Segundo os dados do CAGED divulgados ontem, a economia de Campos dos Goytacazes (RJ) registrou, em outubro de 2025, um aumento de 36,68% nas demissões em comparação ao mesmo mês de 2024, impulsionado pelo setor sucroalcooleiro, que encerrou a safra de cana-de-açúcar de 2025.
Como se observa no gráfico, a agricultura e a indústria canavieira campista, apesar do momento de decadência econômica, ainda exercem peso social relevante, embora não se saiba até quando, já que as duas usinas remanescentes do ciclo do açúcar enfrentam grande dificuldade financeira, fato amplamente conhecido. Além disso, quando a safra termina no município, o fluxo de renda diminui e atinge diretamente os demais segmentos econômicos, como a construção civil, os serviços e comércio. Em outubro de 2025, apenas o comércio gerou vagas devido à proximidade das festividades natalinas e à Black Friday, caso contrário estaria com o saldo líquido no vermelho também.
Em relação a outubro de 2024, o cenário do emprego foi um pouco menos negativo, pois houve perda menor de postos formais. Mesmo assim, os resultados não foram animadores, como os números comprovam.
Portanto, o fantasma do desemprego voltou a assombrar a população de Campos. Não por acaso o aeroporto foi fechado, e o município atravessa um período econômico extremamente delicado. Não se trata de pessimismo, mas de observar os indicadores, que há muito tempo não apresentam evolução favorável. A sorte de Campos é o Porto do Açu e a Petrobras, que injetam recursos na economia local. A renda dos trabalhadores ligados a esses empreendimentos é o que vem sustentando o comércio e o setor de serviços.

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