quarta-feira, 21 de maio de 2025

Cresce o peso das dívidas no orçamento das famílias brasileiras

 

As dívidas dos brasileiros voltaram a ser um verdadeiro tormento para as famílias. De acordo com dados do Banco Central do Brasil (BACEN) de fevereiro de 2025, 27,2% da renda dos trabalhadores está comprometida com o endividamento.

Esse percentual se aproxima do índice registrado em julho de 2023, período em que o governo Lula lançou o programa Desenrola Brasil, com o objetivo de renegociar as dívidas da população e, consequentemente, permitir que essas pessoas voltassem a consumir bens e serviços. Como resultado, a economia do país foi dinamizada pelo aumento do consumo, algo que, inicialmente, parece ter ocorrido.

No entanto, agora a situação se reverteu e uma parte significativa do orçamento doméstico das famílias está novamente comprometida com dívidas. Por quê? A resposta é simples: o crescimento da concessão de empréstimos no segundo semestre de 2024, somado ao aumento da taxa básica de juros (Selic), que em 12 meses passou de 10,5% para 14,75% ao ano, o maior patamar em quase vinte anos.

Portanto, esse cenário é preocupante e reflete um dos efeitos negativos da política monetária restritiva do BACEN, que, ao tentar conter a inflação por meio do arrocho monetário, já está causando impactos adversos. Em outras palavras, o excesso de remédio pode acabar prejudicando o paciente. Será que é esse o quadro que enfrentamos atualmente?


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