sexta-feira, 4 de maio de 2018

RESULTADO PRIMÁRIO NEGATIVO,EM 2017, A PREFEITURA DE CAMPOS CONTINUA COM AS CONTAS DESEQUILIBRADAS



RESULTADO PRIMÁRIO
Fonte: TCE-RJ

O resultado primário avalia a capacidade que a Administração Pública Municipal tem de honrar os seus compromissos. Quando se apura este tipo de indicador deduz-se das receitas orçamentárias (receitas de aplicações financeiras e operações de créditos) e das despesas orçamentárias aquelas com (amortização e juros da dívida pública interna e externa, concessão de empréstimos, aquisição de títulos de capital integralizado, operações de créditos e receitas de privatizações). Explicando melhor. Neste tipo de análise não entra nem receitas e nem despesas financeiras. São as receitas derivadas dos tributos mais as transferências correntes e os royalties menos os gastos para promover os serviços públicos.

No caso de Campos, observou-se no ano de 2016, um resultado primário negativo ou déficit primário de R$ 1, 033 bilhões. Neste ano ocorreu o agravamento da crise financeira da prefeitura devido à queda expressiva das receitas de royalties e das participações, conjugado, a majoração das despesas da máquina pública. Inclusive, em maio de 2016, o município contraiu novo empréstimo junto a Caixa Econômica Federal. Como na hora da apuração do resultado primário se deduz da receita orçamentária as receitas de aplicações e de operações de crédito, o resultado ficou bastante elevado. Já no ano de 2017 o resultado primário negativo reduziu, o seu valor ficou em R$ 37, 883 milhões. A prefeitura de Campos continua com a sua saúde financeira combalida. As contas estão desequilibradas.

Em relação ao município de Macaé, verifica-se na tabela e no gráfico, o resultado primário positivo ou superávit primário. No ano de 2016 encerrou o exercício fiscal em R$ 164, 925 milhões e em 2017 também fechou o ano positivo em R$ 165, 925 milhões.  As contas estão equilibradas a despeito da crise do petróleo.

No que diz respeito ao município de Rio das Ostras, no ano de 2016 o resultado primário ficou negativo em R$ 2, 514 milhões, obviamente, devido à queda de arrecadação dos royalties. Todavia, no ano de 2017, a gestão que assumiu em janeiro conseguiu equilibrar as contas, apresentando, assim, superávit primário de R$ 99, 049 milhões.

O mesmo comportamento ocorreu em São João da Barra, quando no ano de 2016 as contas tiveram déficit primário de R$ 3,549 milhões, decorrente da queda do preço do barril do petróleo, cujos impactos, foram negativos sobre os repasses da receita do petróleo. No ano de 2017 a nova gestão equilibrou as contas, com isso, a prefeitura apresentou superávit primário de R$ 55, 073 milhões.

Finalmente, baseado nos números acima, posso afirmar, o único município da Bacia Petrolífera de Campos, que ainda, continua com as contas em desequilíbrio, chama-se Campos dos Goytacazes.    

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