quinta-feira, 2 de maio de 2019

Orçamentos milionários da área da saúde dos principais municípios da bacia de Campos, transforma o segmento num grande mercado de bens e serviços. Enquanto isso, a população padece nas imensas filas da unidades hospitalares. Até quando?

Orçamento executado da saúde de Campos, de Macaé, R. das Ostras e S. João da Barra de 2018/2017

Fonte: TCE/RJ

A área da saúde pública dos principais municípios da bacia petrolífera de Campos transformou-se num mercado de bens e serviços, de alto fluxo de renda e exponencial lucratividade. Por seu turno, sem a devida contrapartida proporcional, no que tange à prestação de serviços aos usuários e aos contribuintes, dessa relevante política pública, praticada de forma ineficiente e ineficaz pelos gestores, dos respectivos governos municipais.

A guisa de ilustração, no ano de 2017, o volume de renda que circulou no setor da saúde, desses quatro municípios analisados chegou ao patamar bilionário de R$ 1,347 bilhão e no ano de 2018 atingiu o valor de R$ 1,467 bilhão, o crescimento de 2018 em relação ao ano de 2017 foi de 8,95%, em termos nominais. Como se observa, um grande negócio, que atrai diversos empresários do ramo, de nacionalidade brasileira e estrangeira, como a guisa de exemplo, à indústria de remédios e afins.

Todavia, ao destacar-se, individualmente, tais orçamentos por municípios, no intuito de oferecer a sociedade, uma maior clareza dos números, verifica-se que, o município de Campos, no ano de 2017, teve o seu orçamento quantificado em R$ 697,762 milhões e em 2018, o quantitativo executado financeiramente resultou no valor de R$ 773,455. A elevação de um ano em relação ao outro chegou a 10,85%.

Em Macaé, no ano de 2017, o orçamento da saúde totalizou o numerário de R$ 470,762 milhões e no ano de 2018, a cifra de R$ 480,184 milhões, cresceu 2,13%.

No município de Rio das Ostras, o orçamento também representou um valor considerável. No ano de 2017 chegou ao patamar de 90,287 milhões e em 2018 ao valor de R$ 113,080 milhões.

No município vizinho de São João da Barra, com um pouco mais de trinta mil habitantes, o orçamento da saúde foi significativo.  No ano de 2017, chegou a R$ 88,993 milhões e em 2018 a R$ 101,035 milhões, o crescimento foi de 13, 53 %.

Assim, diante desse contexto, pode-se afirmar embasado nesses astronômicos orçamentos que, a área da saúde dos municípios da região, constitui-se, num grande e extraordinário negócio financeiro. Não é por acaso que, o segmento das empresas prestadoras de serviços e venda de remédios atrelados a administração pública na região, desconhecem qualquer tipo de crise econômica. Enquanto isso, a população padece de forma injustificável nas imensas filas de atendimentos dos hospitais públicos e contratualizados, por conta da precária prestação de serviços, dessas unidades de saúde. Lamentável.

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