terça-feira, 17 de maio de 2016

ORÇAMENTOS DA SECRETARIA DE SAÚDE DE 2006 A 2015 EM VALORES REAIS A PREÇOS DE 2015 R$ (IPCA)






ORÇAMENTOS DA SECRETARIA DE SAÚDE DE 2006 A 2015 EM VALORES REAIS A PREÇOS DE 2015 R$ (IPCA)


ANO Valores Reais - (R$) Milhões- IPCA 2015 
2006 455.659.164,47
2007  386.814.101,42
2008 347.747.377,50
2009 426.566.822,25
2010  605.907.978,11
2011  648.047.320,65
2012 667.146.998,92
2013 548.712.478,57  
2014  769.710.900,08
2015 479.901.241,91 
Total 1.897.120.363,14



























A tabela e o gráfico acima retratam os gastos efetivos financeiros (dotações pagas), ocorridos em cada exercício fiscal, por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Campos, de 2006 a 2015.

Estes números encontram-se em valores reais, ou seja, estão atualizados a preços de 2015, pelo IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo) do IBGE. O objetivo desta atualização reside em oferecer a sociedade campista, uma melhor ótica, a respeito dos significativos aportes de recursos financeiros realizados, principalmente, pela fonte de receita dos royalties e das participações especiais, pelos gestores públicos municipais.  

Percebe-se, todavia, com base nos dados do gráfico e da tabela acima, que a curva dos expressivos gastos financeiros mantém-se numa fabulosa trajetória positiva ou crescente, até o ano de 2015, quando se apura o total dos anos analisados, chega-se então ao valor de quase R$ 2 bilhões de reais, disponibilizados a este imprescindível segmento social objeto de políticas públicas, de alta demanda de atendimentos.

A partir do ano de 2009, constata-se que os valores destinados a saúde foram tendo elevados aumentos , mormente nos anos eleitorais, quando se atingiu R$ 667, 146 milhões no ano de 2012 e o crescimento de 2,95% em relação ao ano de 2011. No ano eleitoral de 2014,  se atingiu o ápice financeiro da série apresentada nesta análise, com o valor de R$ 769, 710 milhões em termos reais. Salienta-se que a variação percentual de 2009 a 2014, atingiu o percentual de 80,44%, posteriormente, no ano de 2015, sofreu ligeira queda de 37,65%, quando se chegou ao valor de R$ 479,901 milhões.

 De qualquer forma, esse volumoso orçamento da saúde do município, onde os seus executores, fugazmente incorporaram o discurso da crise financeira nacional, talvez, como estratégia de sobrevivência ou vergonha por terem tido tanto dinheiro no cofre da prefeitura e sequer tiveram a capacidade e a competência de estabelecerem as pertinentes e necessárias políticas públicas na área da saúde. Podendo com isso reverter a conjuntura de penúria do setor de saúde, tornando-o o melhor ou um dos melhores do Brasil.  

 Certamente uma postura digna e honrada dos gestores públicos municipais, teria o condão de evitar o caos em que a saúde sempre viveu e vive nos dias atuais, fato que constitui, assim, senhores campistas, médicos e os profissionais da área, em imenso e acintoso, paradoxo. De possuirmos uma saúde rica e a população, mendigando atendimento hospitalar nas inúmeras unidades do município, numa demonstração cruel e cínica, do descaso em que as autoridades municipais tratam os nossos munícipes. 
  
Importa dizer ainda neste espaço de forma insofismável, que a Secretaria Municipal de Saúde de Campos dos Goytacazes, detentora destes orçamentos anuais milionários, como pode se vislumbrar em face dos aludidos cifrões, constitui-se, quase uma prefeitura dentro da própria prefeitura. O pior de tudo isto é assistir agora, uma quebra de braço entre os hospitais da cidade sorvedouro insaciável de dinheiro público e a “vaca profana de divinas tetas”, a prefeitura, por mais recursos,utilizando-se, por sua vez, do argumento que ainda não sofreu nenhuma modificação semântica. Continuam dizendo que os recursos repassados pela prefeitura, destinarão ao atendimento da população pobre e deserdada social. Quando havia uma avalanche de dinheiro circulando pelo sistema de saúde campista, a população pobre vivia nas filas de madrugada se humilhando para tentar marcar uma consulta e raramente conseguia. E agora sem dinheiro na praça o quadro se reverterá?

Dentro deste contexto e com base nos dados pesquisados e retirados do orçamento da Secretaria de Saúde, uma pergunta não quer calar. Para onde destinaram tanto dinheiro da saúde, tendo em vista que ela continua ainda a desfrutar dos mesmos problemas que sempre afligiram a sociedade campista? Será que continuará a imperar o cinismo por parte das autoridades municipais tentando explicar o inexplicável? Uma coisa pode-se afirmar, os dados da tabela e do gráfico acima não deixam mentir. Não foi por falta de dinheiro que os problemas da saúde continuam, pelo contrário, acho que o excesso de dinheiro não fez bem ao município.  Faltaram gestores públicos sérios e éticos.    Infelizmente. Como dizia o grande político Leonel de Moura Brizola, nós temos uma elite carcomida insuportável!  Haja dinheiro para alimentar tanta gente em detrimento da população.


     



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