quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Desafios do novo prefeito de Campos dos Goytacazes (RJ) para o ano de 2021

 



A cada dia que passa, estamos mais próximos do processo eleitoral do município de Campos, momento em que escolheremos o futuro prefeito para administrá-lo, pelo período de quatro anos.

Os desafios que aguardam o futuro mandatário das terras dos Índios Goytacazes, logo no primeiro mês, em janeiro de 2021, ou seja, as medidas relativas ao curto prazo a serem implementadas: passam imediatamente pelo pagamento da folha de pessoal de dezembro, cujo vencimento, ocorrerá até o dia dez do mês. Num segundo momento, deverá negociar com o sindicato dos servidores o pagamento parcelado da folha de novembro e do décimo terceiro salário de 2020, que a atual gestão, tudo indica, em razão da escassez de recursos financeiros, deixará como legado maldito.

Concomitantemente, a esse conjunto de medidas e sem perder tempo, a equipe técnica do novo governo, terá como missão, ao longo do exercício fiscal de 2021. A redução do custeio fixo sem a folha e do custeio variável, onde os seus respectivos valores, de acordo com o orçamento de 2020, estão registrados os itens das despesas, compostos de contas de luz, de água, de telefone, de fornecedores de bens e serviços, orçados hoje em mais de R$ 700 milhões ao ano.

 E, ainda, empreender uma severa auditoria na folha de mais de R$ 1 bilhão ao ano. No sentido de se identificar algumas distorções, no que tange as vantagens pecuniárias dadas ao servidor numa época em que sobrava dinheiro, e provavelmente, serem cortadas, através de um amplo processo de negociação com o sindicato da categoria. Abrindo, com isso, espaço no orçamento fiscal e gerando recursos no intuito de se  fazer face às despesas correntes da máquina.

 Sem esquecer, obviamente, de se implementar um plano de modernização da arrecadação tributária do IPTU, atualizando, o cadastro de imóveis. Além de aperfeiçoar a fiscalização e a cobrança do ISS, juntamente, com uma campanha voltada ao empresariado local, no sentido deles entregarem a DECLAN-IPM, ao órgão competente do estado. A finalidade deste documento de movimentação econômica das empresas é permitir ao estado calcular o índice de participação dos municípios, sobre a arrecadação do ICMS, e posteriormente, repassar a receita aos cofres municipais, de acordo com a legislação vigente. Afinal de contas, a receita corrente tributária da prefeitura, na atual conjuntura, está numa trajetória de queda, e por sua vez, demandará uma atenção especial, no que diz respeito, a sua recuperação.  

Agora, no médio e no longo prazo, isto é, a partir do segundo ano da gestão, considerando, que os remédios ortodoxos ministrados ao combalido paciente, foram bem sucedidos. A saída passará naturalmente pela retomada dos investimentos públicos nas obras inacabadas e na construção de outras, fomentando, assim, o setor da construção civil da nossa cidade,  detentor de imenso potencial de geração de empregos e rendas. E, no aspecto da assistência social, reativar urgentemente, os programas sociais de renda mínima ao cidadão, responsável por aquecer a demanda agregada do comércio local.

Por fim, resta doravante, a torcida para fazermos uma boa escolha de candidato a prefeito e de vereadores, tanto no primeiro turno das eleições municipais, no dia da Proclamação da República, em 15 de novembro e o segundo turno no dia 29 de novembro. E viva a nossa cidade!

 

José Alves de Azevedo Neto

Economista



Artigo publicado no Portal URURAU, no domingo dia 23 de agosto de 2020.

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