAIS



De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), publicada recentemente, separados, por segmentos econômicos, de 2019 e de 2020, podemos constatar sem muita novidade, que na economia do município de Campos, as remunerações dos trabalhadores, ainda, são constituídas de baixos salários, como pode-se observar no gráfico.

O setor de serviços, por exemplo, é aquele que ostentou o maior salário médio, tanto em 2019 como também em 2020, por conta, dos salários dos servidores públicos estatutários, da esfera federal, estadual e da municipal, estarem somados ao da iniciativa privada.

E, o segmento de menor remuneração é a agropecuária, com um salário médio de R$ 1.493,17 em 2019 e de R$ 1.414,93 em 2020.

Portanto, diante dessa realidade, verifica-se que a economia campista, paga pequenos salários aos seus colaboradores. Infelizmente.


Por Alcimar das Chagas Ribeiro

 

Portos do Açu e Itaguaí mantém exportações concentradas em petróleo e minério em 2021

MDIC

As exportações pelos portos de Itaguaí e São João da Barra (Açu) acompanham o processo de desaceleração do comércio exterior do país, no segundo semestre do ano. Em novembro o porto do Açu exportou US$2,7 milhões com queda de 97,87% em relação a outubro, enquanto o porto de Itaguaí exportou US$153,0 milhões, valor menor 15,0% em relação ao mês anterior.

As exportações Itaguaí permanecem com concentração de 99,8% na movimentação de minério de ferro e o porto do Açu em São João da Barra com concentração de 97,0% na movimentação de petróleo bruto.

No período de janeiro a novembro de 2021, as exportações realizadas pelo porto do Açu em São João da Barra somaram US$972,1 milhões, valor equivalente a 29,89% do valor exportado pelo porto de Itaguaí.

Como podemos verificar o planejamento do porto do Açu para exportação de minério de ferro e para implantação de um distrito industrial diversificado parece bem distante.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Macaé criou 4.423 empregos com a carteira assinada na construção civil em dez meses de 2021 e São João da Barra destruiu mais de mil vagas

 

Mercado de trabalho da construção civil de janeiro a outubro de 2020 e 2021 segundo o CAGED 


Segundo os números do último CAGED, o mercado de trabalho da construção civil na nossa região, melhorou significativamente, principalmente, em Campos e Macaé, no período de janeiro a outubro de 2021, quando comparado ao mesmo período de 2020 conforme o gráfico acima.

Já, em São João da Barra, onde a conjuntura da empregabilidade da construção civil depende sempre das obras do Porto Açu, os números não são tão bons assim. Neste ano foram destruídas 1.084 vagas e no ano passado de janeiro a outubro, os empregos com a carteira assinada eliminados totalizavam o quantitativo de 1.698.

Por fim, no que diz respeito a Rio das Ostras, verificou-se, todavia, uma melhora das contratações, a despeito delas ainda estarem negativas. A guisa de exemplo, em 2021 o município perdeu 15 empregos e no ano passado onde situação era catastrófico, o quantitativo de demissões atingiu o patamar de 1.263 empregos formais. Portanto, essa é a realidade regional dos empregos nesse importante segmento econômico. 



sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Pesca do governo Wladimir Garotinho perdeu até outubro deste ano 70,28% do seu orçamento incial

 

Execução orçamentária da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca de janeiro a outubro de 2021 em valores nominais (R$ em Milhões)



Segundo os números da Execução Orçamentária da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ) de janeiro a outubro de 2021, publicado no Diário Oficial, do dia 01/12/2021.

A Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Pesca perdeu de orçamento em dez meses de execução, o total de R$ 3,869 milhões, o que representa 70,28%, do quantitativo da dotação inicial ou orçamento aprovado pelo Poder Legislativo, no ano passado, cujo valor ficou no patamar de R$ 5,506 milhões como está registrado no gráfico. E, de outubro a dezembro, ficou para implementar as políticas desse segmento importante, somente R$ 1, 636 milhões.

Assim, importa salientar no ensejo que, além da aludida Secretaria ficar com poucos recursos orçamentários para efetuar as suas políticas públicas, o atual responsável pela pasta, o professor Almir Junior, gastou até outubro, apenas o numerário de R$ 220,450 mil.

Diante disso, pode-se afirmar em face desses números que, talvez, a Agricultura, não seja, a prioridade do governo Wladimir Garotinho, como também não foi na gestão de Rafael Diniz. E, ainda, aqueles que acreditaram na possibilidade de retomada do desenvolvimento econômico de Campos, através do agronegócio fomentado pelo poder público municipal, devem está, sim, profundamente arrependido. O que se falou sobre ela no ano passado, na eleição de prefeito e vereadores e estamos vendo a partir de agora não passa de propaganda enganosa. Essa é a dura realidade municipal.   


Alcimar das Chagas Ribeiro, economista, professor da UENF e diretor do NUPERJ

 Núcleo de Pesquisa Econômica do Rio de Janeiro

Fragilidades da execução orçamentária no estado do Rio de Janeiro

Aprofundando o olhar sobre a execução orçamentária do estado do Rio de Janeiro nesse ano, podemos identificar alguns elementos contraditórios a atual euforia quanto a recuperação econômica do estado. Esses elementos chegam a ser preocupantes.

