O DIA
Wilson Diniz: O que não foi dito do ‘Holocausto
Campista’
As prioridades da prefeitura sempre foram de manter os
mais pobres dependentes dos recursos do governo
Recentes publicações de organismos internacionais
apontam que Campos está entre as 40 cidades mais violentas do mundo, equiparada
à do México, a Campina Grande (PB) e a Maceió. Consequência direta da política
imperiosa implantada pelo clã Garotinho com seu modelo ‘venezuelano populista’,
que agora mantém reféns os menos favorecidos das classes D e E.
Distribuem-se benefícios como vale-alimentação e tarifa de ônibus a R$ 1, em
vez de fomentar o emprego e investir na Educação.
A crise econômica — aumento do desemprego, queda do
preço do barril do petróleo, etc — tem sido a justificativa da prefeita para
explicar o caos financeiro do município. Engana-se por não ter visão de que a
crise era previsível, pois ciclos econômicos recessivos e de queda dos preços das
commodities sempre estiveram aí há 50 anos.
O preço do barril do petróleo em 1974 custava US$
1,80. Passou para US$ 10. No segundo choque do petróleo, em 1979, bateu US$ 20
e em 1990 foi cotado a US$ 45. Em 2005, US$ 70, chegando a US$ 100, atingindo pico
de US$ 145; hoje? US$ 33.
A prefeita omite que, de 2008 a 2014, Campos teve
receita acumulada de RS 18 bilhões, superando cidades como Niterói e Santos,
que hoje apresentam indicadores econômicos e sociais bastante avançados.
As prioridades do governo campista sempre foram de
manter os mais pobres dependentes dos recursos da prefeitura, tornando-os presa
fácil do voto para perpetuação do poder nos últimos 30 anos. Os indicadores da
Educação e os gastos na pasta deixam evidente que o governo Garotinho não
prioriza o ensino. O pacto de classe entre o governo e as elites egoístas da
cidade do setor da construção também fotografa o fracasso do governo
venezuelano dos Garotinhos. Do PIB do município, metade está no mar e é
repatriada para matrizes das empresas que exploram os poços do petróleo. A
consequência é a queda real do IDH, que coloca a cidade em níveis de grotões do
Maranhão.
A esperança são as eleições de 2016 para prefeito e
que a oposição chegue a um consenso de mudança com o slogan “Acorda, Campos”
para evitar o holocausto de gerações futuras da população campista no letal
mundo do crime.
Wilson Diniz é economista e analista político
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