Desemprego cai no
Brasil no trimestre encerrado em maio, segundo dados
divulgados hoje pelo IBGE, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD Contínua). Em abril, a taxa era de 6,6% e, em maio de 2025,
ficou em 6,2%. O que contraria a expectativa dos analistas de mercado, que
projetavam 6,3%. Apenas para lembrar, trata-se do menor índice registrado no
mês de maio e o segundo mais baixo de toda a série histórica iniciada em 2012.
Diante
desse levantamento, conclui-se que a política monetária de austeridade do Banco
Central (BACEN), ao elevar novamente a Selic, atualmente em 15% ao ano, está
sendo ineficaz no arrefecimento da atividade econômica. Isso porque o governo
federal não abriu e não abrirá mão da sua postura fiscal expansionista. Caso
seguisse o receituário da Faria Lima, dos banqueiros, desvinculando o salário
mínimo do reajuste dos aposentados, reestruturando o Benefício de Prestação
Continuada (BPC) e implementando cortes em áreas como saúde e educação, a desigualdade social no país certamente
cresceria de forma exponencial. Isso não ocorrerá.
O
que o governo Lula deseja, o Congresso Nacional, desmoralizado como está na
conjuntura atual, não aprova. Entre os pontos estão a redução dos supersalários
do Judiciário, dos militares e de outras categorias, bem como o corte nas
emendas parlamentares, que somente neste ano somam R$ 50 bilhões. Além disso, o
Congresso também se recusa a deliberar sobre a diminuição das renúncias
fiscais, que ultrapassam R$ 860 bilhões concedidos ao setor produtivo nacional.
Por
fim, é preciso destacar: o que esse Congresso Nacional, regiamente financiado
por uma minoria de agentes econômicos e políticos abastados, pretende é
eliminar de vez a parcela mais vulnerável da população brasileira. Isso é
inaceitável. Cortar políticas públicas voltadas à justiça social é simples.
Difícil mesmo é mexer nos privilégios do andar de cima, senhores deputados e
senadores.
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