quinta-feira, 1 de setembro de 2016



                                 INFLAÇÃO X TAXA DE JUROS SELIC


Fonte: IBGE e BACEN


Ao Fazer correlação entre o processo inflacionário no Brasil, de 2009 e a curva da taxa de juros básica da economia (SELIC). Percebe-se, a política monetária utilizada pelo governo do ex-presidente Lula, cujo término, ocorreu em dezembro de 2010 e a do governo da ex-presidente Dilma que se finalizou ontem, foram inócua, no que tange ao combate à inflação. Inimiga cruel da renda dos trabalhadores, uma vez que a elevação dos preços funciona como silencioso imposto, comprometendo significativamente o poder aquisitivo, dos agentes econômicos que auferem salários.

Apenas no ano de 2009 a inflação ficou abaixo do núcleo da meta prevista pelo Banco Central do Brasil (BACEN), que é de 4,5% ao ano. A partir daí como se observa no gráfico, a inflação sempre se manteve no seu ritmo de crescimento acima da taxa de 5% ao ano, ou seja, sempre fora da meta prevista pelo BACEN. E o governo insistindo em combatê-la via elevação das taxas de juros, que não pararam de se elevar. Somente no ano de 2012 através da pura demagogia da então presidente Dilma, a SELIC, atinge a taxa de 7,5% ao ano. Conjuntura que não durou muito tempo. Logo em 2013, ocorre a retomada da sua ascensão, atingindo hoje o repudiável patamar de 14,25% ao ano. Considerado diga-se de passagem uma das maiores taxa de juros do mundo atualmente.

O que se verifica ao longo do recorte de tempo de 2009 a 2016, foi à falta de uma política fiscal austera por parte dos dois governos. Como por exemplo, a reforma tributária, que constitui instrumento de capital relevância para o país, como a guisa de exemplo, unificar o ICMS, criando o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), já existente em vários países do mundo, no sentido de dar eficiência, promover lucratividade aos agentes econômicos que produzem e vendem os seus bens e serviços, conjugado obviamente, com a tão propalada reforma da previdência. Pois considero inaceitável o trabalhador no século XXI, quando todos vivemos mais, aposentar-se aos 49 anos de idade.

Agora, chegou à vez de a sociedade cobrar as promessas feitas pelo presidente da República interino, empossado ontem à tarde, por sinal, numa solenidade  bastante festiva e concorrida.

Importa deixar claro, que no período em que o presidente Temer, esteve na interinidade, à taxa de juros SELIC, se manteve no patamar de 14,25% ao ano, conforme encontrado por ele quando assumiu o lugar da ex-presidente Dilma.

Na sua reunião de ontem o Comitê de Política Monetária (COPOM), chegou à conclusão de que a taxa de juros da economia ficará inalterada em 14,25% ao ano. Tudo indica que até o final de dezembro de 2017, eis que o desejo do presidente do BACEN será trazer a inflação para o núcleo da meta. A despeito de a economia enfrentar uma triste recessão, ociosidade no setor produtivo, o que poderá agravar ainda mais a desaceleração do sistema econômica, se a taxa de juros se mantiver neste alto patamar.

A saída da retomada do crescimento econômico, anunciada pelo presidente Temer, no seu comunicado oficial a nação, não se restringe simplesmente as reformas anunciadas por ele ontem. Tem que fazer urgentemente a reforma tributária, juntamente, com a contenção dos gastos públicos, causa maior da inflação do Brasil. Caso contrário continuará a majoração da taxa de juros, onde o efeito expressivo incorre exatamente sobre o crescimento da dívida pública combustível eficaz da inflação.

 Não adianta a equipe econômica do senhor Henrique Meirelles, atribuir à causa da inflação a elevação de alimentos, a possibilidade dos juros da economia americana subir, sem que o governo federal, tenha coragem suficiente para atacar os problemas econômicos de frente. A sociedade espera esperançosa a tão anunciada mudança. Todos sabem que a lua de mel de um governo dura apenas cem dias. Depois a sociedade perderá a paciência e naturalmente virá a frustração. A hora agora será de apresentar serviços!  

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