terça-feira, 10 de dezembro de 2019

CRESCIMENTO INERCIAL DO PIB BRASILEIRO DE 1% AO ANO







O gráfico traz a evolução do PIB brasileiro no período de 2009 a 2018, quando tivemos um misto de crescimento econômico e recessões.

Em 2009, por exemplo, ocorreu à primeira recessão de 0,13%, no ano de 2010 a economia se recuperou e cresceu 7,5%. No período de 2011 a expansão do produto interno atingiu o patamar 3,97%, em 2012 de 1,92%, em 2013 de 3,0% e em 2014 de 0,5%.

Já em 2015 e 2016 a economia brasileira retornou a conjuntura de recessão quando amargou os índices negativos de 3,55% e de 3,31%, respectivamente. E no ano de 2017, ela se recuperou e encerrou o exercício financeiro crescendo somente 1,06% e em 2018 também se manteve na pífia expansão de 1,12%. A despeito dos analistas de plantão, oriundos do mercado financeiro projetarem crescimento bem maior.

Todavia, no ano de 2019 foi empossado o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, portador da esperança e de grandes expectativas de mudanças, sobretudo, no que tange a política econômica, implementada pelo viés liberal do seu ministro Paulo Guedes. Mas, infelizmente, tudo indica que o ilustre presidente como o seu antecessor, não conseguirá destravar a economia no seu primeiro ano de mandato, tendo em vista que o PIB projetado ainda continuará patinando em torno de 1%.

Assim, importa salientar, hoje o país vive dentro de um cenário extremamente favorável, ao investimento privado, em razão das aprovações das reformas tão demandadas pelo capital. Como a guisa de exemplo, a reforma trabalhista, a PEC do teto de gastos que congelou os gastos da educação e da saúde por vinte anos, a reforma da previdência, a redução da taxa Selic em torno de cinco por cento ao ano, aliado a inflação abaixo do núcleo da meta inflacionária, pré-estabelecida pelo Banco Central. A única nota dissonante, no contexto macroeconômico brasileiro, diz respeito, apenas, a retração externa onde a economia mundial crescerá menos, segundo as informações do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Por fim, diante do exposto, caso se confirme o pequeno crescimento econômico do país de 1% para 2019, pode-se dizer que o PIB brasileiro no recorte de tempo de 2017 a 2019 se mantém aprisionado numa curva inercial, já que ele, não consegue suplantar a casa de 1%. Embora, o Dr. Paulo Guedes, tenha prometido, logo, no primeiro ano de gestão bolsonariana, na recente campanha presidencial, zerar o déficit das contas públicas, de criar milhões de empregos e além do mais, acrescentou com todas as letras, que os investidores internacionais retornariam ao Brasil atraído pela confiança no sistema econômico nacional. Acho que não é bem isso que a sociedade assiste agora.



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