O gráfico mostra os
repasses da terceira participação especial de 2025, de forma detalhada. A
participação especial é uma compensação paga pelas empresas de petróleo aos
municípios em razão dos poços com maior rendimento.
No
caso de Campos e São João da Barra, como os campos já estão em fase de
esgotamento, somados à queda do preço do barril Brent e ao aumento do custo de
extração, a receita caiu de forma expressiva. Diferente de Maricá e Niterói,
que integram a Bacia de Santos, no pré-sal, com poços altamente produtivos, e
por isso receberam valores muito mais elevados.
Quanto
a Macaé, a compensação é reduzida porque os grandes campos da Bacia de Campos
não estão diretamente ligados ao município. A cidade arrecada mais com os
repasses mensais de royalties do que com a participação especial, em parte
devido às instalações da Petrobras situadas em seu território. Já Saquarema,
embora pertença à Bacia de Santos, ainda não possui campos de alta performance,
o que limita sua participação especial, restando os royalties mensais como principal
fonte, assim como em Macaé.
Por
fim, cabe destacar que, em Campos e São João da Barra, os poços de petróleo
estão nos últimos estágios. Ou seja, a Bacia de Campos caminha rapidamente para
o fim do ciclo do petróleo. Fica o alerta: atenção prefeitos de Campos e São
João da Barra, a fonte de recursos está se esgotando. Nesse cenário, a crise
fiscal e financeira de Campos tende a se agravar, com a continuidade dos
atrasos em obras, pagamentos a fornecedores e outros compromissos, mantendo a
economia local em estagnação.
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