Tudo indica que, na
próxima sexta-feira, dia 1º de agosto, entrará em vigor o tarifaço de 50% sobre
as exportações da economia brasileira. É importante destacar que essa medida
representa um verdadeiro absurdo em relação a um país soberano. Trata-se de um sinal
evidente da decadência do império americano, que vem sendo gradualmente
engolido pelos chineses.
A
sanção tem natureza política, não econômica. Se fosse motivada por razões
econômicas, sua resolução seria bem mais simples, como no caso de algum produto
nacional estar, de fato, gerando desequilíbrio no mercado americano, o que
claramente não ocorre. O que Trump almeja, e não conseguirá, é barganhar aquilo
que há de mais valioso em uma democracia: a soberania nacional. Ele tenta
interferir no poder judiciário brasileiro, buscando alterar o curso do
julgamento sobre o golpe de Estado articulado por Bolsonaro e seus aliados.
Isso é inegociável, Mr. Trump, o abominável.
Apesar
de tudo, os Estados Unidos já sinalizam abertura para negociação em relação a
certos itens, como o café, cujo preço disparou no mercado de Nova York, além do
cacau, manga e outros produtos agrícolas. Um pequeno avanço, considerando o
cenário instável e, por vezes, surreal das atuais relações entre nações
soberanas.
Inclusive,
o presidente Lula declarou recentemente que está disposto a telefonar, na
condição de chefe de Estado e de governo, para o presidente Trump. No entanto,
até o momento, sabe-se que a Casa Branca mantém os canais de diálogo fechados.
Problema deles. O Brasil continua fazendo sua parte. Vale lembrar que o país
mantém relações diplomáticas com os EUA há mais de dois séculos, sem grandes
atritos. Somos uma nação pacífica e sempre disposta ao diálogo com o mundo.
Para
concluir, é fundamental deixar claro: negociar a soberania nacional ou aceitar
qualquer tentativa de ingerência sobre o judiciário brasileiro é algo impossível,
e absolutamente inaceitável.
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