quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Presidente da República x Presidente do Banco Central

 



O noticiário econômico na presente conjuntura está recheado de notícias, sobre a controvérsia envolvendo o Presidente da República e o Banco Central do Brasil.

O presidente Lula, dispara a sua artilharia na meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e executada pelo BACEN.

Segundo ele, ela encontra-se num patamar muito alto, o que inviabiliza a retomada do crescimento da economia brasileira. Encarecendo, assim, o crédito no momento em que as famílias realizam as suas compras de bens e serviços a prazo, e os empresários querem ampliar os investimentos em máquinas e equipamentos, no intuito de gerar emprego e renda, e não conseguem. Pois o preço do dinheiro disponível no mercado financeiro é impraticável para qualquer tipo de empréstimo.

Por outro lado, temos a posição do Banco Central, cuja função reside no combate da inflação, no ano passado ela ficou em 5,79% pelo IPCA, importa salientar no ensejo, fora da meta estabelecida pelo CMN. Para 2023, o objetivo inflacionário é de 3,25%. Há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais e para menos, podendo ficar em 1,75% a 4,75%. Por conta da insistência da espiral dos preços em não ceder, o Comitê de Política Monetária (COPOM), manteve na sua primeira reunião do ano de 2023 a Selic em 13,75% ao ano.

É exatamente essa taxa de juros que vem deixando, o presidente Lula irritado, juntamente, com a postura polêmica do Presidente do Banco Central, no dia da eleição presidencial ele foi votar com a camisa da seleção brasileira, manifestando claramente, a sua opção política, de votar no ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.

Agora, por derradeiro, há além de todas essas questões abordadas no contexto, uma outra embotada, e ainda, não divulgada, pela mídia corporativa. O desejo latente, do Presidente da República, de substituir Roberto Campos Neto, e colocar no seu lugar, o ex- presidente do Banco Central, nos seus oitos anos de mandato, Henrique Meirelles.

Portanto, não foi por acaso, que na entrevista, concedida a jornalista do Globo News, em janeiro, Natuza Nery,  Lula, fez a seguinte observação: “que Banco Central independente é esse? Será que ele é mais independente do que o Meirelles?” Diante disso, vamos aguardar os próximos capítulos dessa grande novela brasileira sobre a fritura e futura queda com certeza do presidente do BACEN. 


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