O Conselho Nacional de
Política Energética (CNPE) aprovou hoje o aumento da proporção de etanol anidro
adicionado à gasolina, que passará dos atuais 27,5% para 30%, com vigência a
partir de 1º de agosto de 2025. Paralelamente, a medida também se aplica ao
óleo diesel, cuja mistura com biodiesel subirá de 14% para 15%.
A
iniciativa, proposta pelo governo Lula, busca atenuar os efeitos do atual
cenário geopolítico, especialmente diante das consequências da guerra entre
Israel e Irã, que podem impactar negativamente as importações de combustíveis.
Estima-se que o preço da gasolina poderá cair R$ 0,13 por litro. Essa redução
contribuirá para o controle da inflação e a recuperação do poder de compra da
população. O Brasil, sem dúvida, é uma potência em fontes renováveis e matriz
energética diversificada, o que é extremamente positivo.
Do
ponto de vista econômico, a elevação de 27,5% para 30% na mistura pode gerar
uma economia anual de R$ 760 milhões com importações de gasolina, além de
provocar um aumento de 1,5 bilhão de litros na demanda por etanol. O setor
sucroenergético deverá receber cerca de R$ 9 bilhões em investimentos.
Diante
desse novo contexto, quem certamente tem motivos para comemorar são os
usineiros do Centro-Oeste e do estado de São Paulo, regiões de destaque na
produção alcooleira. Com isso, espera-se mais empregos, renda para os
trabalhadores e maior lucratividade para os empresários do setor.
Por
fim, uma pergunta que não quer calar: será que o setor sucroalcooleiro de
Campos, que atravessa uma grave crise financeira, também será beneficiado por
essa decisão? Ou seguiremos, mais uma vez, apenas assistindo o cavalo passar selado?
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