A inflação medida pelo
IPCA em outubro foi de 0,09%, contrariando
novamente as previsões do mercado financeiro, que segue se beneficiando de
forma indecorosa com a Selic a 15% ao ano.
No acumulado de doze meses, o índice está em 4,68%.
Enquanto isso, o setor real da economia, o produtivo, enfrenta dificuldades
para financiar investimentos que geram emprego e renda.
O
que mais contribuiu para segurar o indicador foi a conta de luz
residencial (-2,39%). Também houve queda do arroz
(-2,49%) e de aparelhos telefônicos (-2,54%).
Entre as altas, destacaram-se batata-inglesa (+8,56%),
óleo
de soja (+4,64%) e passagens aéreas (+4,48%).
Os alimentos
para consumo no domicílio recuaram 0,16%,
completando o quinto mês seguido de baixa. Soma-se a isso a desvalorização
do dólar, que ajuda a aliviar preços de itens alimentares.
Por
fim, se o IPCA permanecer próximo da média observada nos dez primeiros meses, a
inflação de dezembro tende a fechar em torno de 4,5%
ao ano, dentro do teto da meta
definida pelo Banco Central. Nesse cenário, aumenta a pressão para reduzir a Selic
“pornográfica” que trava a economia do país.

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