Inicialmente precisamos considerar que o avanço das receitas correntes no bimestre julho / agosto, que atingiu 67,34% em relação ao bimestre interior, se deu em condições especiais, contabilizado nas receitas patrimoniais. Conceitualmente essas receitas são provenientes de rendas oriundas de patrimônio pertencente ao ente público, tais como: alugueis, dividendos, compensações financeiras/royalties, concessões, entre outras. Por sua natureza não deve ser considerada para uso em despesas permanentes como custeio, já que podem cessar a qualquer momento. O mesmo acréscimo do quarto bimestre não se repetiu no quinto bimestre.

Desconsiderando esse ponto fora da curva, as receitas correntes/média desse ano atingiram R$5.740 milhões mês, valor maior nominalmente 8,9% em relação ao mesmo periodo do ano passado.

No contexto dessas receitas, as receitas tributárias (receitas próprias) se estabilizaram em torno de 62,16% das receitas correntes, ficando o restante a cargo das transferências constitucionais. A figura 1 a seguir apresenta o seu comportamento ao longo do ano.

Figura 1: Elaboração própria com base no SEFAZ-RJ.

 

Já no grupo das despesas, as de pessoal e encargos também apresentaram pouca variação se estabilizando na média em torno de 59,43% das receitas correntes. Vejam que estão no limite do parâmetro de 60% das receitas correntes liquidas definido pela Lei de Responsabilidade fiscal. A figura 2 a seguir mostra o comportamento das despesas com pessoal no ano.

 

Fonte: Elaboração própria com base no SEFAZ-RJ.

 

As receitas próprias são suficientes para pagar salários e encargos, mas não para pagar o restante do custeio (outras despesas correntes), conforme figura 3 a seguir.

 

Fonte: Elaboração própria com base no SEFAZ-RJ.

 

Aliás nesse grupo de despesas encontramos um problema. Enquanto as receitas próprias e as despesas com pessoal se mantiveram quase que estáveis no período, desconsiderando o ponto fora da curva do quarto bimestre, as outras despesas operacionais (custeio) se apresentaram mais “gulosas”. Essas despesas no valor de R$1.077 milhões, começam o primeiro bimestre com participação de 9,16% das receitas correntes e encerram o quinto bimestre com um valor de R$4.858 milhões e uma participação de 44,65% das receitas correntes no periodo.

Voltando as receitas não continuadas (intermitentes) como as ocorridas no quarto bimestre, essas devem ser alocadas em investimento, cujo natureza é atender objetivos intergeracionais e provocar o bem estar da população. Essa conta no balanço apresenta valores em crescimento, porém os montantes são irrisórios transformando os incrementos percentuais sem importância na análise. No periodo de janeiro a outubro desse ano, o valor de investimento (despesa de capital) somou R$631.492 mil equivalentes a 0,93% das receitas correntes.

Uma conclusão importante é que para um estado que precisa incentivar novas atividades econômicas e fortalecer as atividades existentes, objetivando uma maior dinâmica econômica com reflexos na arrecadação, um esforço de investimento nesse patamar é extremamente baixo e insuficiente para alcançar os seus objetivos. Faltam projetos que justifiquem a liberação dos recursos de capital disponíveis no âmbito do estado.

 

*Alcimar das Chagas Ribeiro, economista, professor da UENF e diretor do NUPERJ

 

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

No ano da recuperação econômica tem recessão técnica. Cadê o Posto Ipiranga?

 

Recessão técnica



O PIB do terceiro trimestre (julho, agosto, setembro) de 2021, divulgado hoje pelo IBGE, teve variação negativa de (- 0,1%) em face do PIB do segundo trimestre deste ano, que também ficou negativo. Configurando, assim, de acordo com a Ciência da Economia, numa recessão técnica.

O setor da agropecuária amargou a maior queda ficando em (- 8,0%), a indústria se manteve em (0,0%), o setor de serviços cresceu (+1,0 %), a formação bruta de capital fixo (FBCF) os investimentos encolheram (- 0,1%) e o consumo das famílias e do governo, respectivamente, aumentaram (+ 0,9%) e (+ 0,8%).  

Agora, quando se compara o PIB do terceiro trimestre de 2021 com o mesmo período de 2020, o ano da recessão de (- 4,0%) da economia brasileira, por conta da pandemia do Covid-19, observa-se, todavia, que ele cresceu (+ 4,0%), sobre uma conjuntura de desaceleração do sistema econômico. O que do ponto de vista estatístico tem pouca representatividade.   

