Fonte: Orçamento da PMCG
O gráfico acima registra a capacidade
de investimento da Prefeitura Municipal de Campos, do ano de 2014 ao ano de 2017,
referente ao primeiro quadrimestre.
Como se observa, a capacidade de
investimento da PMCG de janeiro a abril de 2014 atingiu o patamar de 17,25%.
Neste período, a possibilidade da crise financeira, decorrente da queda do
preço do barril de petróleo, ainda não havia. O preço médio do barril neste
recorte de tempo analisado estava em 100 dólares. Vivia-se no município tempos
de prosperidade. Quando a partir do mês de setembro do ano de 2014, o preço do
barril de petróleo iniciou a sua trajetória de queda abaixo dos 100 dólares.
Como conseqüência direta desta
mudança de cenário no mercado mundial de commodities, sobretudo o de petróleo,
em virtude da elevação da oferta da produção americana de óleo, o preço médio
do petróleo de janeiro a abril de 2015 ficou em 59, 37 dólares. Os seus efeitos
foram devastadores sobre a curva de investimento da PMCG, conforme se verifica
no gráfico. Neste período a PMCG investiu apenas 3,89% da sua receita total.
O mesmo ocorrendo de janeiro a abril
de 2016, quando o preço médio do barril do petróleo estava em 39,61 dólares, os
investimentos continuaram em queda chegando, todavia, a 2,84% da receita total,
comportamento que evidencia a extrema dependência das rendas do extrativismo do
petróleo, por parte do município.
Como nada na vida é tão ruim que não
se possa piorar, ao analisar a capacidade de investimento da PMCG, no período
de janeiro a abril de 2017, o investimento, por parte do poder público
municipal não consegue fôlego financeiro suficiente, para atingir a 1% da
receita total municipal. Isto se deve também ao início do governo Rafael Diniz, obrigado a tomar várias medidas de cunho administrativo, dentre elas,
estavam à suspensão dos pagamentos das obras e serviços.
Infelizmente, a realidade da
conjuntura atual da prefeitura, de escassez de receita pública combinado a alta
despesa corrente, exigirá do seu gestor, precisão cirúrgica, no sentido de atacar
os gastos excessivos e desnecessários da máquina administrativa, caso
contrário, a sua administração será inviabilizada do ponto de vista financeiro.
Finalmente, não custa nada lembrar. A prefeitura
de Campos deixou de ser a “vaca profana de divinas tetas” há muito tempo.
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