Situação de extrema pobreza dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra segundo o Ministério da Cidadania de março de 2023
A
desigualdade social nos municípios considerados ricos da região Norte
Fluminense é uma dura e vergonhosa realidade, exige ações de políticas
públicas rápidas dos prefeitos, que atualmente, ocupam as Prefeituras dessas
cidades.
Como
podemos observar através do gráfico, os números retirados do Cadastro Único do Ministério
da Cidadania do Governo Federal. Estão na extrema
pobreza em Campos, o maior recebedor de royalties e participação especial dos
últimos anos, 170.961 pessoas, o que representa 33,22% dos habitantes (514.643).
Em
Macaé, a sede da Petrobrás uma das maiores petroleiras do mundo, as pessoas que
se encontram em situação de extrema
pobreza em termos absolutos chegam ao quantitativo de 56.141 pessoas ou
21,09% da população macaense (266.136).
Já em
Rio das Ostras, onde existe a Zona Especial de Negócios (ZEN), o total de
pessoas na extrema pobreza atinge o patamar de 40.617 ou 25,46% dos habitantes
(159.529).
Por último
temos São João da Barra, hospedeiro de um dos mais pujantes, condomínio econômico,
o Porto do Açu, financiado por dois fundos de investimentos da esfera
internacional. A extrema pobreza sanjoanense afeta o quantitativo de 17.294
pessoas ou 47,08% dos habitantes (36.731).
Por
derradeiro, chega-se a conclusão, em face dessa triste realidade social e
contraditória, de municípios ricos e com grandes investimentos nos seus
respectivos territórios. Eles foram incapazes
de implementar uma política social séria, que pudesse impedir que os seus filhos
fossem submetidos à humilhação da extrema pobreza. E, o pior, especificamente, no
que tange a São João da Barra, com o maior índice de extrema pobreza, dentre os
municípios analisados aqui, onde o Porto do Açu investiu 20 bilhões de desde
2014, conforme está no site (https://portodoacu.com.br/o-porto/).
Uma pergunta não quer calar: cadê o desenvolvimento econômico e social
municipal? O que observamos, na atual conjuntura é muito sofrimento da
população e os prefeitos preocupados com a reeleição de 2024. Isso é
lamentável.
Parabéns, Zé Alves, por mais essa contribuição para o conhecimento sobre a região e para a nossa luta pelo desenvolvimento democrático e inclusivo
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