Portanto, o cenário de retração acima, faz com que os agentes econômicos  refaçam as suas contas sobre o crescimento de 2021. Já que no início do ano, as previsões era de um PIB de mais de 5% e talvez ele fique em torno de 4% e olhe lá. Porque o Banco Central não abrirá mão de mais um aumento da SELIC, agora em dezembro, no intuito de tentar debelar a inflação. E os juros altos como todos nós sabemos depõe contra a expansão da economia. Aliás, eles travam o crescimento da atividade econômica. O que fazer, então, diante desse cenário paradoxal, se até o Posto Ipiranga encontra-se de tanque vazio?   


Gastos da Saúde de Campos em dez meses de 2021 já estão acima de meio bilhão

Execução orçamentária da Saúde do município de Campos dos Goytacazes (RJ) de janeiro a outubro de 2020 e 2021 em valores nominais - (R$ em Milhões)



Segundo os dados da Execução Orçamentária da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ), publicada no dia 1/12/2021, no Diário Oficial.

O governo Wladimir Garotinho gastou em dez meses do exercício fiscal de 2021 na Saúde o total de R$ 613,705 milhões. E, de janeiro a outubro de 2020, no governo Rafael Diniz, eles atingiram o montante de R$ 597,697 milhões.

Portanto, o crescimento da aplicação de recursos na Saúde campista em 2021 em relação a 2020 foi de apenas 2,68%.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Mais empregos com rendas menores




 

A economia do município de Campos dos Goytacazes (RJ) pelo décimo mês consecutivo de 2021 abriu postos de trabalho com a carteira assinada, de acordo com o CAGED publicado ontem, relativo ao mês de outubro.

No mês de outubro de 2021 o saldo líquido das contratações ficou positivo em 88 vagas, o que é muito bom para a cidade, tendo em vista, que o Brasil possui, hoje, mais de vinte milhões de desempregados, numa situação bastante delicada e vivendo da economia informal ou de auxílios governamentais.

Todavia, no ensejo, importa salientar que, os trabalhadores que estão empregados, enfrentam a problemática, na atual conjuntura, do aviltamento das suas rendas em decorrência da inflação e também em função dos baixos salários pagos, pelo setor produtivo nacional, devido à precarização do fator trabalho que a cada dia se eleva no Brasil.

E, particularmente, no caso da realidade do mercado de trabalho de Campos, o quadro da empregabilidade não fica tão diferente. Por sermos uma economia de serviços e de comércio, aqui também, existem as baixas remunerações, impedindo, com isso, a classe trabalhadora, de acessar os bens de alto valor agregado, como automóvel e o sonho da casa própria, dentre outros.

Portanto, a despeito do município está gerando empregos desde janeiro, é necessário que eles sejam de qualidade e possuam bons salários, pois só assim, todos sairão ganhando e não apenas, uma minoria de privilegiados, os  donos do capital.

A economia de Campos pelo décimo mês consecutivo gerou empregos com a carteira assinada

 

Saldo líquido do emprego do município de Campos dos Goytacazes (RJ) de outubro de 2020 e 2021- segundo o CAGED



De acordo com o último CAGED publicado no dia de ontem, o município de Campos dos Goytacazes (RJ), pelo décimo mês consecutivo do ano de 2021, abriu postos de trabalho. No total do mês de outubro de 2021 foram 88 e no mesmo período do ano passado o total era de 214.

Os segmentos econômicos que puxaram a empregabilidade agora em outubro foram os setores de serviços, o comércio e a construção, abrindo cada um deles, respectivamente, 147, 90, e 88 vagas.

Enquanto isso, a agropecuária em outubro de 2021 perdeu 28 empregos e a indústria destruiu 209, refletindo, com isso, o final da safra do setor sucroalcooleiro.

E, em outubro de 2020, o segmento responsável em deixar o saldo líquido positivo foi o comércio, por conta do reaquecimento da economia nacional e local, após os períodos de fechamento por conta do Covid-19.

Por fim, pode-se dizer que, a despeito da safra do setor canavieiro ter finalizado as suas atividades, a economia de Campos, continuou gerando empregos com a carteira assinada. Demonstrando, diante disso, a força do setor de serviços e do comércio, que a cada dia se fortalecem mais. O que é muito bom para nós.


Mais empregos!

 Por Alcimar das Chagas Ribeiro

A região Norte Fluminense gerou 802 vagas de emprego em outubro

A região Norte Fluminense gerou 802 novas vagas de emprego em outubro, retraindo 54,28% em relação a setembro. Macaé continua liderando com 1.299 vagas criadas, seguido por Campos dos Goytacazes com 88 vagas criadas e São João da Barra com 59 vagas criadas no mês. No acumulado do ano, foram geradas 15.498 vagas de emprego concentradas em 60,13% em Macaé; 28,89% em campos dos Goytacazes e 7,50% em São Francisco de Itabapoana.

Setorialmente, as atividades de serviços geraram 4.617 vagas, seguida pelas atividades de construção civil com a geração de 4.022 vagas e as atividades industrias com 2.686 vagas. A agropecuária gerou 2.059 vagas e o comércio gerou 1.520 vagas de emprego no acumulado do ano na região.

O estado do Rio de janeiro gerou 142.234 vagas de emprego no ano, enquanto o país gerou 2.645.974 vagas.