Prefeita Rosinha e o Bode Expiatório
Infelizmente a prefeita de Campos, busca
justificar a falência financeira da prefeitura, em entrevista no jornal de
grande circulação da nossa cidade, utilizando o bode expiatório, denominado de crise
da queda do preço do petróleo. Pura falácia e demagogia por parte da ilustre
chefe do poder executivo local.
Importa lembrar a ilustre prefeita,
talvez, tenha se esquecido, no ano de 2014, ano eleitoral em que o seu nobre e
respeitado esposo se candidatou ao governo do Estado do Rio de Janeiro, em
busca de uma desvairada aventura que só ele acreditava, cujo final, acarretou
na sua derrota, logo, no primeiro turno. O orçamento previsto da prefeitura era
de R$ 2,4 bilhões de reais, completamente realizado. O barril do petróleo neste ano fiscal começou
a sua queda abaixo dos cem dólares, apenas, no mês de setembro de 2014.
Neste ano eleitoral, o desequilíbrio das
contas públicas da prefeitura, ocorreu não por decorrência da queda da receita
pública, mas sim, em virtude da explosão da despesa, eis que a receita foi
totalmente realizada como já salientado acima.
Em decorrência do fenômeno da despesa
desequilibrada, em novembro de 2014 o governo Rosinha, por imperativo da
desordem fiscal, recorre ao Banco do Brasil e contrai o empréstimo de R$ 304
milhões, sendo que R$ 250 milhões entraram de capital no caixa da prefeitura, R$
54 milhões ficaram retidos na fonte a guisa de pagamentos de juros, pela
prefeitura. Em razão deste recurso extraordinário,
o orçamento de 2014 atingiu o seu valor nominal de R$ 2, 750 bilhões. O maior
da história. Depois desta primeira
operação de crédito, foram contraídos mais dois empréstimos pela Caixa
Econômica Federal. Um de R$ 307.910.677,61 em dezembro de 2015, cujo valor dos
juros foram de R$ 107.910.677,61 e o outro R$ 562.000.000,00 em que o valor dos
juros atingiram o patamar de R$ 195.000.000,00. Somando-se todos os pagamentos dos juros chega-se
ao quantitativo total de R$ 356.910.677,61. Os valores dos três empréstimos totalizaram R$
1.173.910.677,61. Nada desprezível.
Ainda na sua entrevista, a prefeita
declara que as operações de créditos no mercado financeiro, são decorrentes do
Fundo de Recuperação dos Royalties. Não entendi. Que fundo de recuperação
inusitado é este, que deixará a prefeitura endividada por mais de uma década?
Será uma recuperação financeira às avessas prefeita?
“Outro ponto que merece destaque na
entrevista da grande “Administradora Pública”, diz respeito à afirmação de que
o comportamento dela equivale ao de” qualquer empresário em um momento difícil
de crise recorre aos bancos. Com a prefeitura é a mesma coisa”. Que piada
prefeita Rosinha! O empresário quando sofre qualquer queda de receita, o seu
primeiro movimento reside em ajustar as despesas à nova conjuntura de queda de
receita, via ajuste de custos da sua unidade econômica, coisa que o seu governo
foi incapaz de realizar. Apenas fez um ajuste fiscal padrão “garotista” no
intuito de dar satisfação à sociedade, além, de endividarem a prefeitura que
vocês indubitavelmente conseguiram quebrar. Em relação ao empresário, somente
em extrema necessidade recorre-se a rede bancária. Os juros serão pagos por ele
e repassados aos seus consumidores de bens e serviços. No caso da prefeitura o dinheiro é publico,
a despesa financeira constituirá em menos política pública para a população, ou
não?
Tanto não ocorreu o ajuste fiscal
necessário e devido, cortando na própria carne do seu governo, que a estrutura
administrativa da prefeitura continua com mais de 1.700 cargos de confiança.
Além do mais, vossa excelência não parou de contratar mão-obra através de RPAS,
recentemente, comprovado pelo Ministério Público, numa busca e apreensão em que
apreendeu folhas de pagamentos onde provam claramente que o seu governo, é
especialista em esbanjar recursos públicos. Triste realidade. Dizer que reduziu
25% dos custos dos contratos no final de 2014 não convence. Todos sabem que as
obras da prefeitura são e continuam sendo as mais caras do Brasil.
Diante deste lamentável quadro, posso afirmar
que a vossa excelência arranjou um bode expiatório, no sentido de justificar a
crise financeira que a prefeitura municipal de Campos, está enfrentando
hoje. Para vossa excelência tomar
ciência, acho que os seus assessores imediatos esqueceram de lhe dar esta
relevante informação. A prefeitura exclusivamente numa fonte de receita
royalties e as participações especiais recebeu de 1999 a 2016, R$ 18,5 bilhões.
Sem contar com as generosas arrecadações de ICMS, FPM, IPVA, ISS, IPTU, IPVA e
outras fontes de receitas correntes.
Faltou sim, não só, no seu governo
que fabricou a crise atual, cuja origem nasceu por conta da campanha a
governador do seu marido, mas, também dos seus antecessores, planejamento e
respeito ao dinheiro do contribuinte.
Dizer que o município de Campos não
sofreria com a atual crise financeira que arrebatou o mundo, começando em 2008
nos Estados Unidos, estaria faltando com a verdade como vossa excelência está
faltando. Apenas com o objetivo de eleger o seu candidato a prefeito. A
economia campista sentiria, sim, a crise econômico-financeira mundial. Só que
de uma forma menos traumática, isto, obviamente, se o fluxo de renda bilionário que a
cidade recebeu do ciclo do petróleo fosse transformado em riquezas. Fato que
deixou de ocorrer. Em relação à dívida da PREVICAMPOS a gente conversará em
capitulo à parte. Vamos parar de tentar
ofender a inteligência da população campista, sobretudo, dos mais pobres que
estão nas filas dos hospitais tentando ser atendidos e não conseguem,
juntamente, com àqueles que sofrem no seu cotidiano com a falta de transporte
público e educação de qualidade.
Por derradeiro, já que vossa
excelência declara na sua entrevista que as pessoas reclamam, criticam mais não
apresentam solução. Quero lhe pedir. Abra o Portal da Obscurecência que de
Transparência só tem o nome e as contas
do seu governo, que lhe darei gratuitamente a receita de como tirar a
prefeitura do buraco, como confessado nas redes sociais por vossa excelência.
Auditoria nas suas contas já. Boa tarde!
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